Saiba como proteger sua saúde cognitiva em uma era de superconexão
Descubra dicas práticas para reduzir o impacto negativo do uso excessivo de telas e manter seu cérebro saudável e funcionando bem!
Você sabia que os brasileiros passam, em média, cinco horas por dia nas telas? De acordo com uma pesquisa da Data.A.I, publicada em 2024, esse uso excessivo pode ter consequências negativas para a nossa saúde cognitiva.
Com base nesses dados, Nádia Cristina Benítez, especialista em Neuropedagogia na Educação, dá dicas para manter a saúde mental e cognitiva para que a tecnologia seja usada a favor do cérebro humano e não o domine!
De acordo com Nadia, o excesso de informações na era digital pode ter consequências negativas para a saúde cognitiva. “O excesso de informações na era digital sobrecarrega o cérebro, dificultando a filtragem do que é relevante. Isso reduz a capacidade de concentração, prejudica a memória de curto prazo e pode gerar ansiedade”, explica. “É como tentar beber água de uma mangueira de incêndio: acabamos perdendo muito no processo”, comparou.
A dependência de ferramentas como buscadores e redes sociais pode prejudicar a retenção de informações a longo prazo. Nadia explica que “quando usamos buscadores e redes sociais como ‘atalhos’ para acessar informações, o cérebro reduz o esforço necessário para memorizá-las”.
Efeito Google
Segundo a especialista, o comportamento é gerado pelo ‘efeito Google’, onde a prioridade é lembrar ‘onde encontrar’ algo em vez de realmente processar e armazenar o conteúdo. “Essa dependência pode levar a uma perda de habilidades cognitivas, como a memória e a resolução de problemas”, acrescentou.
Além disso, o consumo de conteúdos “mastigados” também pode ter um impacto negativo na habilidade de pensar criticamente e resolver problemas complexos.
“Conteúdos simplificados ou excessivamente curtos limitam nossa capacidade de reflexão e análise profunda”, explica Nadia. “Sem o hábito de buscar respostas mais elaboradas, o cérebro perde parte de sua habilidade de resolver problemas complexos, prejudicando o pensamento crítico”, concluiu.
Nádia também destaca que as notificações frequentes e a multitarefa podem afetar negativamente a saúde mental. “Notificações frequentes aumentam os níveis de cortisol (hormônio do estresse), além de fragmentar a atenção, reduzindo o foco e a produtividade. A multitarefa é um mito: o cérebro não realiza duas tarefas complexas simultaneamente, mas alterna rapidamente entre elas, comprometendo a qualidade de ambas”, reforçou.
Dicas para enfrentar os danos cognitivos
-Defina Limites: Estabeleça horários específicos para o uso de telas e respeite esses limites.
-Faça Pausas: Tire pausas regulares para se exercitar, meditar ou simplesmente relaxar.
-Priorize Atividades Físicas: O exercício regular pode ajudar a melhorar a função cerebral e reduzir o risco de doenças cognitivas.
-Aprenda a Gerenciar o Estresse: Técnicas de gerenciamento de estresse, como a meditação e o yoga, podem ajudar a reduzir o impacto negativo do uso excessivo de telas.
A Importância da atividade cognitiva
Exercícios cognitivos estimulam a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de criar novas conexões neurais. Isso mantém as funções cognitivas em alta, melhora a memória e a atenção, e protege o cérebro contra o declínio natural com a idade.
Exercícios cognitivos para todas as idades
-Crianças: Jogos que envolvem criatividade, resolução de problemas e memória, como quebra-cabeças, jogos de tabuleiro e atividades ao ar livre e na água.
-Adultos: Aprender novos idiomas, tocar instrumentos, leitura crítica e estratégias em jogos e desafios mentais de lógica.
-Idosos: Palavras cruzadas, sudoku, pintura, e exercícios que combinem memória e motricidade.
- Da assessoria com redação