No Bico do Corvo

Bidê à céu aberto

O local conhecido como Praça do Mitre, em frente ao Colégio do mesmo nome e que hoje é Militar, ganhou uma estrutura perdulária, ou seja, muito cara na época em que foi entregue. Até os anos 80/90, não existia sequer o espaço; os muros da instituição de ensino estadual avançavam até a Avenida Jorge Schimmelpfeng. O surgimento de uma praça foi muito comemorado e era em verdade um calçadão, muito eficiente para a realização de alguns eventos, até que resolveram revitalizar o espaço, em verdade cometeram uma tragédia arquitetônica; uma maquiagem ineficiente e que afastou até a população. O mico maior foi instalarem um chafariz, uma grande piada de mau gosto.

 

Que beleza!

Certa ocasião, o governador Roberto Requião sentou-se ao lado do chafariz, deu uma olhada e disse: “meu Deus do céu! E acho que isso saiu no meu governo; não serve nem para lavar a bunda”. Calma, o comentário tem explicação. A primeira reforma teve a mão do ex-governador, mas o chafariz não; foi um dos presentes na comemoração do centenário da cidade em 2014, mas a praça só foi mesmo entregue quatro anos depois. O governador era o seo Beto Richa. O chafariz, enfim, virou picadinho. Aliás, precisam resolver o problema da impermeabilização da área, devolvendo um pouco o verde. O calor lá é insuportável. Foz e as suas malfadadas praças.

 

Chico The Flash Brasileiro

Está sendo um desafio para do prefeito de Foz explicar como conseguiu cumprir toda a agenda na China, discursando, visitando autoridades, participando de eventos, e, indo e voltando em apenas seis dias! Vai ver os chineses já desenvolveram o “teletransporte” e ninguém sabe. Ou o Chico bebeu chá de cogumelo Língzhī, acompanhado de sopa de barbatana de tubarão. Se fez uso das iguarias, isso ajudou bastante na chegada, para lidar com os atos do vice. Que barbaridade!

 

Ratinho Jr e a política

Dizem que o governador é ligeiro, mais liso que quiabo. Estaria olhando para Foz do Iguaçu com destacada atenção e levar Paulo Mac Donald para o seu partido passou a ser quase um objeto de desejo. Alguém jurou que isso não aconteceria nem rezando, mas ao que parece, a transferência é quase certa. Será bonito de ver ele e o Chico Brasileiro no mesmo partido.

 

Olho nas pesquisas

Ratinho odeia perder o pulo. É um político jovem, muito antenado nas informações, não gosta nem de imaginar um erro acontecendo, por isso pesquisa as situações até exaurir todas as possibilidades, uma a uma. Ele é professor em assimilar erros no passado e, se há um simples detalhe pelo caminho, será esmiuçado. É um cara muito focado em tudo, e esse comportamento o papi Ratão já havia revelado, muito antes do little mouse entrar para a política. De posse nos números e com o amparo de pareceres jurídicos, certamente está convicto que atrair Paulo para o seu partido é uma providência das mais necessárias.

 

Calma lá…

O Corvo foi pesquisar bem a fundo e o tema do Paulo ingressar no PSD é algo ainda cercado de mistéééééééérios… mas existe lá algum fundamento. Não é notícia falsa, ou fake news, como andam dizendo. Tem uma fumaça saindo desse mato. Segundo alguém revelou, os caciques do PSD conversam muito com o Ricardo Barros, do PP. O caso é saber onde Paulo transitaria melhor, elevado o seu perfil “Chacrinha”, de confundir e não explicar. Isso nem o Freud e Professor Pardal são capazes de elucidar um comportamento desses.

 

Seo Bakri

A engenharia de levar o Paulo Mac Lanche Feliz para o PSD precisará dos serviços de um perito em relações estridentes. A essa altura ele já está esfregando as mãos. É uma tarefa para o super Hussein Bakri, o mago do governo em solucionar equações complicadas. É o cara das articulações no Paraná. A ficha de serviços do deputado ressalta uma séria possibilidade: colocar Paulo e Chico frente a frente e acabarem saindo de mãos dadas, como nos velhos tempos. A política é a arte do improvável, escrevam essa. Mas muita gente quer ver como o Bakri vai desatar esse nó.

 

Negociação

Certamente Ricardo Barros & Família, mais o deputado Matheus Vermelho, todos conversam com o Mac. Pelo menos é o que se imagina. Devem projetar o que seria o Paulo migrando para o partido onde está o seu maior rival e as complexidades de um passo tão ousado. O PP é um terreno bem mais tranquilo, firme, com maiores possibilidades de entrelaçamento. Mas o Paulo sempre prefere o caminho mais difícil. Vai entender? O que é fácil, para ele, não é emocionante. Em todos os casos o governo tem uma mão bem mais pesada na decisão eleitoral.

 

Paulo e o horizonte

Ele não só analisa como atiça, joga com todas as possibilidades e se der, dá uma esculhambadinha no cenário, para ver qual o lado que os atores correrão. Se utiliza da Lei da Distensão. Alguém sabe o que é isso? O Corvo explica: é quando alguém tem a capacidade de puxar uma borrachinha de elástico até próxima de arrebentar, dilatando o material em toda a sua essência, mas sem deixar romper. É um dos esportes preferidos do ex-prefeito. Em política, quem não souber fazer isso, se machuca. Paulo vai distender todos os elásticos na política local. Nessa selva ele não é girafa, nem hiena, macaco ou outro bicho que não seja o leão, lambendo as unhas.

Olha o General aí gente!

