Coluna do Corvo

Aumentos

Se o óleo diesel sobe, aumenta o frete e com isso, os preços dos produtos. E é aí que está feito o estrago no bolso do consumidor. Como o governo vai fazer, é difícil imaginar, porque mexeram na política econômica, na Petrobrás, estão realizando uma reforma ministerial e parece difícil conter a avalanche de problemas. Estamos em ano pré-eleitoral e é quando o povo fica de olho nos resultados.

 

No supermercado

Não sejamos hipócritas, dando uma de Maria Antonieta: “se não tem pão comam brioche”. A frase custou o pescoço dela, cheio de pó de arroz. Vamos pensar na alimentação saudável, que não cabe no orçamento de muitos brasileiros. As frutas, legumes, verduras, o arroz, tudo está muito caro, sem falar da carne e até mesmo frango e peixe. E se alguém resolver comprar óleo de oliva, pensará duas vezes ou desistirá.

 

Quaresma

Os alimentos mais procurados no período de introspecção espiritual estão impossíveis de se comprar. O peixe, por exemplo, só se for pescar na barranca do Paranazão. Antigamente, este colunista realizava uma dieta à base de peixe no período da Quaresma, variando o cardápio com sardinha grelhada e legumes, pescados dos rios regionais como o Pacu, Dourado, Piapara e até mesmo os Lambaris; tudo era acompanhado de saladas com tomate, palmito, dentre outros. Nos finais de semana sempre rolava um bacalhau, regado à óleo de oliva, ao bafo, ou na grelha, forno, enfim, comia-se peixes de todas as maneiras. Hoje a grana de muita gente não dá nem para a lata de sardinha, que custa em torno de R$ 12,00 dependendo a marca. O atum é bem mais caro.

 

Mão de vaca?

A última vez que este colunista escreveu sobre a alimentação na Quaresma e Semana Santa, alguns leitores e até amigos ligaram: “abre a mão Bonato, para de chorar e compra logo o bacalhau!”. Não se trata de choradeira, mas de comungar o pensamento da maioria. Ontem mesmo, percorrendo as gôndolas de uma grande rede, um vidro de azeitona preta, a madura, não saía por menos de R$ 48,00; óleo de oliva R$ 65,00, o quilo de bacalhau salgado beirava R$ 110,00; a caixa de ovos, R$ 12,50; tudo está mais caro e vai ficar mais ainda depois que o Lula assinar o aumento do diesel!

 

Comparação

Então vamos fazer as contas e comparar: um vidro de azeitonas e o óleo de oliva, juntos, custam mais que o prato principal e se ele for trocado pelo Salmão, dá praticamente na mesma. Então, a solução é ir pescar uma Piapara e fim de papo. Esses produtos custam mais caro nos restaurantes, um pedaço de peixe “empratado” não sai por menos de R$ 65,00, porque o dono do estabelecimento aplica os seus custos.

 

E os ovos de Páscoa?

Às vezes agradecemos ao destino. Este colunista, por exemplo, não possui netos. É sim uma tristeza, porque não há nada mais emocionante do que ver as crianças correndo pela casa, mesmo que encham o saco de vez em quando, momento em que também aceitamos Herodes naturalmente. E como dizia o poeta Vinícius de Moraes, “Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não tê-los, como sabê-los?”. Os netos nos remetem a esse pensamento elevado a quatro vezes. Escrevi tudo isso para chegar ao preço dos famosos chocolates em forma de ovos, já dependurados em todos os lugares. Esse objeto de desejo das crianças orbita a casa dos R$ 125,00, no tamanho pequeno/médio. Era o preço dos produtos de tamanho bem maior anos antes. Se houvessem netos, cada um certamente ganharia uma caixa de “Bis” e olha lá.

