Coluna do Corvo
Sustentabilidade
A parceria entre Itaipu e o Ministério do Turismo, calçada na capacidade e inteligência do Parquetec poderá se converter em uma ferramenta muito importante em favor de Foz do Iguaçu e a sua consolidação como “cidade sustentável e turística”. Um “observatório” é fundamental para a colheita de dados e informações que em muitas ocasiões não foram aproveitadas, ou compartilhadas com os vários segmentos que pertencem à cadeia de atividades no setor. O tecido desenvolvimentista do Turismo agrega uma quantidade enorme de parceiros e isso precisa encontrar sintonia. O segmento é o que mais pode contribuir comas lições sustentáveis, porque aproxima muito o homem da natureza.
“Cidade Turística”
Toda a vez que este colunista escreve que ainda falta para Foz se tornar uma Cidade Turística, algumas pessoas recebem o texto como fosse um palavrão desavergonhado. Pois ainda falta mesmo e, um Observatório Nacional do Turismo no Parquetec pode encurtar o caminho. Vamos explicar: o fato de não ser uma cidade turística não é depreciativo. Foz do Iguaçu é formada por um conjunto de atividades econômicas potentes e o Turismo é uma delas; há o comércio formal; o fronteiriço, os setores alfandegários, Itaipu, as áreas de conservação como Parque Nacional do Iguaçu; empresas se especializando em modais, o Porto Seco, indústrias, manufaturas, lojas francas, enfim, um leque variado que movimenta a engrenagem produtiva, gera empregos e distribui a economia. Cidade Turística é aquela em que todas as atividades são plenamente voltadas para os visitantes e tudo o que se faz, é o Turismo. Bonito, Ouro Preto, Jericoacoara e outras são turísticas. Um leitor enviou mensagem incluindo São Francisco do Sul, em Santa Catarina; ela é turística, mas antes, portuária. Boa parte da economia gira em torno do Porto.
Segurança é tudo
As pessoas e autoridades não devem se sentir ofendidas quando alguém disser que Foz não é uma cidade turística. Vai ver é muito mais até. Mas há um outro assunto que está diretamente ligado ao Turismo. Os visitantes querem saber: “é seguro fazer turismo em Foz? Dá para andar tranquilamente pela cidade usando relógio, correntinha” e perguntas que até mexem com a gente. Isso tem explicação: a onda de violência nos polos emissores, cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, além de atemorizar, levanta a curiosidade. Quem viaja quer paz.
Foz é segura?
Este colunista escreve que é, se comparada a outros lugares. Mas se os visitantes e turistas ultrapassarem algumas linhas, ou se aventurarem em áreas de risco, aí são outros quinhentos. “Roubaram meu relógio, celular e documentos”, o policial perguntou onde, e, a resposta foi “na Ponte da Amizade”. Apesar da vigilância, o certo é não dar bobeira, como é o caso de ir passear no Jupira e outras paragens. Mas no âmbito da segurança, em Foz policial ainda anda fardado de casa ao batalhão ou GM, são poucas as ocorrências em locais onde há gastronomia abundante e atrativos. Isso hoje é muito diferente em dar uma volta no quarteirão em Copacabana. O turista sai do hotel e corre o risco de voltar pelado. Em Foz isso não acontece.
Big Brother
Como esta coluna publicou na edição passada, a cidade está virada em BBB, com câmeras espalhadas por todos os lados, a começar pelas residências. Isso acontece porque os moradores querem se precaver e de alguma forma atemorizar os inimigos do alheio. Mas a notícia ruim é que eles não estão nem aí com muro alto, cachorros, cercas elétricas e menos ainda o monitoramento. Os bandidos saem “noiados” para as suas empreitadas e se julgam seres invisíveis; são mesmo audaciosos. Quando há estratégias contra isso, entram pelo cano e vão olhar o pôr do sol no retângulo.
Uma espiadinha
Os moradores monitoram frequentemente e se guarnecem de cartões de memórias e HDs. Há quem passe horas conferindo os movimentos da própria casa, porque alarmes disparam até com os gatos da vizinhança. Essa fobia tem causado injustiças e é frequente saber de situação humilhantes nos grupos formados por vizinhos, quando alguém posta um cidadão passando em frente à sua casa, pré-julgado como bandido e meliante. É preciso calma, os transeuntes muitas vezes estão à procura de emprego, ajuda, ou simplesmente se deslocam a pé. Mas isso tudo, enfim, nos dá uma dimensão de como a sociedade anda atenta. De uns dias para cá, as pessoas querem saber como podem disponibilizar as imagens para as autoridades, o que não deixa de ser uma unificação abrangentes, muito além das forças policiais.
Conexão
A nova administração está pensando em como fazer isso, essa conexão entre os moradores, bairros e localidades com o sistema de segurança. Segundo uma informação, o secretário Luiz Teixeira, da Secretaria Municipal de Tecnologia, Inovação e Modernização Digital está estudando a possibilidade por meio de IA, e ele é doutor no assunto.
Sintonia
Ao abordar a “segurança” dos moradores e institucional, em Foz, o contra-almirante Paulo Tinoco cumpre uma agenda inédita: ele está recebendo os Vereadores na SMSP para um café e um bate-papo, onde faz uma apresentação sobre a reestruturação, os desafios e as prioridades de sua pasta. Ao que se apurou, vereadores e vereadoras estão satisfeitos e até impressionados com a atenção, em conhecer melhor o secretário e o quanto é importante essa aproximação entre executivo-legislativo.
