No Bico do Corvo

Uma coisa é certa…

…a oposição está radiante com as últimas deliberações no Partido dos Trabalhadores de Foz do Iguaçu. Antes, só havia preocupações com o arsenal que o PT vinha montando, buscando engrossar as fileiras para entrar na guerra eleitoral. O desmanche de intenções com a máquina administrativa foi encarado com satisfação pela direita e até mesmo partidos de centro. As siglas que compõem a federação estão divididas.

 

Maristela

O Corvo conseguiu contato com a “presidenta” do PT em Foz, Maristela da Silva Viana. Como ela respondeu após o fechamento da coluna, só foi possível publicar a resposta nesta edição. Em situações assim, a maioria pensa e fala conforme as suas convicções. Maristela preferiu analisar o contexto geral, no exercício da função. Para ela, em síntese, o diretório votou oposição a atual gestão municipal; mencionou que houve várias falas, favoráveis e contrárias, porém a maioria decidiu manifestar contrariedade à atual gestão. “Uma ala do PT defendeu que o partido ficasse neutro, e outra, defendeu manifestar a oposição. O diretório respeito a decisão da maioria”.

 

Mirtha em silêncio

Ninguém pode subestimar a cabeça de Mirtha Baez. Segundo informaram o Corvo, ela é quem coordena a Comissão de Ética do PT em Foz. O Corvo conhece faz muito tempo e é licenciado para escrever que é uma pessoa que milita desde criança pequena, e, é um cérebro muito atuante. Bastaria uma conversa com ela para ver as engrenagens se movendo, sempre atenta a isso e aquilo. Mirtha obedece a vontade da maioria, mas é muito ligada ao mundo exterior, totalmente enraizada ao pensamento maior do PT. É amiga e pode-se dizer, íntima das figuras mais expoentes, leia-se Gleisi, Enio, Janja; é uma figura que já frequentou e muito a sala do casal Lula da Silva. Num ato mínimo de engenharia, é possível concluir que esteja preparada para dar as explicações de maneira isenta. O resultado disso são outros quinhentos.

 

Bobato sendo Bobato

“Só lamento a decisão local do PT, capitaneada por um grupo que só pensa na política subterrânea, não consegue enxergar o momento que o país vive e que precisa ampliar sua influência e não limitá-la. A decisão, claramente, por ser extemporânea, regurgita apenas rancores e não contribui em nada com a construção do país que precisamos, não contribui em nada para a construção da cidade que queremos. Só buscou gerar constrangimento às pessoas, militantes, novos ou antigos, que desempenham funções no Governo Municipal. A parceria do governo municipal com os órgãos do governo federal e da Itaipu, continuam, isso independe de uma decisão política açodada de parte do diretório local”. O que o Nilton escreve é o que muita gente pensa no “oceano do PT”.

 

Nilton sendo Nilton

Se alguém acredita que o Nilton Bobato vai jogar a toalha e sair do PT, se engana. Ele é muito mais tinhoso do que supõe a vã filosofia de alguns algozes. A esta altura deve estar conversando bastante com os partidos da base aliada, mas vai ficar um tempo no PT, com forte potencial de implosão. Bom, mexeram com o cara e agora precisarão estômago forte para aguentá-lo.

 

Piscina e oceano

Bastou acontecer um barulho desses para o povo dimensionar a dimensão da vazão de um imbróglio assim. Segundo o povo apurou, muita gente anda preocupada. Alguém (que pediu para não ter o nome revelado) mandou a seguinte mensagem: “Corvo, você escreveu que o PT de Foz é uma piscina onde somente o Vitorassi pode nadar de braçada”, mas aqui em Brasília, a cúpula acredita que o partido é um oceano, em expansão. Veja como são as coisas? Filiados não deveriam considerar que o partido é um clube fechado, e que não deve aceitar sócios. Está errado esse pensamento.

 

Jihad muito magoado

O tesoureiro da recém nomeada diretoria do PT em Foz, Jihad Abu Ali, foi quem aparentemente mais sentiu as dores do imbróglio contra o governo municipal. Em meio aos discursos e argumentos, ele balançava a cabeça negativamente e não aguentou, fez um desabafo sincero e emocionante, ao anunciar a desfiliação, na noite da terça-feira, em meio ao imbróglio. Seria mais ou menos como ser convidado para morar em algum lugar e depois de pouco tempo ser chutado para fora.

 

O “brimo” é gente boa

Se há uma lista de pessoas solícitas e que abraçam as causas iguaçuenses, certamente o nome de Jihad aparecerá disputando a liderança. Pensa um cara gente boa? Quando alguém é assim, notadamente desperta ciúme; o carma das pessoas que fazem, é suportar críticas de quem não faz absolutamente nada. O “brimo” é diplomático, mas também não leva para casa. O Corvo fica pensando sua maneira de raciocinar e não haveria outro comportamento a não ser expressar imediatamente o descontentamento com a situação. Qualquer partido político gostaria de contar com os préstimos e solidariedade de alguém assim. Só o PT que não.

 

E o André Alliana?

O Corvo conversou com ele, mas resolveu deixar o assunto para a edição de sábado, assim garantirá a leitura…hehehehehe (risadinha sarcástica). Um velho amigo sempre diz: “enquanto o Corvo – ou o seu protagonista – está rindo, alguém está se machucando. Pode ser, a opinião do Alliana seja contundente.

