No Bico do Corvo

 

Barba, costeletas, cabelo e o bigode

É o que o governo Lula está fazendo. Ao completar seis meses de governo fez muita coisa. O presidente está literalmente com o olho no peixe e outro no gato, ou seja, se esforça para conseguir apoio internacional, o que é muito importante, e, trabalha dobrado na política interna, fazendo a polarização eleitoral meio que se esfacelar.

 

O Corvo explica

A conversa com o Centrão está demolindo os alicerces de Jair Bolsonaro. Estão fazendo de um jeito, que o desmoronamento do templo poderá acontecer muito antes do que se imagina. Não demora, na trincheira do ex-presidente, restarão apenas os fanáticos parlamentares, afoitos, aqueles que não terão força para mover o carrossel da política. Só há um culpado nisso, o próprio Bolsonaro.

 

Destempero

Se ele vê os aliados e amigos indo embora, no mínimo precisaria ser um pouco mais paciente e não dar pito público em pessoas que assumiram cargos importantíssimos, como é Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo. Imaginando que seria derrotado na Câmara, na votação da quinta-feira, Bolsonaro poderia evitar o fiasco, porque muita gente diz que era isso que Tarcísio estava esperando para de desmamar da extrema-direita. Errou feio o ex-presidente.

 

Mas o que muda

O Corvo não vai ficar conjecturando o futuro da recém aprovada Reforma Tributária, prefere ouvir economistas e pessoas que sabem como o governo trabalhará o resultado da avassaladora vitória. E põe avassalador nisso, foram mais de 70 votos além do necessário, em placar que entrará para a história. A paulada foi de 375 a 113.

 

O que diz os que conhecem…

…para o DGB de Itaipu Enio Verri, a aprovação da Reforma Tributária era um sonho antigo. Segundo ele, isso aconteceu depois de 58 anos de debates. Considerando que ainda era “criança pequena” quando começaram a falar no assunto, dá para imaginar que o tema moldou a sua silhueta política, sobretudo porque estudou economia e deu aulas nas universidades. Por meio de postagem nas redes ele simplificou uma parte do que isso resultará.

 

Nem tanto

Enio disse que a Reforma não saiu exatamente como ele sonhava, mas que possibilitará um grande avanço para a economia do Paraná, “a partir de agora, os mais ricos pagarão mais impostos, quem possui lancha, helicóptero e jetski, que não pagava IPVA, vai pagar. Os produtos para as populações mais pobres, como os que estão na cesta básica, não pagarão impostos; as isenções que eram dadas para os setores mais ricos da economia serão eliminadas e criaram uma coisa de palavra bonita que se chama “cashback”, sendo que os impostos que os mais pobres pagarem, obterão o recurso de volta. É um avanço muito grande para a construção de um país mais justo e principalmente para que os impostos sejam distribuídos de maneira adequada; que ganha mais, paga mais; quem ganha menos, paga menos, ou não paga”.

 

Nos tempos do Zorro

Grifo do Corvo: com a reforma, o Brasil deixará de se parecer com os filmes em que o povo aparece na fila, segurando galinhas, porcos, cestas de produtos colhidos em casa, para pagar os impostos, do contrário vão parar no tronco da chibata. Se a população produz, natural que os lucros sejam divididos proporcionalmente, com justiça e justeza.

 

O túnel iluminado

Se os “bilhardários” ganham mais, precisam também pagar mais, saindo da sombra do moinho, cuja pedra é girada à base de sacrifício do povo. Foi-se o tempo dos senhores de engenho e seus escravos. E neste aspecto, há um assunto muito interessante e que ainda não está no rol dos comentários: as leis de incentivo à cultura e de combate às diferenças sociais podem obter resultados muito bons, porque a nova reforma incentivará mais investimentos; muitas empresas e pessoas físicas optarão pelos descontos apoiando iniciativas em todos os segmentos, seja em produções artísticas, ajuda aos necessitados, formação de jovens ao mercado de trabalho, dentre outras.

 

Explicando um pouco mais…

O texto-base da reforma tributária, agora aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados (falta votar os destaques antes de ir para o Senado), deve mudar a cobrança de impostos no país. O governo garante que a empreitada não aumentará a carga tributária, pois eventuais aumentos em determinados setores, causarão reduções em outros. O texto inclui um pé na porta quando o assunto é aumento da carga tributária.

 

O que vai acabar

Cinco impostos entrarão na lista da extinção, o IPI (federal), PIS (federal), Cofins (federal), ICMS (estadual) e ISS (municipal). Criarão um imposto unificado, um IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Nascerá o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que vai unificar os tributos federais: PIS, Cofins e IPI, com base ampla e não cumulatividade plena na cadeia de produção – ou seja, sem tributação em cascata. O Corvo buscou isso em vários meios especializados em economia e que acompanham o projeto.