No embalo
Outros secretários estão pensando em copiar a ação do Tinoco e não só receber os vereadores, como também os presidentes de bairros e localidades que se consideram desassistidas, a começar pela distância. Dizem que olhando para isso, o General Silva e Luna está apressando os projetos para a construção de um Paço Municipal, com anfiteatro para as reuniões maiores. A novidade é que a Câmara poderá ser contemplada com uma nova sede e quem sabe, definitiva.
Cotoveladas
Não é de hoje que os vereadores, assessores e a população que frequenta o ambiente legislativo reclama do espaço na Casa de Leis. Dependendo o povo que se organiza e vai até reivindicar algo, metade fica do lado de fora.
Sem segredos
Os gabinetes são tão pequenos, que a genética das moscas e mosquitos sofreu uma metamorfose, os bichos são mais afinados, de tanto se espremerem entre os visitantes e frequentadores usuais do Poder Legislativo. E, quando um vereador fala no seu gabinete, todos que estão do lado de fora ficam sabendo.
Charanga da Yolanda
Finalmente a “Vila”, como é abreviada pelos moradores terá o seu Carnaval de Rua. Os “yolandeses” estão rasgando o sorriso, depois que a Prefeitura, por meio de seus órgãos, oficializou o evento. Bom vamos explicar: ele se oficializa quando é permitido; a Fundação Cultural ajudará com a estrutura e o Foztrans engenhou a liberação do espaço, ou seja, as duas pistas do último quarteirão da Avenida Iguaçu. A engenheira Pricila Mantovani, Diretora de Trânsito e Sistema Viário, atuou pessoalmente no caso e foi conferir todas as possibilidades de realização da Charanga. Diga-se, a profissional acompanha os eventos de Carnaval faz bastante tempo e teve um papel fundamente em quase todos os formatos, como no tempo da Duque de Caxias, a reimplantação na Avenida JK e também no Carnaval da Saudade, na Rua Marechal Deodoro. Pricila está 24 anos nas atividades do Foztrans, em várias funções importantes.
Limão azedo e limonada
Este colunista pegou com a mão pesada o assunto e aqui se retrata, porque não sabia, mesmo depois de conversar com as autoridades, que o assunto da liberação da pista estava sendo revisto. E foi. O Foztrans não procedeu errado, apenas emitiu uma negativa, aguardando a manifestação contrária e, depois das justificativas, o assunto foi analisado in loco e a engenharia de trânsito emitiu parecer favorável, resolvendo o impasse. Entre uma coisa e outra, a notas aqui foram publicadas. Realmente o Foztrans é muito atuante quando há eventos em Foz e literalmente “se vira nos 30” para ajudar nas produções, uma em cima da outra. Pedem para fechar ruas e avenidas a todos os momentos. O grosso da população não faz ideia do número de atendimentos e ações cumpridas naquele órgão.
Explicando o evento
A Charanga da Yolanda nasceu de um bate papo entre amigos, considerando que o bairro poderia abrigar um evento relembrando os carnavais de antigamente. Naquele momento havia muitos questionamentos sobre a realização do Carnaval da Saudade no centro da cidade. Esse encontro aconteceu nas dependências do Joãozinho Espetinhos, no final de 2023. O dono do negócio, por sua vez, fez uma cara de dúvida e chegou a arrepiar o couro, imaginando que poderia ter dores de cabeça, porque além da folia atrapalhar o movimento do seu estabelecimento comercial, teria que emprestar parte da estrutura, luz, água, banheiros e disse: “ah, deixa quieto”. Demorou até ser convencido sobre a realização de um carnaval em frente ao boteco.
Tentativa
Em 2024, houve uma tentativa de realizar a Charanga, mas sem sucesso, com o evento empacando na liberação da via. É importante explicar que outros locais foram descartados, porque as ruas da Vila Yolanda são convencionais, e, um tanto estreitas, diferente do trecho requerido, com as duas pistas mais largas canteiros, a sombra de grandes árvores e um trânsito que pode ser desviado nas ruas paralelas. Além do mais, as instalações do Joãozinho serviriam de apoio.
Em 2025
Em dezembro do ano passado a ideia a ideia da Charanga começou a encorpar novamente, com uma nova rodada de discussões com o Joãozinho que já havia desistido, de novo, de um carnaval atazanando a vida. Coube ao Clóvis Augusto Aires Quadros, e os diretores do Bloco Papai Urso, a missão de convencer o empresário, com a ajuda deste humilde escriba e de Eliane Schaefer, se preparando para ajudar nos concursos de fantasias infantis e Pets. Por essas e outras é bom sempre lembrar, que a Charanga da Yolanda não pertence e não é de responsabilidade do Joãozinho, mas sem ele, dificilmente o evento seria realizado. E é também necessário destacar a cordialidade e parceria de Dalmont Benites e Monank, respectivamente Diretores da Fundação Cultural, que abraçaram a ideia. Parodiando o Santos Dumont, o homenageado desde ano, certas coisas não pertencem a um ou outro e sim, são de todos, igual a Tereza da Praia, que não é de ninguém! Perlo visto já é carnaval e aqui vai um abraço aos leitores desejando-lhes uma ótima sexta-feira!