Número de infecções por dengue entre crianças e adolescentes disparam em Foz

O número de infecções por dengue entre crianças e adolescentes disparou nas últimas semanas em Foz do Iguaçu, acendendo um alerta geral sobre a necessidade de reforçar os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e chikungunya.

Dados da Vigilância Epidemiológica apontam que o índice da doença no público infanto-juvenil cresceu mais de 50% do início de abril até o presente. Dos 2,8 mil casos confirmados no município, mais de 400 correspondem a menores na faixa etária de 1 a 14 anos, representando 15% do total.

Na comparação entre os boletins semanais de avaliação da dengue é possível ver o crescimento de forma expressiva. No dia 2 de abril havia 268 confirmações da doença entre crianças e adolescentes. No dia 9, o número saltou para 312 e no dia 16 a cidade já contabilizava 366 ocorrências, atingindo 414 casos na última terça-feira (23).

No cenário geral, as maiores vítimas da dengue em Foz são as mulheres, na faixa etária dos 15 aos 29 anos, que representam 35% das ocorrências. A maioria dos doentes tem quadros leves da doença, com sintomas de febre, dor no corpo e dor de cabeça.

Embora não haja superlotação nos hospitais da fronteira como em outras cidades do Oeste, o volume de internações vem crescendo desde o início do ano e preocupa as autoridades e profissionais da Saúde.

Em janeiro, por exemplo, havia 45 pessoas hospitalizadas com sinais de alarme ou quadros graves da dengue. Em fevereiro foram o número saltou para 93, passando para 190 em março. Neste mês de abril já são mais de 160 internados, dos quais 14 são crianças ou adolescentes.

É preciso estar atento e procurar auxílio médico já nos primeiros sintomas, evitando que a infecção evolua repentinamente, especialmente nos pequenos. “Nós observamos uma mudança do perfil de infectados e isso é preocupante porque as crianças têm mais risco de evoluir para quadros graves da doença. Por isso é recomendado que já na suspeita da dengue, todos passem por consulta médica”, explicou a coordenadora municipal da Vigilância em Saúde, Conceição Brasil.

Além de cuidar dos quintais, terrenos e residências, recolhendo entulhos e materiais que possam servir de criadouros para o mosquito, a população, especialmente os pais e responsáveis, devem estar atentos a proteção do público infantil, buscando a imunização nas Unidades Básicas de Saúde.

Até o momento, a cobertura vacinal contra a dengue no público alvo entre 10 e 14 anos, atingiu apenas 34,81%. A primeira etapa de vacinação contra a dengue teve início no dia 28 de fevereiro. Para esta fase, Foz recebeu 7.909 doses do imunizante, mas até agora apenas 6.820 foram aplicadas. A vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue.

 

Cenário no Paraná

O último boletim da Secretaria da Saúde, divulgado na terça-feira (23), mostrou 260.517 casos confirmados de dengue no Paraná, 41.472 a mais que no boletim semanal anterior. Foram registrados também mais 31 óbitos, totalizando 171 mortes pela doença neste período epidemiológico, que teve início em 30 de julho de 2023 e segue até julho de 2024.

Caso apresente sintomas de dengue a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima do local onde mora para realizar os exames. Os casos leves da doença são tratados na própria UBS.

Os principais indícios da infecção são: dor de cabeça, dores nas articulações, febre e manchas vermelhas no corpo. Os sintomas de chikungunya são bastante semelhantes, por isso é importante procurar atendimento para identificar a doença.

  • Da redação / Foto: divulgação

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