 

As alíquotas

Possivelmente serão três. Haverá a alíquota única; uma alíquota reduzida em 60% e a alíquota zero para medicamentos, Prouni; produtor rural pessoa física dentre outros e o imposto será cobrado no destino, ou seja, no local do consumo do bem ou serviço, e não na origem, como fazem hoje. A questão das alíquotas é um pouco mais técnica e o Corvo voa para outra banda. Ainda sobre a cesta básica, muitos alimentos precisarão de definição

 

Contadores no apuro

O Corvo falou com um contador amigo e ele desabafou: “recebi ligações de madrugada. Claro atendi, porque pensei que alguém havia morrido, no fim era para saber sobre os efeitos da votação”, explicou. Para quem exercita a tributação será necessário um período de adaptação, como sempre acontece quando mexem nas regras. Mas isso também causará um rebuliço nas secretarias de finanças das cidades e Estados, uma vez que o processo de emissão de notas fiscais é informatizado. Muitos campos eletrônicos deixarão de existir e outros serão acrescidos. Taí uma tarefa para os TI’s, públicos e privados.

 

Os “comunistas do PL”          

O Corvo explica o título adiante, mas é fato que duas dezenas de deputados do PL disseram ao povo brasileiro que não são completamente bolsonaristas, votando contra as ordens do ex-presidente. Eles olham para o país e também para os currais eleitorais, porque precisam de ações governamentais. É difícil um deputado federal deliberar em favor do eleitorado, com as costas totalmente viradas para o governo, exercendo apenas o viés político oposicionista. Isso não leva a nada, ainda mais em início de mandato do Executivo.

 

A bancada iguaçuense  

Os três deputados de Foz do Iguaçu disseram “sim” à reforma, levando em conta que dois pertencem ao PL, Vermelho e Giacobo. Ambos se alinham ao Centrão e acompanhado o presidente da Câmara, Arthur Lyra.

 

Roubou a cena

O outro deputado é o Luciano Alves, do PSD. Criativo, ele deu um jeito de espantar o sono que rondava o plenário e quem assistia a transmissão da votação, como foi o caso do Corvo. Bem ao estilo que apresentava o programa de TV, Luciano leu a relação de deputados do PL que contrariaram a vontade de Bolsonaro e se deu bem perante a opinião pública. Quando ele terminou a leitura, alguém gritou: “os comunistas do PL” e todos caíram em gargalhada, até mesmo o presidente da casa.

 

Sem política

No fim, por causa da Reforma Tributária, o Corvo precisou deixar vários assuntos de lado, a começar pelas deliberações na Câmara de Vereadores, muito requisitadas pelos leitores. Semana que vem ocuparemos mais espaço acompanhando o Legislativo nativo, bem como seus causos e casos, inclusive o ambiente da pastelaria.

 

Apenas um

O Corvo não pode desperdiçar a oportunidade. Como sabemos, sempre surgem políticos envolvidos com a causa animal. Isso parece ser terreno fértil, pois um exemplo é a Carol Dedonatti sagrando-se campeã de votos graças à devoção aos latidos e miados. Contaram para o Corvo que um outro político estava pensando em invadir segmento. Só não combinou isso com os bichos. Foi visitar uma feira de animais, agarrou uma gata para tirar fotografia e saiu todo arranhado. Mas ele não desistiu e como não deu certo com a gata, apelou para segurar uma cachorra e levou mordida. A estas alturas já deve ter encontrado outro nicho.

 

Acidentes

Segundo a capa do GDia, edição desta sexta-feira, houve um aumento de 11% no índice de acidentes, se comparado com o período anterior. O Corvo adverte: é um perigo danado dirigir nas madrugadas, pois não se sabe o bebum que vem pela frente. O povo enche a cara, perde a noção e no zigue-zague, acaba acertando alguém, veículo ou transeunte.

 

Fim de semana

Segundo as previsões, vai cair um toró, com possibilidades de vendaval, raios e trovões. Depois de dez dias de estiagem, São Pedro resolveu atender ao pedido de alguns agricultores que querem encher açudes, para contornar o período de seca que se anuncia.

 

E chove?

Os próximos dias serão de chuvas intercaladas. Cai água hoje, o domingão será nublado, com chuvas de segunda à quarta-feira. A temperatura será mediana, entre 27 e 11º. Deve baixar na quinta-feira, 13/07, mesmo assim não será menos de 5º. Frio mesmo lá pela segunda quinzena. O Corvo fica por aqui e deseja um ótimo final de semana a todos!

 

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