No Bico do Corvo

Pede ou não pede?

Lula deve ou não se retratar? O bom senso e a diplomacia dizem que sim, pois o holocausto não deveria ser mencionado, mas se depender das grosserias de Benjamin Netanyahu e do seu mico amestrado Israel Katz, o discurso deve ser outro. O Corvo analisou toda a fala do presidente brasileiro e a conclusão é que as postagens do chanceler Katz são recheadas de grosserias e informações inverídicas. Colocou foi muita força na peruca.

 

Do ponto de vista diplomático…

…não é em nada feio reconhecer um tropeço e pedir desculpas. Mencionar o holocausto tem sido um cadafalso na política internacional. Não há comparações com o que aprontaram os nazistas. Lula sempre demonstrou humildade frente aos erros. Isso deve estar lhe incomodando bastante.

 

Os lados

Radicais do Hamas invadiram o território israelense metralhando idosos, mulheres, crianças e não perdoaram sequer pessoas em cadeiras de rodas. Israel deu o troco, invadiu os territórios na Faixa de Gaza e ampliou a truculência, bombardeando, aniquilando líderes de milícias, mas também, destruindo hospitais; passando com tanques em cima de bairros inteiros, sem dar chances à população civil. Promove uma chacina desproporcional se comparado ao que sofreu. O caso é tensão permanente entre israelenses e palestinos, com uma tolerância que se altera com a troca de lideranças políticas. Será assim enquanto a Palestina não for reconhecida como Estado soberano e independente. Se Lula trabalhasse apenas esse ponto de vista, não se enfiaria na bola dividida. Pelo contrário, agradaria muita gente que não suporta mais os conflitos.

 

Bolsonaristas felizes

Claro, afinal de contas o “tropicão” do Lula mexe com o leito quase cadavérico da extrema-direita e levanta uma porção de defuntos. Não vamos esquecer que Jair Bolsonaro protagonizou inúmeros lances infelizes ao mencionar o nazismo; sua horda de apoiadores chegou a contestar a existência do holocausto, afirmando que o regime era “de esquerda”. Usaram até o termo “holofraude” como ponto de contestação da história. Enfim, comentar aleatoriamente situações assim, sem conhecer a história é uma linha afiada e perigosa para os políticos.

 

G20

E no meio de toda essa confusão, o Brasil organiza a reunião do G20. Os especialistas não acreditam que haverá respingos da crise com Israel, coisa difícil de imaginar. A encrenca e recente e crescente dos dois lados, com uma porção de autoridades se manifestando, trocando chumbo. Até as comunidades judaicas estão divididas. Para se livrar disso, Lula teria que se manifestar e corrigir um pouco o rumo do desgaste. O Brasil tem papel fundamental como mediador, afinal.

Em Foz

O Brasil acompanha as discussões e o duelo, mas Foz saca antes e põe o assunto em debate: a Sesunila, Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Integração Latino-americana e o CEBRAPAZ, promovem a ação “Em defesa da Palestina!”. Será hoje, 22 de fevereiro, por volta das 18 horas, no Centro de convenções de Foz do Iguaçu. Haverá um debate com o jornalista e fundador do site Opera Mundi, Breno Altman, o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, e o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pampa, especialista em política no Oriente Médio e autor do livro “Sem Caminhos para Gaza”, Renatho Costa. As inscrições são gratuitas, feitas pelo link https://forms.gle/4Q4QHsm4k8pakBQ16

 

Política em movimento

Um amigo fez um registro do que seria o “núcleo brasiliense da política de Foz do Iguaçu”, e que estaria articulando apoio à candidatura do Paulo Mac Donald Ghisi. Paulino Motter, Ricardo Mac Donald e Alexandre Andreatta, diretor do Observatório do Parlasul para a Democracia se encontraram e claro, bateram um bom e longo papo analisando as vertentes da sucessão na prefeitura de Foz, uma vez que o Paulo Mac ainda é o centro das atenções.

 

Um pé lá, outro cá

As notas publicadas pelo Corvo na edição desta quarta-feira causaram um certo rebuliço estomacal em algumas pessoas, a começar por várias “noivas políticas” do Mac, gente que briga com foice no escuro para ser indicado vice do ex-prefeito. Precisam cuidar com a viuvez, caso a empreitada não prospere. É mentira quando o Corvo comenta a indefinição do Paulo? É a mais pura verdade. A cabeça matemática do engenheiro, sociólogo e ex-prefeito deve estar pirando de tanto calcular os ganhos e perdas na escolha entre a direita, centro e a esquerda. Como ele mesmo diz, isso é um “embrulho de três cocos”.

