Coluna do Corvo

Bateu na trave

A pesquisa, ou enquete anunciada pelo Instituto 100 Cidades ou “Futura Inteligência”, localizado no Estado do Espírito Santo, causou certo incômodo nos personagens da política, sobretudo diante da relação de nomes. Ao que se sabe, não houve pedido de impugnação em Foz, mas deu coceira em muita gente.

 

Colagem

Encomenda de político? Não se pode afirmar que isso é verdade pois é o que todo mundo diz quando inesperadamente um instituto desconhecido resolver dar as caras em Foz do Iguaçu. O ambiente se agitou e mais ainda levando em conta o período, quando sabemos que vários nomes relacionados podem nem participar das eleições, mas isso não quer dizer nada. As empresas que realizam pesquisas existem para avaliar todo o contexto eleitoral. No fim das contas, a “Futura Inteligência” possui uma boa nota no ranking das empresas especializadas e segundo fontes, acertou o resultado em vários locais, em especial na última eleição presidencial, no meio da incógnita e polarização. Logo, prejulgar e desqualificar a Futura pode não ser o caminho certo.

 

Todo mundo errou

Apontem um instituto que acertou em 100% o resultado de uma eleição em Foz? Difícil. Depois das eleições surgem números de uns e outros embasando o resultado, o problema é que tais pesquisas nunca foram publicadas e serviram para o consumo dos candidatos. Há uma fonte que assegura que um dos motivos de recuo da empresa capixaba foi saber de um levantamento realizado pela Radar e que estava para ser entregue na tarde da terça-feira. “Entregue” e não divulgada, uma vez que a pesquisa foi contratada por empresários como artifício de medição do ambiente. Várias pesquisas têm sido realizadas e a evolução dos números possuem parâmetros científicos e sociais bem calçados. Seria bastante desconfortável um resultado diferente. Em todos os casos esta nota se baseia em uma informação apenas.

 

Esfregando as mãos

O que se sabe é de um pessoal juntando capital para contratar um instituto expressivo para a divulgação de três levantamentos no período de campanha. Um no início, outro um pouco além da metade e por último, uma quase “boca de urna”, ou seja, a pesquisa seis dias antes da eleição. A ideia é disponibilizar o resultado a todos os meios de comunicação. Mas claro, há outros institutos em vidas de orçamentação. Teremos uma festa de estatísticas, para todos os gostos, acreditem os que quiserem.

 

Listas e listas

O União Brasil trabalha e muito nos bastidores em quase todas as cidades brasileiras e não seria diferente no Paraná. Mas eita partido difícil de articular, reclamam alguns políticos. O que acontece é uma certa inflexibilidade com os métodos usuais de exercitar a política e em Foz, isso é bem mais apurado do que se imagina. O partido se tornou uma espécie de “vedete”, em razão do tempo de propaganda gratuita e diante disso, está sendo literalmente assediado. Muitos pré-candidatos mencionam a sigla em suas ilações de composição, mas ao que parece, faltaram combinar isso com o Zé Elias; dá-lhe desmentido!

 

Desgaste

Diante dos ocorridos, é melhor o mundo da política municipal tentar conversar de verdade com o Zé e o partido, do contrário, ele simplesmente desmentirá e isso, em geral, arranha a lataria de quem deu bom dia ao cavalo, ou burro. Tudo leva a crer que o União Brasil estuda minuciosamente o ambiente, antes de qualquer decisão. Se tem uma coisa que o Zé Elias e os membros do UB mantém, é os pés no chão.

 

Dedução

Em certos aspectos nem é preciso procurar o partido ou os dirigentes para formar opinião ao que pensam, basta olhar o pega nas redes sociais do tipo: “nuca disse uma barbaridade dessas”. Decerto o político sonha com situações e as embaralha com a vida real, sem saber o que de fato aconteceu. É normal isso. Quem vive mais a realidade não engole e também não deixa passar. Faz parte.

 

Paulo e Airton?

Paulo Mac chamou a atenção em sua participação na Rádio Cultura, quando declarou amor aos comícios. Mas há outra beliscada que ardeu um pouco mais, o fato de declarar que lhe haviam indicado o nome do comunicador Airton José para compor a vice. Quem será indicou? Pelo visto até o Airton gostaria de saber? Ele está em viagem e não foi possível entrar em contato, mas ao que parece, pretende deixar a política em segundo plano uns dias. Se o Paulo quer um ombudsman no governo, Airton é o melhor nome à disposição, porque é sensível aos problemas comunitários. O problema é o ex-prefeito. Paulo não é chegado em nada que não seja o espelho. Há esperanças que tenha mudado um pouco, depois de tanto tempo longe do poder. Não vamos esquecer que Airton foi um dos maiores críticos do Paulo em toda a história. De onde saiu essa indicação é mais um dos mistérios.

 

PDT soturno

Depois de lançar a pré-candidatura de Kalito Stoeckel o PDT beliscou a atenção de várias frentes e tem explicação: as conversas ocorrem em sintonia com outras legendas e ao que parece, bem amarradas. Isso é possível saber diante das tentativas de vazamento, que deram em “água”. Segundo uma fonte, o grupo pode disponibilizar outros dois nomes ainda. Trabalham na moita, o que dá medo nos adversários.

