No Bico do Corvo

E o que mais?

Uma cidade como Foz se expande a cada segundo. Sempre haverá a necessidade de atenção especial por parte dos governos e órgãos desenvolvimentistas. Mas há quem pergunte: “o que mais Itaipu poderia fazer por foz, além do que já fez ou está fazendo? Pode ser, em síntese, esta seja a resposta do novo DGB, Enio Verri.

 

Só obras?

Construir pontes, viadutos, estradas, alargar ruas da cidade; pensar no futuro, como um gigantesco modal ligando os oceanos; avançar em inovações tecnológicas e até mesmo cuidar do meio-ambiente, serão providências necessárias e que darão manutenção ao modo de vida, imaginando qualidade coletiva, mas olhar para o sentido humano requem mais sensibilidade. Nada avançará sem que se contextualize como surgem as diferenças sociais, educação, cultura, controle de endemias, atendimento básico na área de Saúde; emprego, trabalho, amparo aos idosos, isso sim faz a diferença em ampliar o IDH, ou Índice de Desenvolvimento Humano. Há cidades que possuem muito menos do que a nossa e que vivem muito bem. Foz precisa encontrar esse ponto de equilíbrio, ele até já exista, mas isso precisará de um aprimoramento coletivo, por meio de muita conversa e entendimento.

 

Itaipu e o futuro

Pelo o que este colunista entende, há filas de políticos se formando em frente ao gabinete do Enio Verri, em Itaipu. E ele não tem escapatória, terá que gastar o latim com muita gente e também preparar o ouvido. O interessante, é como algumas pessoas se preparam para a agenda. Há notícias sobre alguém que levaria projetos de obras, mas, depois que o DGB mudou o discurso para o caminho social e ambiental, precisou refazer tudo do dia para a noite, às pressas. Pensa o empenho em adaptar o que era obra pura, para social e sustentabilidade?

 

Muita coisa…

No fim, há vários projetos que podem melhorar e muito a vida dos iguaçuenses. Os parques lineares são importantes e possuem cunho social, pois ajudam a retirar muitas famílias da beira dos arroios e riachos; dar destino às áreas verdes, por meio de programas sustentáveis, como é o caso do Bosque Guarani (dentre outros), isso areja os bairros e fortalece a consciência de respeito ao Meio Ambiente; realizar a Beira Foz, por exemplo, é uma forma de urbanizar corretamente um lado da cidade que está praticamente abandonado; trabalhar para desviar o trânsito pedado do centro da cidade e acabar com as filas de caminhões, abra espaço para a população.

 

Nem para João e nem para José

Prezado Corvo, está ligado? A CPI do 08/01 será, aparentemente, comandada por deputados e senadores que não são diretamente ligados ao governo Lula e também não possuem ramificações com Bolsonaro. Essa aura de isenção parece ser algo bom, mas é também um periga, porque abre caminho para as duas correntes negociarem com os políticos que podem completar maioria, de um lado ou de outro. Todos trabalham pela brasa em suas sardinhas.

Raimundo L. D. Silvestre

 

O Corvo responde: olhando as notícias a conclusão que se tem é que antes, os bolsonaristas eram os que mais brigavam pela CPI; os poucos foram refletindo mais sobre o assunto e o fervor foi parar também no sangue do governo, do PT e aliados, que passaram a assimilar essa necessidade de apurar bem o que aconteceu em Brasília. Pode ser, a avaliação do Congresso seja isenta e ajude o país a discernir mais sobre esses acontecimentos atormentadores. O Brasil não é mais só “um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”; é um território de querências e profunda discussão ideológica. Se é avanço, ou retrocesso, nós é que devemos decidir. O melhor sempre é “confiar desconfiando”.  

 

Um novo Plano Diretor

Um urbanista influente na cidade confidenciou a um amigo, que o Plano Diretor Municipal “parece estar obsoleto e que é urgente que as autoridades comecem se mobilizar para elaboração disso”. Depois que o Danilo Vendruscolo tocou no assunto, o povo deu de repetir e é fato que há papagaio repetidor que não faz a mínima ideia da complexidade que há na elaboração de um “plano diretor”.

