Foz do Iguaçu debate soluções para crise climática na 2ª Conferência Municipal de Meio Ambiente

Foz do Iguaçu sediou nesta segunda-feira (9) a 2ª Conferência Municipal do Meio Ambiente (CMMA), realizada no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC). Com o tema “Emergência Climática”, o evento reuniu representantes do poder público, sociedade civil e organizações ambientais para discutir estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A conferência seguiu as diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima e da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, com o objetivo de elaborar propostas concretas para enfrentar os desafios da crise climática. As discussões foram organizadas em cinco eixos temáticos: Mitigação; Adaptação e Preparação para Desastres; Justiça Climática; Transformação Ecológica; e Governança e Educação Ambiental.

 

Avanços e desafios

O secretário municipal de Meio Ambiente, Rafael Carbonera, destacou iniciativas já implementadas em Foz do Iguaçu, como a coleta seletiva, que atende toda a área urbana. “Além de garantir o sustento de várias famílias, conseguimos reduzir a carga no aterro sanitário. Este evento é uma oportunidade para que nossas pautas cheguem ao Ministério do Meio Ambiente”, afirmou.

Moradores também participaram ativamente. Maria Serrate dos Santos, moradora do quilombo Horta do Seu Zé e Dona Laíde, enfatizou a importância do evento para conectar problemas locais com soluções viáveis. “Podemos não só ouvir, mas criar pautas que realmente façam a diferença”, disse.

 

Propostas escolhidas

Ao final, duas propostas de cada eixo temático foram selecionadas para serem apresentadas na Conferência Estadual de Meio Ambiente em 2025:

 

Mitigação:

Criação de um núcleo de desenvolvimento sustentável na Tríplice Fronteira.

Implantação de planos obrigatórios de mobilidade urbana integrada.

Adaptação e preparação para desastres:

 

Receita pública para transição de infraestruturas cinzas para verdes e azuis.

Diagnóstico socioambiental para revisão de planos diretores municipais.

Justiça climática:

Programas habitacionais adaptados às mudanças climáticas com técnicas sustentáveis.

Incorporação de mapeamento de riscos nos planos diretores, focando áreas periféricas.

Transformação ecológica:

 

Implementação e fiscalização dos Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Criação de um Fundo Municipal de Pesquisa para economias de baixo carbono.

Governança e educação ambiental:

Fortalecimento de programas de educação ambiental nos bairros.

Divulgação do projeto Bioceânico Eixo de Capricórnio para impulsionar a economia verde.

Representação e próximos passos

Os delegados eleitos para a Conferência Estadual foram Rubyane Brito R. de Almeida (Poder Público), Tamara Diaz (Sociedade Civil) e Nelton Friedrich (Iniciativa Privada). Os suplentes escolhidos são Lara Helena P. Vieira, Ana Alice Eleutério e Isis de Cristo, respectivamente.

O evento reforçou o compromisso de Foz do Iguaçu em atuar ativamente no enfrentamento da crise climática, valorizando a participação social e o diálogo entre diversos setores.

  • Da redação com AMN

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