 

Reunião frutífera

É uma pena não escrever os nomes e isso se dá em razão da insistência do santo que revelou o milagre: cinco nomes de peso da política resolveram se encontrar e matutar um jeito de lançar uma candidatura forte ou enquadrar Paulo, Sâmis e o General, que não participaram o tal evento. Aí é fácil né? Os três montaram a estratégia, colocaram a cara à tapa e depois de tudo encaminhado alguém quer subir no bonde e sentar na janelinha? No fim é melhor mesmo lançar candidatura.

 

Falar em “RC”?

Leia-se “Rádio Cultura” de Foz do Iguaçu, imbatível em vários horários de sua programação, a começar pelo programa “Contraponto” com o Dr. Nelso Rodrigues ao microfone. A emissora rouba a audiência dos canais de TV, aponta um recente levantamento. É o palco das discussões políticas na cidade, à perder de vista.

 

Pela ordem…

…as maiores bancadas na Câmara são o PL, PT, União Brasil, PP, PSD e MDB. Logo, essas legendas podem acumular tempo e o número exato surgirá depois das composições. As regras estão diferentes desde 2022. Não é uma matemática de bola de cristal. Vai chão até isso se resolver. Repetindo: tempo de propaganda gratuita pode ser um tiro no pé caso o candidato fale pelos cotovelos ou gaste os minutos com picuinhas e produções que não convençam, cheias de musiquinhas emocionais e jingles sintomáticos. Isso não faz mais a cabeça do eleitor como antigamente.

 

Como é?

As novas regras derrubam a exigência “de que todo o tempo de propaganda seja distribuído exclusivamente para partidos ou coligações que tenham representação na Câmara, proporcionalmente ao tamanho da bancada, e impede que um parlamentar que migre de sigla transfira o tempo para o novo partido”. É o que diz o portal do TSE.

 

Período

A reforma eleitoral reduziu o período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV para 35 dias, com início em 26 de agosto, no primeiro turno. A campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão, com 10 minutos cada. Os partidos ainda terão direito a 70 minutos diários em inserções, as tais “pílulas” que torram a paciência dos telespectadores; elas serão distribuídas entre os candidatos a prefeito na proporção de 60% e vereadores em 40%. Tem gente que não conseguirá piscar um olho se resolver pensar muito antes de falar.

 

A proporção

Segundo apurado, “90% do tempo de propaganda é distribuído proporcionalmente ao número de representantes que os partidos tenham na Câmara Federal. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente. No caso de haver aliança entre legendas nas eleições majoritárias será considerada a soma dos deputados federais filiados aos seis maiores partidos da coligação.  Em se tratando de coligações para as eleições proporcionais (vereadores), o tempo de propaganda será o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos”. As legendas precisarão contratar matemáticos para realizar a equação, mas isso poderá ficar por conta do T.R.E, depois de todos os arranjos entre os partidos e inscritos os candidatos.

 

Diz a regra…

…que os juízes eleitorais distribuirão os horários reservados à propaganda em rede, para o cargo de prefeito, e à propaganda em inserções, para ambos os cargos (prefeito e vereador), entre os partidos e coligações que tenham candidato, conforme explicado na nota anterior. Serão desconsideradas as mudanças de filiação partidária, com exceção da hipótese de criação de nova legenda. Nesta situação, “prevalecerá a representatividade política conferida aos parlamentares que migraram diretamente dos partidos pelos quais foram eleitos para o novo partido político, no momento de sua criação”. Enfim, os cartórios eleitorais possuem técnicos bem preparados para a função.

 

Outra eleição

O clima eleitoral anda fervendo na prefeitura, como a eleição do FOZPREV. Não se fala em outra coisa. Apesar das matérias em vários veículos, vamos dar um reforço, avisando que a eleição transcorre até o dia 10/05. O Instituto de Previdência de Foz do Iguaçu realiza eleições dos Conselhos Fiscal e Deliberativo para o mandato de 2024/2028. Participam servidores ativos e aposentados. São cinco vagas com suplências para os servidores segurados pelo Fundo de Previdência Municipal, sendo três para o Conselho Deliberativo e duas para o Fiscal. Conselho Deliberativo deve ser composto por outros quatro membros, sendo duas indicações pelo prefeito; um indicado pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores e por fim, outro indicado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu. Já o Conselho Fiscal é composto por cinco membros, sendo dois eletivos e três indicados, sendo um pelo prefeito, um pelo presidente da Câmara de Vereadores, e um pelo Sindicato dos Servidores Municipais.

 

Quem concorre?

Os nomes para o Conselho Deliberativo são: Frank da Silva Veiga Guilherme Rosinski, Sue Ellen Aparecida Silva Leite, Taiza de Souza Gusmões da Silva, Alessandro Luiz Chichoski, Magda Odete Trindade e Marlene Alves dos Santos. Ao Conselho Fiscal temos o Sérgio Adriano Romero, Erton René Neuhaus, o “Mito”, ou Hamilton Luiz Machado Nunes, Kelly Renata Mariani Kozievitch e José Carlos Rolim de Moura. Veja o cartaz.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *