Coluna do Corvo
Resumão
Como este colunista possui boa relação com muitos secretários da prefeitura de Foz, é natural que um ou outro sentisse a falta de abordagens sobre a sua pasta, na coluna desta terça-feira (04/02). Bom, usamos um material oficial sobre o primeiro mês de governo e mesmo assim foi necessário fazer um resumo, do contrário a coluna necessitaria mais espaço.
Expectativas
Vamos combinar, um mês é pouco tempo para soluções em reivindicações antigas ou agravantes. O que se percebe que os assuntos mais urgentes estão no foco da gestão, como a fila na Saúde, manutenção das ruas e avenidas, segurança e as providências na área da Educação, porque as aulas estão começando. O fato é que todos os secretários estão se “virando nos 30” porque a população está de olho e cobra.
Pouco tempo
Segundo uma informação de coxia, muitos integrantes do novo governo estão inquietos e desconfortáveis com o horário de atendimento da prefeitura, que vai até as 14 horas. O expediente acaba, o povo vai embora e os nomeados ficam trabalhando até bem mais tarde, fazendo o “meia-porta”. Porque não aumentam logo o expediente para o horário comercial?
Discussão antiga
O expediente na prefeitura é assim faz muito tempo e não é algo simples de mudar. Quem aprova a jornada garante que é suficiente para o atendimento aos munícipes, porque não há intervalo de almoço, por exemplo. Quando o atendimento era comercial, ou seja, das 08h às 17h30, com duas horas de intervalo, havia muitas reclamações; as pessoas se queixavam que não poderiam deixar o trabalho para ir às repartições e que isso só era possível das 12h às 14h.
Automatização
Para muitos o horário não faz diferença, a menos que seja necessário tratar de questões presenciais. Os começos de ano são mais apurados, porque há o advento do IPTU e isso obriga muita gente a encostar o umbigo no balcão do erário. Em outra hipótese, nem todos sabem manejar computadores e aplicativos, ou tratar das questões eletronicamente, por mais eficientes os canais. Neste caso os idosos são mais afetados, recorrem aos contadores e advogados e claro, isso muitas vezes não sai de graça. Há quem diga que a solução seria ampliar o horário em algumas secretarias em determinados períodos, pelo menos.
No lucro
As administrações mais recentes utilizam os horários sem pausas delongadas como eram as “férias coletivas”, um tempo em que os servidores desfrutavam o descanso até meados ou todo o mês de janeiro, pensa? A cidade movimentada, na temporada e a prefeitura apagada; como restaurantes que fecham para o almoço.
Muito o que fazer
Ao que parece a nova administração terá mesmo que otimizar o tempo, porque a lista de providências não é pequena. Quase toda a estrutura municipal precisa de arrumação. Há deterioração aparente em escolas, creches, postos de saúde, praças e em locais que chegam a apavorar. Esses dias a secretária de Educação foi visitar uma unidade escolar e as imagens não eram em nada boas.
Bosque
Numa das idas ao centro da cidade, este colunista precisou contornar o Bosque Guarani e o que antes era aprazível, se tornou um pesadelo, com as grades enferrujadas, umas caindo e outras esburacadas, com o mato vazando para todos os lados. Vai ver é por isso os bichos iam se refugiar na vizinhança. Como é que isso aconteceu? Pelo aspecto, o desleixo é de várias gestões. Disseram que o local se tornará a sede da Secretaria de Meio Ambiente e isso pode ser um começo. Os servidores vão precisar cuidar com as cobras e insetos. Haja repelente!
Custos
Outra notícia de bastidores é o susto que os governantes levaram quando analisaram uma lista de itens de manutenção das secretarias, do papel higiênico ao cafezinho. Não será de estranhar caso os servidores precisem levar isso de casa, o que aliás, a população agradeceria.