 

O Corvo explica

Atualmente o ex-prefeito mantém a ficha no Podemos, um partido que conhece muito bem a longa e estreita faixa que fica em cima do muro. É de lá que Paulo analisa dos dois lados. Se optar pela direita, terá o apoio da maioria bolsonarista mas vai encarar a divisão de votos, pois há pelo menos outras três candidaturas e de certa forma inflexíveis. Isso é um perigo em caso de segundo turno; precisará muita paciência e habilidade. Se flertar com a esquerda, poderá se aproximar de vários partidos e, de certa forma, será mais fácil manter relações com Brasília, mas o caminho é longo. Caso Paulo resolva entrar no PSD e seguir os desígnios do governador Ratinho, terá que andar na linha e, obedecer aos ritos palacianos, coisa difícil para uma mente impaciente e rebelde.

 

Os vices

A moda atual é lançarem candidatos com dois discursos: o primeiro é a caixinha de surpresas oportunizada pelo segundo turno. A outra vertente é para tentar ser vice do Paulo. Mas quem seria o vice ideal para o Paulo Mac Donald Ghisi? Um técnico, um político, um astro das redes sociais, um pastor, um ex-delegado? Tá difícil.

 

Ratinho e o vice

Vamos pelas beiradas: quem aproximou o Paulo Mac do governador Ratinho foi o deputado Matheus Vermelho. Ao que consta, isso aconteceu livremente, sem condições ou acordos. Pode ser, exista uma divergência na indicação do vice entre Ratinho e os “Vermelhos”, pai e filho, cuja preferência era o nome de Sérgio Beltrame, do PL, um martelo batido lá atrás, inclusive. O governador pode pensar diferente. No folclore, dizem que colocaram vários nomes em cima da mesa e Ratinho fechou os olhos e dizia: “minha mãe mandou eu indicar esse aqui”… e o dedo foi parar no nome de Gilmar Piolla, hoje muito próximo de Ricardo Barros. Bom, como isso faz parte do folclore é algo que não deve ser levado muito a sério.

 

Frentona

Algumas pessoas disseram a este colunista que há políticos pensando em organizar uma nova “frentona” para o embate eleitoral deste ano. O difícil é saber o objetivo de uma “frente” em cenário de polarização. Chega a ser hilário, gente da esquerda falando em “frentona” para encarar a direita fracionada? O que poderá acontecer é a formação de blocos partidários mais objetivos e isso já está acontecendo.

 

O que se sabe?

Há movimentos de união entre vários partidos em Foz, mas o que mais chama a atenção é a estratégia do deputado Matheus Vermelho, juntando de quatro a seis siglas muito fortes. Apurando mais a fundo, o Corvo descobriu que isso pode ajudar bastante o Paulo Mac Donald, mas vai depender da escolha do vice. O mundo gira e o assunto sempre volta ao mesmo ponto.

 

Se não houver acordo?

São vários os caminhos para buscar o trono na prefeitura, mas dependendo dos resultados judiciais, o diálogo entre partes, acordos e desacordos e até do jeito que o vento sopra, é provável que Matheus acabe saindo candidato ele mesmo. Não dividem nunca desta informação. É aí que o jogo da habilidade começa.

 

Enquanto isso…

Dá-lhe gente ameaçando lançar candidatura. Ontem o Corvo ficou sabendo de mais duas “ameaças”. Dependendo o nome não há outro jeito de receber a notícia. Bom é saber quando alguém disponibiliza o nome para o setor político, isso é de certa forma uma benção; já, quando é uma “ameaça”, aí o bicho pega.

 

No silêncio

Muita gente pergunta ao Corvo: “e o General?”. Ao que se sabe ele continua planejando, conversando, estudando e avaliando a candidatura. Pelo visto não vai se antecipar além da conta, ou até o cenário se definir para valer. Como ele foi comandante de Selva, é provável que em algum lugar, tenham lhe servido tapuru com leite de coco. Segundo os índios é um alimento espiritual evocando a paciência.

 

E o Chico?

Se o General está silencioso o prefeito Chico está mudo! Não dá um pio sobre as eleições. O mundo da política acredita que ele espera o término das janelas eleitorais. Mesmo não podendo ser candidato ele poderá se “enjanelar” também. Para isso bastaria o Paulo entrar no PSD. Um bom dia a todos!

 

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