No Bico do Corvo

Crise no Planalto

Lula, para não contemplar os militares e órgãos ligados ao governo Bolsonaro, como é o caso da ABIN, praticamente está exterminando o GSI, o Gabinete de Segurança Institucional. Dizem que no campo da pecuária, daria no mesmo que matar a vaca para não dar chance aos carrapatos. O problema é que os militares de alta patente não se sentem assim, pelo contrário, rangem os dentes, afinal de contas estão à serviço do país, são servidores iguais aos demais. A diferença está nas tarefas: a maioria dos servidores, enfrentam a papelada, os milicos recebem balas, de todos os calibres, em caso de conflito.

Calma aí…

Lula e o “despacito”

Na tradução literal o termo que dizer ligeireza. Em política isso pode não dar certo. Na teoria e no jeito de governar, Lula quer primeiro atirar, mostrar pulso, e depois conversar. Imagina que com o tempo, as nuvens negras se dissiparão e haverá lugar para o diálogo, retomando a velha amizade entre governo e militares. Enquanto esteve no governo, o PT (e seus aliados), mantiveram uma relação muito sólida com as Forças Armadas, compraram equipamentos, investiram em programas diversos na Marinha, Exército e Aeronáutica. É daí que o futuro presidente observa as possibilidades de uma conversa mais firme. Os generais de quatro estrelas de hoje, ainda não estavam nos postos de comando mais altos, e por isso, pode ser, também estejam divididos. Bom, quem não vive essa divisão de ideais no país?

Organização

O caso é que Bolsonaro trabalhou esse senso de poder absoluto com as Forças Armadas, passou o período de governo exaltando a revolução de 64 e enalteceu vários ícones, inclusive gente com ficha de torturador. Acontece que os militares de hoje são modernos, sendo que alguns sequer haviam ingressados em academias militares no período, entendem as funções, o compromisso, as táticas e ensinamentos e a política, não é muito a praia deles. Os oficiais militares de hoje são muito técnicos, altamente capacitados e muito credenciados para lidar com todos os cargos do Executivo, a começar pelas empresas nacionais, mas quando relam na política, por vários motivos não se dão bem, com foi o caso do general Silva e Lula. Vivia no céu enquanto estava na Itaipu, esbanjando competência, sobretudo em favor de Foz. Bebeu água filtrada do Boicy, mas quando foi para a Petrobrás, viu o ponto de equilíbrio com o governo ficar fora de eixo.

É preciso cuidado

Olhando para isso, não é segredo que boa parte dos militares em farda e em comando, são extremamente cumpridores das funções, em grau elevado se comparado com outros exercícios funcionais no governo, por isso, não sentem conforto algum em se aproximarem com a política. Seguem a carreira com compromisso e orgulho esperando um dia desfrutar de uma aposentadoria digna e o senso de dever cumprido. Quem se rebela, pode não pensar apenas nisso.  

Eita Brasilzão!

Digam o que quiserem, tudo isso que acontece no país é benéfico. Muito pior seria, se as coisas acontecessem em Brasília e ninguém falasse nada, com a população se movendo como uma horda de zumbis obedientes. A Constituição, por si, pede a obediência, mas permite que as pessoas sejam livres perante o debate. O que assistimos é justamente esse debate.  

Itaipu 25 milhões

Lá no início, quando as máquinas começaram a rasgar o terreno na beira do Rio Paraná, para a construção da Itaipu, ninguém fazia a mínima ideia do bem que o gigantismo da hidrelétrica faria ao Turismo. Claro que havia uma noção, e isso foi expressado várias vezes pelo general Costa Cavalcanti, mas o pensamento era o da produção de energia e ponto final.

Com o tempo

No decorrer da construção é que foram surgindo demandas paralelas. Por ordem se pensava no Desenvolvimento Regional, a começar pelas áreas afetadas, o pagamento de royalties e o que mais sabemos sobre o tema; depois o Meio Ambiente e daí surgiram os refúgios, programas dos mais diversos como o reflorestamento das matas ciliares, refazendo florestas e procriando animais em cativeiro; na sequencia o Polo Tecnológico, transformando a Usina em aprendizado, na forma de um grande laboratório e por fim, o Turismo. Mas não está errado dizer que a visitação tem acontecido desde o dia em que o primeiro trator deu na partida, porque o mundo todo quis ver a façanha de construírem uma montanha de concreto como Itaipu. O aeroporto, por exemplo foi construído para dar suporte na demanda, e o mesmo aconteceu com a cidade, as ruas, bairros, avenidas e estradas. O mundo todo quer ver Itaipu e claro, os atrativos maravilhosos e naturais.

No Almanaque

O Almanaque Futuro em edição especial de Turismo, está mostrando justamente isso; contando uma história de como as coisas foram sendo construídas ao passar dos anos, como um destino se formou perante o mundo, dividindo a atenção entre o que foi feito pela Natureza e o homem, e de que maneira se pode proporcionar lazer e tudo o mais. O que resta hoje, é decidir o destino de Foz, ao se certificar como cidade turística em sua amplitude. É o caminho, mas segundo a opinião da maioria, ainda falta.  

