No Bico do Corvo

Perigo à solta

As pessoas estão ouvindo os alertas sobre uma nova onda de contágio por Covid e não estão dando muita bola. Não se vê mais a população tão protegida como antes. É preciso endurecer contra o vírus e não dar moleza para ele. As concentrações em razão da Copa do Mundo podem causar um alastramento de casos. O Corvo pesquisou e ainda não se sabe o potencial da variante. Volte a usar máscara!

Preparativos

Enquanto a turba se move, fazendo um tudo e mais um pouco para o resultado das eleições não emplacar, os eleitos se preocupam com a posse. A pergunta da vez é: Bolsonaro vai ou não vai passar a faixa? Ou seja, comparecerá ao ato de transferência de governo? Muita gente acredita que não, mas como o presidente é imprevisível, há pessoas que acreditam que ele poderá sim participar do evento.

Aparições

O resultado mexeu muito com o presidente Bolsonaro, isso é evidente. Nos recentes compromissos ele chegou quieto e saiu calado. Mal conversou com os amigos além do “bom dia”, “boa tarde”, ainda está ressentido. Isso encoraja os atos de apoiadores.

Preocupação

O final de ano dos brasileiros é incerto, a começar pelas estradas. Segundo a grande mídia há manifestações em curso e o auge deve ocorrer no dia da diplomação dos eleitos. O caso é que os movimentos estão sendo recebidos de uma maneira mais agravada pelas autoridades e, dependendo a violência, isso pode rotular as manifestações como “atos de terrorismo”. Será que se chegará a tanto?   

O caso Aracruz

O país continua chocado com a chacina ocorrida no Espírito Santo. A frieza do jovem e a possível motivação põe muita gente a pensar. O saldo foi trágico: duas escolas invadidas, quatro mortos e 12 feridos.  O jovem (16 anos) foi apreendido e irá responder pelo ato infracional análogo aos crimes. Os agravantes inicialmente são o motivo fútil e a impossibilidade de defesa das vítimas. Que barbaridade. Imagina, do nada aparece um abestado correndo com duas armas, disparando em quem aparecia pela frente.

Final de ano apertado

O Corvo precisou frequentar uma grande rede supermercadista e não gostou em nada de ver os preços dos produtos mais tradicionais em épocas de final de ano. Castanhas nem pensar, estão pelos olhos da cara, o que dizer de aves natalinas. Em casa é o frango que vai fazer “glu-glu”. 

Fenômeno

A pandemia fez muitos mercadinhos ressuscitarem e alguns se tornaram indispensáveis na vida do cidadão, praticamente uma segunda casa. Olhando para a freguesia, os comerciantes estão equipando os estabelecimentos com o máximo de produtos que segurem as pessoas nos bairros.

Motivação?

Tempos antes o pai do assassino postou em suas redes sociais a foto do livro Main Camp, de Adolf Hitler, o que gerou grande rebuliço inclusive entre os colegas de farda. Ele é oficial da PM. Disse que “odiou o conteúdo”, mas a postagem não convenceu muita gente. O menino atirador usava roupas paramilitares e com insígnias neonazistas. Então vejamos: armas de grosso calibre, munição pesada, ideias perversas, livro, culto ao nazismo, ignorância bruta, ódio na cabeça, isso causa uma combinação de proporções catastróficas. Não dá para saber a quantidade de meninos assim contaminados e o que são capazes. Esse “vírus” não dissemina no Brasil, mas é motivo de preocupação em todo o mundo.

Exemplos

A indústria do cinema produz em considerável escala filmes retratando os horrores da II Guerra Mundial e as atrocidades praticadas pelos nazistas, seja nas cidades dominadas ou nos fatídicos campos de concentração. A proposta é não deixar o mundo esquecer o que houve, até porque ainda há testemunhas narrando fatos ocorridos há mais de 80 anos. Em geral são sobreviventes do genocídio, quando crianças. O que dói, é ver nas redes sociais, pessoas duvidando da opressão contra judeus, latinos, ciganos, negros, doentes, portadores de deficiências, incapazes, e, todos os povos considerados inferiores. Pior ainda é alguém cultivar o ódio extremista e mandar o recado: “quero ser igual a um nazista e fazer tudo o que faziam”. Um absurdo. O que será deformou tanto a cabeça de pessoas assim?

Ódio escancarado

Famosos estão no olho furacão. Nada justifica as agressões dirigidas ao Neymar e muito menos à figura Gilberto Gil. Suas posturas foram democráticas e merecem todo o respeito. No mais, chega a dar um arrepio ouvir a ignorância criticando a genialidade, seja no trato com a bola, ou na letra de uma canção. Gilberto Gil e outros compositores estão sendo ameaçados covardemente todos os dias nas redes sociais. O que pensar de pessoas que não saber avaliar a importância de outras. O craque Ronaldo Nazário postou: “Todo o meu apoio ao mestre Gilberto Gil. Que tristeza ver um gênio da música popular brasileira, que sempre foi voz do amor, da vida, paz, esperança e resistência, com uma trajetória de impacto imensurável para a nossa cultura, um ícone com mais de 60 anos de carreira, um nordestino que coloca há décadas o Brasil no radar do mundo, ser hostilizado da forma que foi aqui no Catar. Nada, absolutamente nada, justifica tamanho desrespeito e covardia”, escreveu o ex-jogador.

