Coluna do Corvo

Cadê a musiquinha?

“Hoje é um novo dia, de um novo tempo…” Toda a vez que ouvimos a canção, nas muitas formas que ganhou ao longo de décadas, sabemos que é hora de correr para o abraço e olhar para o bolso, com os compromissos de final de ano. A música atiça o clima, digam até os que não gostam da Rede Globo.

 

Esse negócio de não gostar…

…é muito relativo. Tem marmanjo que bate no peito contra a emissora, diz que virou até a antena de lugar para não pegar, mas de noite, escondidinho, assiste ao capítulo da novela. E se houver futebol então? É assim que “acaba e termina” a ideologia no entretenimento; se bem que isso bem deveria existir. Em diversão não deveria existir essa pressão política.

 

Falar em entretenimento…

A moçada se arruma, as mulheres pintam as unas e dão um tapa no figurino, os rapazes lavam os carros e economizam um dinheirinho a semana toda para ir ver um show em balneário de hotel e tudo acaba por causa de briga e tiroteio. Uma barbaridade. Quem esteve no local relata um horror em razão do pânico que se criou. E como um indivíduo entra armado em evento assim? Cadê a segurança? Muito ruim isso para a imagem da cidade. Os vídeos correram o país.

 

Proteção

Eventos requerem organização e muita segurança, senão acabam em bagunça, se não ocorrer algo mais grave. Montar um aparato preventivo custa bastante caro, mas o valor pode ser incorporado nos ingressos e garantir o conforto dos frequentadores. Infelizmente é preciso revistar nem que seja por amostragem e isso pode ser realizado com agilidade, dependendo a experiência da empresa contratada. Em Foz existe gente muito capacitada para a função.

 

Demora

Este colunista recebeu várias reclamações de fila na aduana da Argentina na sexta-feira e sábado. Oras, que novidade? Quando é que não houve fila lá? Quem vai para o país vinho deve antes preparar o espírito, porque a canseira é certa. Isso dificilmente mudará, porque a ordem é controle de fronteira total, com um padrão inflexível. Se o Brasil não adota a mesma postura, aí são outros quinhentos.

 

Muitos eventos

Chega o final do ano a cidade fica repleta de eventos locais e são tantos, que a população nem sabe por onde começar. Há recitais, festas de igrejas, festas de empresas, festas nas escolas, para o encerramento do período, formaturas e, já tivemos a inauguração do Mercado, um baita evento no antigo PTI, agora Parquetec; outro no ICLI, eventos, eventos, eventos e mais eventos. Para quem gosta é um prato derramando pelas beiradas; e se for “boca livre” então, há quem já tenha até engordado em praticar o esporte de engolir salgadinhos.

 

Calendário

 

O que pode ocorrer, para além da temporada festiva, é uma conversa entre as grandes instituições envolvidas (Prefeitura, Itaipu, etc) sobre a construção de um calendário de eventos para diluir algumas atividades ao longo do ano e garantir demanda e público. Porque, do jeito que têm sido, as pessoas até comparecem, mas se submetem em maratonas. Fica todo mundo exausto, a começar pelas autoridades, que escolhem entre trabalho ou festa.

 

Coração partido

“Tristeza”, é o sentimento que uma funcionária terceirizada da Câmara disse estar impregnado pelos gabinetes, em especial dos derrotados neste primeiro dia útil de dezembro. Ela relatou que os assessores que chegaram para trabalhar estão muito chateados e à espera da exoneração. Alguns nem pegam mais o tradicional cafezinho. Evitam até os encontros por causa das lamúrias. Mas é assim mesmo, a coisa muda e o que era disse se acaba. O negócio é se coçar e começar a arranjar algo para fazer e encarar a vida do cidadão comum.

 

“Muitos nem vão mais”

Segundo a amiga deste colunista e que pintou o quadro de tristeza no Legislativo, muita gente não aparece mais desde o final das eleições muitos já levaram até os pertences pessoais, na clássica imagem de carregarem caixinhas. “Até vereadores a gente só vê no Plenário”, disse. “Eles entram direto da rua para o salão e nem entram mais nos gabinetes, porque muitos não possuem a chave, que fica com os assessores e como eles não aparecem…”.

 

Falta pouco

Este colunista já perdeu até as contas de quantos secretários foram nomeados pelo General prefeito eleito Silva e Luna. Parece que restam os nomes para a Educação, Governo, Finanças, poucos enfim. A equipe de transição avisou que concluiu o que seria uma “ primeira etapa do processo”. O coronel Jorge Ricardo Áureo Ferreira, agradeceu, em nota, o empenho do governo que se despede.