 

Participação Popular

Em véspera de final de mandato, a ampla “participação popular” pode ser um problema para a Prefeitura. Se por um lado o tal “Plano” é fundamental, por outro pode virar palco de avaliação do Governo. Plano diretor é coisa técnica, elaborada por quem conhece e não surge do achismo.

 

Estratégico

Plano Diretor precisa ser estratégico, sustentável e bem estruturado. Se isso acompanhado com atenção, certamente muitos desgastes seriam evitados, a começar pelo lado político. Onde, a esta altura, a cidade deveria gastar tempo discutindo localização do Porto Seco, por exemplo? É algo que deveria estar no papel faz muito tempo, com localização, projetos de expansão e fusão futurista. A Perimetral Leste, ramal da Ferroeste, transposição do Rio Paraná, falam nisso há décadas, mas esperaram as coisas acontecerem. O que há, é que as autoridades são atropeladas pelo que surge, porque em geral, nunca acreditam em nada.

 

Fruto que nasce podre

Muitos iguaçuenses desenvolveram esse perfil, uma característica adquirida em nada agradável; o cidadão moldado em negativismo, dúvida e preconceito, que não acredita na cidade e em nada que outras pessoas fazem. Isso é muito ruim.

 

Abril Azul

A quantidade de atividades que acorreram “envolvendo o Abril Azul”, mês dedicado à conscientização do autismo, deixou muita gente feliz. Aqui vai uma menção especial para as atividades da “Associação Solidária às Pessoas Autistas (ASPAS)”.

 

Foz fazendo Arte

O projeto promovido pela Fundação Cultural “Foz Fazendo Arte” ultrapassou os seis mil atendimentos mensais em mais de 80 polos. Os servidores da Fundação saíram faceiros da Câmara, com o compromisso de mais emendas parlamentares dos vereadores. Os dois mais engajados, segundo uma fonte amiga, é o Adnan El Sayed e a Anice Gazzaoui.

 

Deputado novo na praça

Quem está com moral na cidade é o deputado federal Elton Welter, que assumiu o lugar do Ênio Verri, ao renunciar para assumir Itaipu. Em Foz, o Welter está fortalecendo os laços com gente de peso e que milita na esquerda, como o ex-vereador Fernando Duso e o ex-candidato a Prefeito Luiz do PT.

 

E lá vem o general

Resolvendo a questão da filiação, o general Silva e Luna está na ativa pela eleição de prefeito de Foz. A notícia se espalhou de um jeito, que muita gente está pensando em mudar o domicílio eleitoral com a finalidade de votar nele, pensa? É o que disse um amigo do Corvo que mora em Marília (SP). “Como meu filho quer ir estudar na UNILA, vou precisar alugar um ‘ap’ e já aproveito e vou transferir o título”, disse o Evaldo Ramos, agricultor do café. Se a moda pegar, duas situações poderão se resolver, a virtual realização do segundo turno e o fortalecimento do general.

Apoio

E olha que pode acontecer uma dobradinha, ou pelo menos ela está em fase de ensaio. O empresário José Elias bateu um longo papo com o general em Brasília, claro, com a campanha pelo segundo turno nos entremeios. Como o Zé não esconde a vontade de participar da política, vai ver que as propostas se ampliaram.

 

Então veremos…

De um lado o general de malas prontas para passar uma temporada em Foz. Ele deverá conversar com empresários, profissionais liberais, associações e irá olhar cada palmo de terra no perímetro urbano, inclusive lugares como o Bubas. Os moradores da área Sul estão organizando inclusive uma recepção ao futuro candidato.  De outro lado, os partidos de esquerda ensaiam uma grande reunião de onde surgiria um “pacto pelo futuro da cidade”. A direita trabalha o “endireita” e a esquerda, o “ressurgimento”; que maravilha, Foz é política como nunca se viu. Enquanto isso transcorrer no terreno pacífico, tudo bem.

 

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