 

Povo se defende

Pessoas ligadas ao governo de Foz não escondem a preocupação. Apesar de saberem que Itaipu se manterá isenta nas questões partidárias, não sabem avaliar o que será no futuro e para isso, pensam em consultar o DGB Enio Verri, em constante trânsito buscando soluções para os problemas energéticos. Chega a haver constrangimento em incomodar o homem preocupado com questões latentes, de extrema grandeza, e, do nada, precisarem pedir para ele intervir em picuinha. Mas não devemos esquecer que ao assumir, Enio mandou ver no recado que o governo federal – que é do PT – busca todas as formas de atenuar os embates e convencer que é necessário um grande diálogo. A tensão em Foz não condiz com essa mensagem.

 

Itaipu e os desdobramentos

“O mundo gira e a Lusitana roda”, diz o conhecido e antigo slogan. No meio do quebra-pau, com o diretório do PT declarando oposição ao governo municipal, eis que surge a notícia de uma parceria com Itaipu prevendo novos investimentos. Diga-se, de “obras estruturantes”, coisa que lá no início não fazia mais parte dos planos da Binacional. O fato é que se Itaipu não estender a mão, dificilmente a cidade conseguirá reverter questões graves, como é o caso da interligação da Avenida Tancredo Neves com a BR 277. E há outras demandas no curso da imaginação e que podem acontecer com a ajuda da mamãe Itaipu.

 

Itaipu e as cobranças

Uma fonte “avoadora” disse a este intrépido colunista que Itaipu está de olho no cronograma das grandes obras, uma vez que paga por cada uma delas. A que mais incomoda é a Perimetral Leste. Por causa do atraso, o solo de Foz do Iguaçu está mais cheio que crateras que a Lua, tanto que alguém anda pensando em consultar a NASA para o envio de jipes lunares, a única maneira de se deslocar por onde andam os caminhões. Os mecânicos estão felizes!

 

Trânsito na “velha ponte”

Voltando ao assunto das obras estruturantes, chega a ser difícil imaginar como resolverão o funil na Ponte da Amizade. As fotos realizadas por lá nos últimos dias chegar a causar um arrepio no couro da gente.

 

Sucesso da Black Friday

Tudo contribui para a felicidade e os bons resultados da promoção. O povo recebendo a primeira parcela do 13º, o dólar baixo, as festas de final de ano se aproximando, isso é a fórmula perfeita para abrir o sorriso nos comerciantes de Ciudad del Este. Estima-se que o movimento siga até meados de dezembro, tamanha a euforia dos compradores e a oferta no comércio.

 

Agora é esperar o Papai Noel

Por tabela, as lojas francas nos shoppings de Foz do Iguaçu estão apinhadas. Algumas oferecem produtos diferenciados e com preços até melhores que no Paraguai. Ontem o Corvo soube que novos empreendimentos procuram espaço na cidade e um grupo de empresários de grandes marcas estuda a compra de uma área nas proximidades do Shopping Catuaí Palladium. Segundo uma informação, realizaram uma pesquisa e ela oferece dados consistente sobre a existência de um shopping abrigando apenas lojas francas. Será uma espécie de Galeria Pajé intergaláctica. Pensa?

 

Colégios militares

Ratinho gosta do modelo. É uma maneira de se dar bem com os militares. Muita gente faz confusão com isso, mas poucos raciocinam que os colégios militares são um portal de atividades para os PMs na ativa e aposentadoria. Há muitos coronéis e oficiais envolvidos com o programa o que resulta em grande satisfação da tropa com o governo.

 

Trabalho infantil em Foz

A Câmara Municipal de Foz demonstra sérias preocupações com a atividades que envolvem crianças e adolescentes na cidade, direta e indiretamente. Isso vai das mães que usam os filhos na indústria da esmola, até o emprego da molecada em atividades marginais. Os jovens são facilmente atraídos pelo crime, em determinadas faixas e depois é difícil o caminho de volta. Nesse ponto, os projetos de educação fazem a diferença e o governo do Estado sabe disso, daí a resposta com a instalação de mais unidades educacionais militares.

 

Ai, ai… tantos assuntos…

O Corvo bem que gostaria de abordar outros temas, como o fato da Câmara deliberar itinerante na UNILA; o adiamento da presença de Pepe Mujica só para fevereiro em Foz; a transparência reconhecida da prefeitura no governo Chico, a devassa causada pelas águas na cidade e nas Cataratas e mais umas e outras, mas o espaço é curto. Não deu para escapar dos boatos sobre a passagem de Joseph Mengele em Foz.

 

Mengele e o cafofo

O Corvo se lembra e muito bem, de alguns relatos dando conta da presenta do médico nazista em Foz. Alguns antigos garantem que ele viveu uns tempos na cidade, antes de se mudar para uma chácara no Paraguai, onde teria participado de experiências para prolongar a vida do ditador Stroessner, que usaria sangue de crianças por meio de transfusão, que barbaridade! Muita coisa não passa de folclore, mas relata um amigo, que Mengele viveu uns tempos em um apartamento de apenas um cômodo e banheiro na região central. O cafofo era no primeiro piso, bem em cima de uma loja. O que não falta, são histórias sobre o tal de Mengele ter morado na região da Tríplice Fronteira.