Eleição poderá alterar o panorama político na Câmara de Foz do Iguaçu

A correlação de forças na Câmara de Foz do Iguaçu pode sofrer alterações. As evidências aparecem nas primeiras sessões pós-eleição, em primeiro turno. O grupo aliado ao prefeito Chico Brasileiro não elegeu deputado e o enfraquecimento pode causar dissidências. Dos 13 votos do bloco governista, podem restar apenas sete no momento. O estrago poderá ser ainda maior na medida em que ocorram as demissões de cargos comissionados na prefeitura, indicados por aliados.

As exonerações seriam retaliação do Governo em cima de CCs que teriam trabalhado para outros candidatos em detrimento à candidatura da primeira-dama Rosa Jeronymo, apoiada pelo grupo. Infiéis ao governo foram identificados dentro do próprio PSD, partido do prefeito Chico Brasileiro.

Embate em plenário

Na sessão do último dia 5, houve um embate em que a votação de parecer sobre projeto do vereador Adnan El Sayed empatou em 7 a 7. O presidente Nei Patrício deu o voto de minerva a favor do grupo aliado ao prefeito. Assim, prevaleceu o parecer contrário da Comissão de Justiça e Redação ao projeto de Adnan que estabeleceria prazo para a prefeitura executar roçadas em áreas públicas quando notificada por qualquer cidadão por meio de solicitação no Protocolo Geral.

A CCJ deu o parecer contrário mesmo com manifestação positiva do Departamento Jurídico da Câmara em favor do projeto. Houve bate-boca e troca de acusações. Para emitir o documento que acabou arquivando o projeto, a Comissão baseou-se em parecer do IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O projeto determinaria prazo limite de 30 dias para a prefeitura promover a roçada e limpeza de terrenos vagos de propriedade do Município.

A alegação do vereador Adnan é de que da mesma forma que a prefeitura notifica, determina o prazo e aplica a multa em caso de o cidadão não cumprir, a administração pública deve dar o exemplo e também limpar os terrenos públicos dentro dos 30 dias. “Há uma lei que cobra 30 dias do proprietário de uma propriedade privada, após a notificação da prefeitura, para fazer. Esse é o mesmo prazo que eu estou colocando para a prefeitura também cumprir”, explicou Adnan.

O posicionamento dos vereadores – ainda fiéis aos interesses da gestão Chico Brasileiro e contrários ao projeto de Adnan – é visto como uma retaliação pelo fato de o vereador não apoiar a candidatura da primeira-dama e sim do candidato Hussein Bakri, eleito entre os mais votados do Paraná.  

Como foi a votação           

Votaram pelo arquivamento do projeto, concordando assim com o parecer da CCJ, os seguintes vereadores: Nei Patrício, Alex Meyer, Edivaldo Alcântara, João Morales, Anice Gazzaoui, Rogério Quadros, Valdir de Souza Maninho e Yasmin Hachem.    

Votaram a favor da continuidade da tramitação do projeto: Adnan El Sayed, Admilson Galhardo, Cabo Cassol, Jairo Cardoso, Kalito Stoeckl, Protetora Carol e Dr Freitas.

Elson Marques – EMS Editores

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