O que é o tal Almanaque

É um meio de comunicação independente e que realiza edições impressas duas vezes ao ano apenas, em caráter semestral. No entanto, os profissionais atuam cotidianamente no portal eletrônico com o mesmo nome. A edição encartada no Gdia, visa incorporar o interesse em conteúdos dos leitores e assinantes. Agradecemos ao jornal pela oportunidade. 

Mercado Público

Foi bom saber que o mercado da Vila A está pronto. Resta saber como o espaço será preenchido e de que maneira isso vai agregar desenvolvimento na cidade. Precisam cuidar muito em analisar esse funcionamento. Se cederem os boxes para entidades, sem muitos critérios, o local vai se transformar numa Fartal, ou Feirinha permanente; se licitarem com muitas exigências, só atrairá empresas de fora da cidade; é saia justa de primeira ordem.

Carro na frente dos bois

Contaram para o Corvo, que algumas empresas estão criando uma espécie de associação para ocupar o novo mercado. Era o que faltava. É muita presunção. Primeiro precisam aguardar as regras, as modalidades de ocupação; depois será necessário enfrentar o certame, com documentação e avaliação e depois de instaladas é que esses ocupantes vão poder pensar em associação. Se essa lista de empresas cair nas mãos do Corvo, será imediatamente divulgada e nunca, jamais qualquer negócio que consta nela, terá chances de ocupar espaço no empreendimento, que é público! Oras, façam o favor né? Só pode ser uma brincadeira.   

Brasil e a goleada

Tudo bem, é jogo de Copa do Mundo, mas será que vale tanto entusiasmo assim? Com a Croácia, pode ser, teremos uma realidade mais em acordo com a competição. A Coréia entrou em campo no saltinho alto e olha no que deu; quando caíram “na real” era tarde. Mas no segundo tempo, foi possível ver um esquema tático brasileiro muito deficiente, com o endurecimento do adversário. A Croácia vai começar o jogo assim, endurecido. Deus nos livre isso precisar acabar em cobrança de penalidades. O coraçãozinho do Corvo não aguenta.

Pelé é brio

O mutirão mundial pelo restabelecimento do Rei Pelé aumentou bastante a responsabilidade da Seleção Brasileira, em dar um presente para o maior jogador de futebol de todos os tempos, desde que inventaram a bola redonda. Sim, há outros tipos de boa, até quadrada se duvidarem. O bom, apesar da preocupação com a saúde do seo Edson, é ver o reconhecimento que lhe estão prestando. Isso é muito confortante.

Foz-Santiago

Uma boa saber que há aviões a todo o tempo para o Chile. Duro é embarcar e juntar um pé de meia para gastar algum lá. É tudo em dólar e os preços são bem salgados. Tomara as coisas mudem.

PM nas ruas

A cidade está cheia de viaturas controlando a movimentação no centro da cidade e em alguns bairros também. Recentemente a Vila Carimã se parecia muito com uma boate, com tantas luzes piscantes na madrugada. Pudera, é um tal de malandros surrupiando as coisas dos outros, que a população está com os nervos à flor da pele. E o pior que que esses bandidos saem do outro lado da cidade, para apavorar um local que antes era muito tranquilo. Os inimigos do alheio que tomem tento: a população se uniu e está louquinha para dar resposta.

As análises do Corvo

Eita que as abordagens do Corvo, avaliando o ambiente político renderam uma barbaridade de comentários, mas como eles são difusos, sendo que muitos extrapolam o bom senso, ou atendem ao interesse dos grupos políticos, o Corvo resolveu manter isso apenas na área do relacionamento, afinal de contas, La Nave Vá…

O saldo

Naturalmente quando notas assim são publicadas, as reações são adversas. Uns gostam e outros nem tanto. Mas uma coisa é certa: a análise foi realizada com seriedade e todos possuem o direito de não concordar, mas quem discordar, pode estar enfiando o pé na jaca. Uma coisa é não se dar bem com o ambiente político, por várias e muitas razões, outra é tapar os olhos para a realidade.

O ambiente

Ambiente político é uma cristaleira e ela balança conforme as atitudes, os períodos, e o mexe-mexe dos partidos conforme as preparações eleitorais.  Por isso, o político que estava bem, relacionado com amplitude, acaba se dando mal; as mudanças de cenário causam esse desconforto.

No geral

O fato é que não está bom para ninguém, porque subir no patamar da opinião pública pode não ser algo somente bom; a exposição aumenta e esse levantar de batina expõe outras situações. Quando o político aparece bem, aumenta a quantidade de compromissos e se não cumprir, já viu do que vai dar.

Mais análises

A avaliação ainda não acabou. O vereador Edivaldo Alcântara, por exemplo, teve uma participação discreta, mas ajudou a candidata lançada pelo grupo do prefeito, apesar de ela não conquistar vaga na Assembleia Legislativa. Edivaldo promoveu algumas reuniões com a dona Rosa em condomínios de baixa renda e comunidades mais carentes, reduto onde vem realizando um bom trabalho. Segundo os informantes do Corvo, ele também soube capitalizar no tema dos títulos de regularização fundiária, porém após a eleição, foi duramente atacado por um secretário da prefeitura em reunião na Câmara, sobre a formatação do novo edital de licitação para o transporte coletivo. Edivaldo não gostou nadica de nada e sente um certo desconforto na base de apoio do prefeito Chico Brasileiro. É mais um nó para ser desatado.

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