Austeridade
Espalharam nas redes sociais que a prefeitura irá endurecer com os contribuintes e a primeira amostra será nas negociações com o IPTU e impostos atrasados, com o povo emparedado em cartórios e no Fórum, em razão da dívida ativa. Parece não ser bem assim. “A prefeitura precisa cobrar, porque se não fizer isso pode incorrer em punições administrativas; não se pode renunciar e nem complicar a receita, mas haverá muita humanização no processo”, disse um membro do alto escalão. A ideia é criar projetos de arrecadação por meio de descontos e parcelamentos, com a meta de zerar o acúmulo de devedores. “As pessoas não pagam porque não querem e sim por motivos financeiros às vezes graves, cada caso possui as suas particularidades”, disse um advogado.
Dragão medonho
A coisa pública sempre é apelidada com nome de feras, a exemplo do leão do imposto de renda. Quando o cidadão não contribui, a jaula balança e o bicho dá um jeito de escapar. Mas a máquina pública não pode se transformar em dragão de sete cabeças e devorar os contribuintes, senão quem é que vai pagar? O pressuposto do pagamento dos impostos é naquilo que eles serão revertidos em melhorias. Quando a administração faz, o povo paga.
Materiais escolares
Os meios de comunicações estão recebendo queixas sobre o preço dos materiais escolares neste início de ano. Cadernos estão custando quase o dobro, se comparado com o início de 2024. “Em dezembro foi comprar uma caneta para usar no meu salão de beleza e aproveitei para conferir os preços dos cadernos escolares. Notei que havia um que custava R$ 26,80. Não comprei porque pensei que haveria promoções e ofertas nas campanhas de início de ano letivo. Ontem voltei à papelaria e o mesmo caderno custava R$ 48,50?”, questionou a leitora M.A.G.P (ela pediu para não ter o nome revelado).
Consequências
Com os preços altos, as famílias improvisam e compram materiais pela internet, mesmo com o benefício do “cartão”, distribuído pela prefeitura. “O valor creditado não cobre toda a lista” afirmou outra dona de casa. O que a prefeitura precisa fazer é dar um jeito de fiscalizar o comércio credenciado; já, os pais, por sua vez, precisam correr as papelarias. Este colunista soube que há disparidade gritante de valores entre umas e outras. O fato é que a variedade de produtos é grande e há itens que custam bem menos em outras lojas. Não é em nada feio, ou humilhante, comprar picadinho até atender toda a lista. Humilhante é se submeter a pressão, parcelar a compara e ficar o ano todo pagando.
E as crianças?
Taí algo interessante. Há crianças que zelam pelos materiais escolares, uniformes, mochilas, pois os consideram bens preciosos, mais importantes até que os brinquedos. Com a alta nos preços, é comum os mais velhos repassarem os materiais para os mais novos.
Política externa
A economia mundial está uma bagunça e isso em partes é culpa da política de Donald Trump. E o que o Brasil tem com isso? Aparentemente, até agora, nada, a não ser a alta quase que permanente do dólar. Com jeitinho até dá para tirar uma casquinha, por exemplo. Com a sobretaxa em produtos de vários países, há a retaliação e eles deixam de comprar carvão, petróleo bruto dentre outros dos Estados Unidos. A China deve aumentar os negócios com o Brasil. Até quando e como será o desfecho disso não sabemos, mas o novo presidente estadunidense está aumentando e muito a onda de sentimento contra o seu país.
Dizem que é só o começo
Os analistas mais aprofundados no perfil de Donald Trump garantes que isso é o jeitão dele, tipo rinoceronte em loja de cristal, o que deve amainar com o tempo. Os americanos precisam de produtos de todos os continentes quando o assunto é sustentar o modo de vida.
Onda de calor
Foz do Iguaçu está horando a fama de sucursal solar neste início de ano. Algumas pessoas estão sentindo até dificuldade de respirar e nada de chuvas, contrariando até as previsões. O verão está bem pouco chuvoso, se comparado a outros tempos. A receita é ficar na sombra e hidratar bastante. Uma boa quarta-feira a todos!