Audiência Pública na Câmara de Foz discute uso medicinal da Cannabis

Aa Câmara Municipal de Foz do Iguaçu realizou nesta sexta-feira, 1° de dezembro uma audiência pública, proposta pelo vereador Kalito Stoeckl (PSD), para discutir os benefícios do uso medicinal da Cannabis. A iniciativa teve como objetivo proporcionar um espaço de diálogo amplo e esclarecedor sobre os benefícios terapêuticos da planta. Na ocasião, o deputado estadual Goura, o fundador do Instituto Cannabis Sativa – Cativa, Raby Khalil, além médicos, pesquisadores, membros de outras associações voltadas para o tema, foram expositores na audiência.

 

Decisões e encaminhamentos da audiência

Ao final, o vereador Kalito, que presidiu a audiência, apontou os encaminhamentos que serão analisados e propostos em conjunto com os vereadores Adnan El Sayed (PSD) e Edivaldo Alcântara (PTB). Dentre as propostas, Kalito prevê a elaboração de indicações ao Poder Executivo sobre a iniciativa de um Centro de Referência no município; a apresentação de um Projeto de Lei por parte do Executivo; e para que a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia preste mais apoio para as pesquisas acerca do tema.

O vereador Kalito também pretende requerer do Executivo uma conferência municipal sobre o tema. “São três horas que ficamos debatendo aqui. Agradeço quem veio de longe para trazer esses conhecimentos e aos aqui de Foz que também estiveram conosco” declarou o vereador.

 

Uso medicinal

Durante a audiência, os expositores compartilharam conhecimentos sobre os canabinoides, com ênfase nos benefícios do canabidiol (CBD) e do Tetrahidrocanabinol (THC) para tratamentos de diversas condições médicas. Alguns apresentaram casos clínicos que tiveram evoluções positivas com as propriedades medicinais da planta, em usos isolado e full spectrum (extrato completo da planta).

 

NOTA DA CÂMARA DE FOZ DO IGUAÇU

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu esclarece que a audiência pública desta sexta-feira, 1º de dezembro, está sendo realizada para debater o uso da Cannabis MEDICINAL e que a decisão de conduzir a cidadã para delegacia foi tomada pela Guarda Municipal após averiguação de documento apresentado por ela para uso medicinal.

A participante portava cópia de uma decisão judicial que liberou o uso da planta controlada pela ANVISA para fins medicinais, devido a dores crônicas. No entanto, por falta de autorização legal e pela falta de detalhes na decisão, transportar e trazer consigo a planta para outros fins pode ser considerado crime de acordo com artigo 33 da lei de drogas. Por isso, a Guarda Municipal levou a pessoa à delegacia para resolver o caso com a polícia.

  • DC CMFI

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