 

Um tempinho

Segundo a nota, bem curta e ao estilo do coronel Áureo, explica que a “última apresentação das Secretarias e Autarquias marcou o encerramento desta fase inicial” e entraram agora nos próximos passos do processo, “assegurando que a transição continue fluindo de maneira transparente e produtiva”. Dizem que os próximos nomes, fora a Educação, serão de militares de alta patente. Um general e um almirante devem assumir postos na administração, mas não é uma informação confirmada. Ela orbita o mundo das especulações.

 

Mais dois

Em todos os casos, ao que se sabe, mais dois nomes deverão ser anunciados nesta semana. Sila e Luna é muito analítico em questões tecnológicas e isso se tornou bastante necessário nos processos seletivos. Se ele quer fazer uma administração com olhos no futuro, não poderá manter em seu staff gente que ainda usa carimbo e papel carbono.

 

Tudo mudou

Antigamente os funcionários chamavam o local público como “repartição” e se amarravam muito com a burocracia. Houve casos em que o cidadão comparecia ao guichê dessas “repartições”, entregava o documento com duas vias, a servidora carimbava a primeira e, no espaço de tempo de carimbar a segunda via, o expediente encerrava. Juram que aconteceu um caso em que o cidadão precisou voltar no dia seguinte para buscar o outro documento com o carimbo. Pensa?

 

Modernidade

As coisas mudam e os servidores precisam aprimorar e isso envolve um empenho em toda a gestão. Se analisarmos as últimas duas décadas, saberemos que deve existir algum espaço para guardar tantas traquitanas sem uso, tipo aparelhos de fax, máquinas de escrever e uma porção de bugigangas que refletiam a eficiência na coisa pública. Daria para abrir um museu. Funcionário público que não se encaixa na tecnologia acaba prejudicando a prestação do serviço.

 

Olhar avançado

O prefeito eleito, o General Silva e Luna é um homem atualizado em tecnologia, por força da necessidade e mais até pelo fato de simplesmente gostar de tudo o que é novidade. Ele, por dever de ofício, e, baseado em promessas de campanha, olha para a cidade em 2050, 60, 70. Certíssimo! Gestores que pensam assim nos dão as cores de suas preocupações em assuntos importantes como o planejamento estratégico, urbano, entre outras. Se no Japão, há um “Ministro do Futuro”, quer dizer que é algo importante, porque japonês não brinca em serviço quando o assunto é tecnologia. Há inclusive uma passagem interessante: alguém perguntou para o tal ministro do futuro japonês, o que ele pensava sobre um assunto contemporâneo e a resposta foi: “se você quiser saber algo que vai acontecer daqui 50 anos eu posso responder. O que ocorre hoje, não”.

 

Escolha primorosa

Na tarde da sexta-feira, a diretoria da APAE se reuniu e recebeu várias pessoas para um certame: a escolha do desenho que ilustrará a Canja do Galo Inácio/2025. Este colunista não escondeu a emoção diante de tantos desenhos maravilhosos, um mais incrível que outro e não será preciso revelar a dificuldade em escolher apenas um. Detalhe: a tarefa foi realizada pelos alunos da APAE, artistas de mão cheia. Um talento que merece ser ressaltado e mais reconhecido.

 

A arte

A Canja do Galo Inácio foi desenhada pelos maiores cartunistas brasileiros, gente do porte de Ziraldo, Millôr Fernandes, Bennet, Airon, Santiago, Gulberto Costa, Angeli e muitos outros. A organização da Canja recebeu bem mais de 130 trabalhos, pois nunca, jamais, algum famoso pensou duas vezes em colaborar. Considerando que apenas 22 desenhos foram utilizados e que apenas um é utilizado a cada ano, ainda teríamos mais de um século de estoque. Sem desprezar a arte de tanta gente famosa, voluntária e de bom coração, a curadoria da Canja pensa o que fará com o acervo, mas, resolveu se juntar ao Rotary Grande Lago para uma missão: envolver as crianças da cidade em desenhar o personagem. O teste se cobriu de glória, com a APAE aceitando o convite.

 

O artista

O jovem e promissor artista gráfico e plástico, Victor Gabriel da Silva Santos, teve o seu “galinho” escolhido para a Canja do ano que vem. Trata-se de um menino genial, orgulhoso por receber mais uma premiação em sua carreira. Seu trabalho expressa com muita qualidade o propósito do evento. Vamos lembrar que a APAE já foi prestigiada com uma edição da Canja e agora, ajuda a APASFI, que precisa muito de ajuda para a conclusão de obras importantes. A Canja do Galo Inácio atende quem trabalha em favor da infância e nutrição. Diretores da APAE, orgulhosos, ladeiam o cartunista. Eliane Schaefer, que organizou o evento está toda sorridente, entre eles.  As fotos são do Abel da Banca.

 

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