Passe livre

Mudando o assunto, cresce e rapidamente a ideia do “passe livre” no transporte público urbano brasileiro. Várias cidades encontraram eficiência na modalidade, subsidiada pelas prefeituras. Há quem garanta que institucionalmente é até mais barato. O problema é quando a coisa pública resolve bancar tudo, porque frotas de ônibus e suas operações exigem altas somas de investimento. Além da compra dos veículos é necessário fazer concurso para a contratação de motoristas, cobradores, mecânicos, fiscais, além do uso do combustível, custos com manutenção, construção de garagens e outra porção de gastos; é necessário muito planejamento até um projeto assim funcionar, a começar pelas medidas orçamentárias.

Municipalização

Algumas prefeituras assumiram a responsabilidade de transportar a população, mas ainda cobram pela passagem. Para se chegar ao “passe livre” é necessário fazer muitas contas, afinal, tudo sairá do bolso do contribuinte, de um jeito ou outro. O cidadão iguaçuense vê a prefeitura se mexendo para licitar o serviço e associa o tema às novidades, claro. Ainda dá tempo de realizar uma mudança tão benéfica? Quem conhece o tema diz que não. O assunto deveria ser antes debatido com a comunidade por meio de várias audiências públicas e constar das medidas orçamentárias para o exercício de 2023. Certamente o prefeito deve estar pensando muito no tema, porque licitações são prolongadas, de 15 a 20 anos.

A Copa

Os leitores estão calçando as chuteiras e enviam muitas mensagens ao Corvo. Sobre os jogos do final de semana, de certa forma foi bom ver Argentina e Alemanha se safarem e continuarem no Mundial. Coisa mais sem graça é ver as oitavas sem os rivais e as zebras comendo a bola. Já está complicado de assistir uma copa sem a Itália, por exemplo. Mesmo assim é possível que novas equipes caminhem até a final. Podemos esperar um pouco de tudo em Mundial fora de época.

Revolta

Olha o que aconteceu na Bélgica? Meteram fogo em veículos e estabelecimentos comerciais em Bruxelas e outras cidades. Se acontecesse em países emergentes ou no “terceiro-mundo”, pareceria coisa normal. Os jogadores belgas estão aflitos e perderam completamente o psicológico, temendo até pelos familiares.    

Eliminações

Como voltar para casa se tornou um problemão na cabeça de muitos atletas. Até no Catar os jogadores não estão dando moleza em locais públicos. O futebol está globalizado e as torcidas também. É normal, por exemplo, ver brasileiros torcendo até para a Argentina e com camisetas da Alemanha, a única equipe que pode chegar a “penta” e se igualar ao Brasil. 

Camarões

Quem acredita que será um jogo fácil para os brasileiros que trate de mudar a ideia. Não será coisa nenhuma. Os camaroneses querem a todo o custo vencer. Foram páreo dificílimo dos suíços engolirem e aprontaram com os sérvios. Quem acreditava que iriam empatar o jogo? No mais, Camarões mantém um estilo bem parecido com o brasileiro, temperado, com bastante toque de bola. Não vai dar para fazer um bobó com Camarões, será sim um osso duríssimo.

Richarlison 

O fato é que fazer um golaço, ainda mais vestindo a camisa canarinho, isso tem um custo alto. Mas no caso do craque brasileiro, o bom foi ressaltarem o seu lado positivo, de benemérito e sensível aos mais necessitados. Richarlison pode não levar o título (toc toc toc), mas emplacou no coração de muita gente.

Meio dia

Jogo do Brasil na hora do almoço dá no mesmo que em outros horários. O resto do dia vira folga. Muitos patrões enviaram mensagem ao Corvo reclamando do sumiço dos colaboradores. Ruim do povo voltar para trabalhar depois das 15:00 hs. Se fosse na Argentina, Espanha, Itália, não haveria problema, porque lá curtem a “siesta”.

Virado à paulista

Segundona, dia de pegar pesado e um jogo da Copa no meio do caminho. No fim das contas havia aquele gostinho de final de semana prolongado, com pipoca estourando. O Corvo resolveu encarar almoço fora de casa e encontrou foi uma baita fila no buffet, com todas as mesas ocupadas de frente para a TV. Os jogos da copa no horário do almoço vão ajudar a movimentar a economia. O shopping Catuaí Palladium estava uma festa e a praça gastronômica cheia de gringos; multicolorida de camisas de futebol. Havia inclusive um grupo de suíços.  

Brasil em campo

O primeiro tempo foi sofrível, deu agonia de ver. O esquema tático do tipo “peido preso”, aquele que ameaça e nunca sai, deu sono no torcedor, com o toque de bola indo até a área adversário e depois voltando ao goleiro. É um jogo muito chato de se ver. Foi tudo culpa do Militão, que não é de correr para se livrar da marcação. O time sem o Neymar estava irreconhecível. Até a luz do estádio apagou.

… no segundo tempo…

…o Tite deve ter surtado no vestiário, no intervalo, mas pareceu não adiantar muito. O time voltou mais ligeiro, mesmo assim devagar quase parando, não fosse o Casemiro salvar a lavoura com a patada na grande área. Bruno Guimarães foi bem, Rodrigo também, mas não exalaram aquele climão. Estão especulando a possibilidade de Neymar não pisar mais no gramado nesta copa. A lesão não foi tão simples, que possa ser curada em uma semana e meia. A escalação do Corvo seria bem outra, com Dani Alves armando o meio campo e dando mais velocidade ao time.

(Charge do corvo)

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