Acusados de assassinar advogado são condenados a 19 e 11 anos de prisão

Dois réus acusados do assassinato do advogado e professor universitário Ricardo Ferreira Damião Jr foram condenados em júri popular realizado no fórum da cidade de Medianeira. A sessão, que começou na manhã de terça-feira (29), foi encerrada na madrugada de quarta-feira (30), após 16 horas, e contou com a presença de familiares da vítima.

Orivaldo Malaggi, apontado como mandante do homicídio, teve sua pena fixada em 19 anos, 4 meses e 22 dias que devem ser cumpridos em regime inicial fechado. O comparsa dele, Marco Roberto Padilha Soares, foi condenado a cumprir pena de 11 anos e 1 mês de reclusão também em regime fechado. As penas somadas ultrapassam 30 anos.

Ricardo Damião foi executado a tiros na frente da faculdade onde lecionava, em Medianeira, no dia 27 de março de 2018. Na ocasião ele deixava a instituição na companhia do filho quando foi surpreendido pelos atiradores. O crime, conforme a polícia, teve motivação passional.

Damião chegou a ser socorrido e encaminhado em estado grave a um hospital, porém morre na manhã seguinte. O filho da vítima foi ferido por um tiro no rosto sem gravidade e se recuperou rapidamente.

A Polícia Civil deu início às investigações na mesma noite do crime. No dia 22 de maio do mesmo ano uma operação foi deflagrada e resultou na prisão de um suspeito em São Miguel do Iguaçu, apontado como sendo o motorista do carro que deu fuga aos assassinos.

O veículo usado no homicídio foi encontrado incendiado em uma estrada rural no interior de Matelândia. Ainda durante a operação a polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, sendo um deles na Câmara de Vereadores de São Miguel. Conforme apurado, um carro oficial do legislativo teria servido de apoio aos executores.

No dia 23 de fevereiro de 2019, duas pessoas supostamente também envolvidas no crime foram presas em uma operação da Polícia Civil de Medianeira em conjunto com forças policiais da região. Um dos detidos foi localizado na cidade de Cascavel e preso na BR-277, em Céu Azul, após fuga e acompanhamento tático. O outro envolvido foi preso em Foz do Iguaçu, ocasião em que foi apreendida uma pistola calibre 9mm.

Na ocasião, as investigações apontaram o então vereador Edson Ferreira, de São Miguel do Iguaçu, que morreu no dia 14 de março de 2019, como sendo o responsável pela contratação dos executores. Em troca disso ele teria obtido uma espécie de apoio político para retornar à presidência da casa de leis.

No dia 22 de março do mesmo ano, foi preso Orivaldo Mallagi que na época era Secretário de Obras e Viação de SMI. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete dele na prefeitura, e na sua residência na cidade de Medianeira, onde foram apreendidos computadores, pen drives e celulares, para serem periciados.

  • Da redação / Foto: Guia Medianeira

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