Impostos pagos por iguaçuenses neste ano já ultrapassam R$ 150 milhões

O volume de impostos pagos pelos moradores de Foz do Iguaçu totalizou R$ 157,7 milhões entre janeiro e maio deste ano. Os números tem como base o “impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que acompanha a arrecadação em todo o país e disponibiliza os dados para consulta pública.

O montante já superou em 19% o volume de arrecadação contabilizado no mesmo período de 2023, quando foi registrado o recolhimento de R$ 132,3 milhões em tributos municipais, estaduais e federais.

Os números são ainda mais expressivos quando comparados à arrecadação de outras cidades de porte semelhante ao de Foz. Toledo, por exemplo, contabilizou nos últimos cinco meses uma arrecadação de R$ 82,3 milhões. Francisco Beltrão contabilizou R$ 33,4 milhões e Ponta Grossa R$ 169,2 milhões. Cascavel, considerada capital do Oeste, tem um recolhimento apenas um pouco maior que o da fronteira, com R$ 191,6 milhões.

Em todo o Paraná o acumulado de tributos somou 64,5 bilhões. O volume também cresceu no estado em relação ao ano anterior. De acordo com os dados, nos primeiros cinco meses de 2023 foi registrada arrecadação de R$ 54 bilhões, cerca de R$ 10,5 milhões a menos. Os tributos pagos pelos paranaenses representam apenas 5,59% do total de contabilizado no Brasil.

Em nível nacional a sondagem revelou arrecadação de R$ 1,5 trilhão de janeiro a maio. A marca de R$ 1 trilhão foi atingida no início de abril, 21 dias antes do que foi registrado em 2023. A antecipação e o aumento, segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, deve-se principalmente ao crescimento da inflação.

“Essa situação se reflete, com certeza, pelas políticas monetárias do governo atual, que está desde o início da gestão se esforçando em aumentar suas receitas, para fazer frente ao grande déficit público que tivemos até esse momento”, disse.

Destinação

De acordo com informações da Receita Federal, os impostos pagos pelos brasileiros vão para o custeio de pesquisas, produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura, esporte, saúde pública, transporte e meio ambiente.

Neste contexto os impostos arrecadados vão para o Governo Federal. Depois ele os distribui para União, estados e municípios. O único problema, segundo a ACSP, é que tudo isso é bem explicado na teoria, mas o fato é de que o retorno esperado nem sempre aparece.

Isso é mostrado pelo Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes). Ele é obtido a partir da soma da carga tributária com relação ao PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano. São levados em consideração na análise os 30 países com maior cobrança de impostos. O Brasil faz parte, estando em última colocação desde o início do levantamento, em 2011.

Entenda o cálculo

O impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos, incluindo como multas, juros e correção monetária. O levantamento feito pelo sistema utiliza como base de dados, na esfera federal, a Receita Federal Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para fins de estimativa dos valores ainda não divulgados pelos órgãos acima, o Impostômetro utiliza os dados de arrecadação do igual período do ano anterior, atualizados com o índice de crescimento médio de cada tributo dos três anos imediatamente anteriores.

  • Da redação / Foto: divulgação

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