 

Para distrair

Este colunista é meio atrapalhado em comemorações e, faz um julgamento comercial nas datas importantes como o Natal, a Páscoa, Dia das Mães, Namorados e até o Dia da Mulher, que está próximo. É bom comemorar, mas é preciso refletir mais. Muitas companheiras fazem cara feia quando os maridos não enviam flores, e não recebem presentes. E quem disse que é um dia para ser comemorado assim? Trata-se de uma data a ser reverenciada pela conquista, por derrotar a opressão, a violência, e serve para a reflexão, afinal, ainda há muito a se fazer para convencer os homens, que as mulheres são bem mais importantes que eles. Não se dá presentes aos negros nas comemorações da Abolição, ou na data da Consciência, entregamos a solidariedade, o perdão pelo tudo o que sofreram. Enfim, a luta sufragista é repleta de dor e, dar presente beira a ofensa. Pelo menos algumas pessoas entendem assim. Há mulheres que se revoltam quando o entregador leva um buquê no 8 de março e sovam os maridos. No geral, “um feliz dia da Mulher, pela sua luta, pela sua importância, reconhecendo o valor”, é mais adequadamente correto.

 

As gafes

Como é sábado, vale lembrar algumas besteiras cometidas em datas comemorativas, justamente pelos equívocos, desatenção e o jeito às vezes torpe de encararem as coisas. Certa ocasião um marido estava de bico no boteco. Ele deu um jogo de panelas para a esposa no dia do aniversário dela. E, para alegrá-la, antecipou que ganharia uma máquina de lavar e outra de secar, no Dia das Mães. Foi expulso de casa. Não diferente, outro conhecido deu de presente um box de banheiro, assim a mulher não teria que ficar passando pano toda a vez que ele tomava banho. E pensam que este colunista não pisou na bola? Há algo pior que assar um coelho na churrasqueira no domingo de Páscoa. As crianças choraram o dia todo. Só me toquei depois que o bicho foi à mesa. Que barbaridade!

 

A damas da casa!

Vamos aqui adequar a data de hoje à realidade, além da obrigação em reconhecer as mulheres em sua competência cotidiana: “toda mulher brasileira, no exercício de “dona de casa”, é formada, diplomada, graduada e pós-graduada em economia. Ela que em geral, administra o orçamento familiar, uma tarefa em nada simples. Não está errado escrever a genialidade que as mulheres aplicam em acomodar os vencimentos, como os parcelamentos das compras de final de ano, do material escolar da piazada, nas datas comemorativas e ainda a água, luz, internet, seguros, aluguéis e, ainda, aguentam as pontas em uma porção de situações, independentemente se cumprem, ou não, horário em empregos fora de casa. As mulheres são sim, muito mais ninjas que os homens. Taí algo para pensar hoje no boteco, sobretudo depois de escapar da limpeza da casa, como fazem os maridões folgados e ingratos.  Feliz Dia das Mulheres!

 

Transporte

Aqui entre nós, nem chegamos na época das Festas Juninas, mas o prefeito General anda encarando cada rojão hein? Hoje passaram-se 67 dias desde a posse, exatos 18,36% do ano e dá-lhe cobrança em cima do homem? E, o Transporte Público não é um rojão e sim um petardo, uma peça de artilharia que requer cuidado em manusear. O setor, afinal, sempre está no olho do furacão é e cheio de percalços para lidar, com o mundo metendo o bedelho, como é o caso da ingerência dos sindicatos e os políticos disfarçados de sindicalistas. Silva e Luna deve saber, que apesar de prolongar o contrato com a atual operadora, terá que usar “canela de véio” para apresentar um novo projeto urgentemente.

 

Novidades

O prefeito é chegado em tecnologia; é um homem viajado, serviu em países onde o transporte é desenvolvido. Foz tem tudo para dar exemplo, uma vez que pretende reformular o setor e, por meio de inovações, pode funcionar modalidades sustentáveis, em acordo com o futuro. Não vamos longe, a Viação Santa Clara, segundo informações, possui um departamento que estudo a implantação de novas frotas movidas por eletricidade, bateria e bicombustíveis. É na verdade um laboratório e que exige muitos investimentos. A empresa pode colaborar bastante no processo de otimizar o serviço com qualidade ambiental e conforto humano.