Então, enquanto muitos acreditam que o governador, setores do governo, juntamente com o deputado Alexandre Curi, trabalham o nome de Paulo, às vezes esquecem que também conversam também com o General Silva e Luna, porque sabem do potencial do ex DGB da Itaipu e como ele anda se movendo no terreno fronteiriço. Taí uma prova bem recente. Quase todos os coadjuvantes desse jogo ainda não saíram do módulo analítico, no entanto, o General é quem mais trabalha no foco dos projetos e convencimento das localidades. Não deveriam subestimá-lo. Nunca.

 

Na Câmara

Houve uma senhora tentativa de rebordosa envolvendo o vereador João Morales, que é o presidente do Legislativo local. Havia um zum-zum de que correria risco de sua cassação. Quando o assunto, em detalhes, chegou a este humilde colunista, logo foi possível imaginar uma situação: João vai mostrar o quanto é articulado e dará o troco com categoria. Não deu outra.

 

Vamos explicar

O assunto entrou no Legislativo no módulo “extrapauta na sessão da última terça-feira, (05/12). Foi uma representação contra o João Morales, assinada por Eneias Gomes Gil. Ele requereu a abertura de Comissão Processante, apontando supostas irregularidades na conversão de licenças-prêmio. Diga-se, isso é um direito dos servidores da Casa de Leis e plenamente assegurado na Lei Orgânica. Mas é para ver o tamanho do petardo que se armava.

 

João sacou rápido

Acontece que o Departamento Jurídico da Câmara, por meio de parecer, concluiu que a representação não atendia aos requisitos mínimos de admissibilidade; a mesa diretora deliberou pelo arquivamento, mas para a surpresa de muitos, o próprio João Morales resolveu encarar que a admissibilidade da representação fosse colocada em votação do plenário. Resultado: unanimidade total, com os 15 votos pelo arquivamento. Mostrou o pau e matou a cobra e ainda por cima com aplausos dos servidores, que vestiam roupas pretas, em protesto e em defesa do direito às licenças.

 

Vereadores e os subsídios

Lá se vão 12 anos, praticamente três legislaturas nunca se preocuparam em repercutir os índices inflacionários nos subsídios dos vereadores. Isso ficou congelado por um longo período e apareceu a pandemia e coisa e tal. O fato é matemático e na ponta do lápis, a perda acumulada está pela faixa dos 60%. Para a próxima legislatura, dois projetos na Câmara propõem recuperar e alinhar isso aos mesmos níveis de outros municípios. O país inteiro deve iniciar essa discussão, em todos as cidades. Por força constitucional, é a Câmara quem fixa os subsídios de prefeito, vice, secretários e vereadores, da próxima legislatura, claro, dentro dos limites. Exemplo: um vereador não pode ganhar mais que 50% daquilo que é pago a um deputado estadual. Isso um dia teria que ser resolvido e a defasagem é tamanha, que o salário do assessor praticamente se equipara ao subsidio do vereador. No caso do Poder Executivo a proposta é manter nos mesmos níveis, porém com atualização anual. Os valores estão nas matérias jornalísticas. O Corvo não vai gastar espaço com isso. Que fique bem claro, estão fixando os subsídios para a próxima legislatura na Câmara e próximo governo no Executivo (2025 a 2028).

 

Os valores no Executivo

Ficou bem esclarecido que os subsídios tratados nos dois projetos vão valer para a próxima legislatura, no caso dos vereadores, e para a próxima gestão do Poder Executivo (2025 a 2028).  O Projeto 175/2023, prevê que o subsídio do prefeito será mantido em R$ 26.025,79; o do vice-prefeito R$ 17.447,00 e do procurador e os secretários receberão R$ 16.743,00. Esses valores, no tempo certo, serão atualizados conforme o índice de revisão geral concedido ao funcionalismo público.

 

Fogo cruzado

Há um barulho nas redes sociais sobre esses aumentos e, estranhamente a onda é movida por muitos pré-candidatos. Vamos ver como se comportarão em caso de eleitos, se receberão a grana ou devolverão. O Corvo aposta que haverá um silêncio ensurdecedor.

 

Um Deus nos acuda!

Houve um climão na solenidade de Moção de Aplausos à ABDI, quando o presidente da Câmara João Morales não permitiu que o Diretor de Turismo do PTI, Yuri Benites, sentasse à mesa principal. Ele se sentiu “barrado no baile” e com razão, afinal é uma autoridade. O que aconteceu, foi que o vereador Adnan El Sayed (autor da proposta) quis quebrar o protocolo, mas não deu certo. Segundo explicaram, havia 17 lugares na bancada e como há vereadores que estão presentes e, ficam iguais tico-ticos, fora de suas cadeiras e podem voltar a qualquer momento, o Cerimonial precisa ficar atento para não acontecer uma gafe. Já aconteceu de vereador voltar e acabar sentando no colo de um convidado.

 

Cederam o lugar

Alguém pode compor a mesa em caso de algum vereador bancar o gentil e ceder o lugar, e mesmo isso acontecendo, o Yuri ficou longe da mesa. Dizem que pagou o pato em razão das divergências entre João e Adnan. Que situação, hein? O povo estava torcendo o nariz, ontem, no PTI, e os vídeos da transmissão rolaram à solta. Adnan pediu a quebra do protocolo, Morales disse que consultaria o cerimonial e em segundos disse: “Agradeço a presença do irmão Yuri, mas infelizmente não posso autorizar”. Dizem os conhecedores dos bastidores que o erro foi do Adnan, que sabia que o foco das atenções deveria ser a entidade homenageada. Acabou criando uma crise sem necessidade.

Falar no General

Joaquim Silva e Luna lança nesta sexta-feira (8), na Página Livrarias, no Cataratas JL Shopping, o seu livro “Depois do Encontro, A Procura”. Será uma noite de confraternização e de autógrafos

 

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