 

É muito mais

Realizar uma operação macro de transporte público envolve muito mais que simplesmente pintar os ônibus e redesenhar as linhas. Isso envolve tecnologia de cidade, começando pela sinalização, pavimentação, criação de canaletas; fiscalizar o serviço; proporcionar facilidades de embarque, segurança, dentre outras. E, ainda, ficar de olho no assunto do preço das passagens, se com gratuidade ou não.

 

Ainda a UNIMED

Enquanto o assunto pega fogo, com o dia da eleição se aproximando, eis que surgem apontamentos dos mais diversos, por exemplo: com a debandada de usuários, onde é que essa gente foi se socorrer? Em outros planos de saúde? Difícil, dizem os observadores. Muitos foram engrossar as filas do SUS, nos UPA’s, UBS municipais. Se já há dor de cabeça para fazer as filas andarem, o que dizer com o caldo engrossando? E no mais, há também o lado social do imbróglio porque o número de empregos diretos e indiretos não é dos menores.

 

Valor das consultas

O maior dos problemas que norteiam a eleição, marcada para a terça-feira 11/03, é a transparência. Os médicos questionam até mesmo a razão de não conseguirem manter os consultórios, uma vez que o valor pago pela cooperativa beira ao descaso. Com uma consulta paga na faixa de R$ 100,00, mais a incidência de taxas e impostos e os custos gerais, o valor cai abaixo dos R$ 30,00! E a dona Gina, mãe deste colunista brigou quando soube a recusa em estudar medicina! Se a Unimed colapsar, a cidade terá um problemão pela frente.

 

 

E a Saúde?

Há um relato de tirar o sono. Um servidor aposentado do serviço público enviou para este colunista um dado estarrecedor. Segundo ele, que pediu para não ser identificado, cerca de 59,6% dos problemas no atraso das cirurgias é a quantidade de acidentes envolvendo motos, atropelamento e ocorrências envolvendo ciclistas também. Então, a fila dá um passo adiante e três no sentido contrário. O povo não aguenta mais essa situação, de ter a data do procedimento marcado e receber mensagens, com adiamento, em razão de emergência.

 

Carnaval da Saudade

Este colunista recebeu um excelente material relembrando a implantação do Carnaval da Saudade e, no relato publicado na edição passada, faltou constar o Nelson, um literal carregador de piano na Fundação Cultural. É o termo coloquialmente utilizado para quem trabalha muito, o tempo todo. Ficamos honrados em saber que há servidores assim. Por essas e outras vamos voltar ao assunto.

 

Ecos do Carnaval

Aqui vai um aplauso ao Almirante Tinoco, pelo desempenho da Guarda Municipal e o entrosamento com as demais forças, especialmente durante os dias de folia. As viaturas e os GMs estavam por todos os locais onda havia movimento, ajudando a manter a ordem, orientando os visitantes e turistas e atuando firmemente contra as anormalidades.

 

Clima maluco

Está complicado entender o que São Pedro e Santa Bárbara andam tramando acima das nuvens. Os aparelhos de ar condicionado emborcam, causam o efeito contrário tamanha a quantidade de ar quente. Taí o aquecimento global mais evidente que nunca. Um amigo enviou uma simulação de computador, mostrando onde o nível dos oceanos podem chegar, caso aumentem 300 metros. Bom, segundo a ciência isso nunca vai acontecer, porque não há reserva de água no planeta que cause um fenômeno desses, nem se desabarem todas as nuvens, as calotas polares derretem e os aquíferos saltarem para a superfície. Lamento informar, mas se os oceanos aumentassem tanto, lamentavelmente submergindo muitas cidades, seria a única maneira de existir uma praia de água salgada, com ondas para surfar, pelas bandas do Porto Meira. Ah, chega de palhaçada, um bom final de semana a todos. Usem o ar-condicionado, mas não esqueçam da conta de luz!

 

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