No Bico do Corvo
Adélio
Um anúncio chamou bastante a atenção dos leitores na edição da terça-feira, dia 23. Bastava abrir o jornal e ver a foto do Adélio Demeterko com as Cataratas do Iguaçu ao fundo, e, no texto a explicação de que ele “passará a se dedicar exclusivamente à Diretoria Operacional dos Parques do Grupo Cataratas”. A Urbia Cataratas explica também que o profissional deixará, portanto, de integrar o quadro diretivo da empresa que atua no Parque Nacional do Iguaçu. Muitas pessoas ficaram divididas entre alegria e tristeza.
Muito bom para ele
O fato é que o Adélio, como diz a mensagem, está há quase duas décadas na função, desde a privatização da unidade e, mudar de ares, pode ser uma recompensa. Ele sempre colheu resultados muito bons durante sua gestão no PNI, na complexa missão de implementar a tarefa de dirigir as operações do Grupo Cataratas, atuando paralelamente nos parques AquaRio, BioParque, e, no Parque da Tijuca, leia-se onde está o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ele também desempenhou um importante papel na implantação e revitalização do Marco das Três Fronteiras e na concepção do AquaFoz, que certamente será convertido em grande ponto de visitação.
Testemunha
O Corvo e toda a imprensa iguaçuense é testemunha da diplomacia e dedicação do Adélio e, por este aspecto, ele ascendeu ao posto certo, de trabalhar o relacionamento operacional em unidades que necessitam de atenção plena, sobretudo quando a Sustentabilidade está em voga.
Onça na tarefa
Os passeios no circuito ambiental de Itaipu são mesmo emocionantes e reservam muitas surpresas, como o registro de uma onça-parda caçando um filhote de capivara. Foi tudo muito rápido e algumas pessoas se disseram chocadas. Claro, a capivara é um bicho simpático e os filhotes mais ainda e, vê-los na boca do felino, com as mamãe e papai tentando defender a cria, não foi algo bom de se ver para algumas pessoas.
Segurança
Apesar da onça-parda ser um animal em que não se deve tentar passar a mão na cabeça, elas estão repovoando o habitat natural e para os biólogos isso é motivo de festa. Quando a onça e outras espécies no topo da cadeia predatória aparecem, é porque a Natureza está avançando. Vamos relembrar: Itaipu executou um trabalho fenomenal da recomposição da Mata Atlântica, plantando dezenas de milhões de árvores, atuando com respeito na perpetuação de espécies por meio de programas exemplares, e, ensinando as novas gerações. Fazer o roteiro ambiental em Itaipu agrega muito aprendizado.
O Corvo viu
O normal, no mundo, é o povo ver a destruição e junto, as consequências. Mas vivendo quase 45 anos ao lado de Itaipu, foi possível testemunhar o nascimento de uma impressionante floresta e isso é um privilégio. Ao lado do fenômeno, cidades surgiram e foram se adaptando à nova realidade, pensando na sustentabilidade e formas de não agredir o meio ambiente. É gratificante saber que as coisas se refazem, isso nos inspira. Dá para acreditar que o mundão tem jeito.
Eficiência?
Corvo, você escreveu sobre o transporte público e teria algo a acrescentar: a empresa que atua em Foz se esforça para cumprir rigorosamente os horários e lhe explicarei como sei disso: minha casa fica bem de frente para a rua, onde há um ponto de ônibus e, naturalmente há barulho quando ele encosta, a porta se abre e o veículo também arranca. Isso acontece pontualmente às 7h32, nem um minuto a mais e nem a menos. E em outros horários a pontualidade é similar. É raro quando atrasa ou antecipa. Devem realizar um trabalho bastante eficiente de fiscalização. É bom saber que cumprem os horários, porque assim não corremos o risco de perder o ônibus, em caso de precisar dele. Minha mão dizia que antigamente organizavam o dia de acordo com o horário em que o trem passava. Em Foz dá para fazer isso com os ônibus.
Fabíola M. C. Dantas
O Corvo responde: prezada leitora, manter os horários é uma meta das empresas, mas isso também se deve muito aos motoristas, muitos dos quais com larga experiência no transporte e que sabem a complexidade que há em conduzir um veículo de levando pessoas em cidades como Foz. É, antes de tudo, uma tarefa de muita responsabilidade. O Corvo presenciou cenas emocionantes em várias situações, onde os motoristas saem para ajudar idosos, grávidas e mães com várias crianças. Assim mesmo eles trabalham mantendo os horários.
Armas de fogo
Puxa vida Corvo, pelo visto as forças de segurança apreenderam mais de 200 armas de fogo em Foz? Três Lagoas e Portal são os locais de maior apreensão. Pelo que imagino, o número deve ser muito maior, porque a todo momento a imprensa divulga o desmantelamento de quadrilhas e traficantes de armas nas estradas.
Julio M. C. Barroso
O Corvo responde: prezado são situações distintas. A notícia em questão aborda armamentos e munições usados por pessoas em abordagens e confrontos. A apreensão nas estradas, portos e aeroportos é outro problema. A Polícia Federal e PRF trabalham duro contra o ingresso de armas no país, pois elas chegam às mãos das quadrilhas, milícias e grupos que atuam na criminalidade.
Viaturas
Muitos leitores enviaram mensagens informando que a PM deve estar trabalhando uma nova estratégia, com viaturas patrulhando os bairros. Isso, por si, já transfere uma sensação bem maior de segurança e também intimida quem pensa em aprontar algo contra os moradores. Nos inícios de ano aumentam em grande número as invasões, furtos e roubos em residências e empresas.
Volume altíssimo
Corvo, cansei de reclamar. Aqui no Portal da Foz tem várias igrejas, mas uma em especial (templo) usa caixas de som para propagar a mensagem dos pastores e com isso, a gente mal consegue ver a televisão e é bem no horário da novela. O que a gente faz? Rezar, pelo visto, não adianta.
Casemiro R. S. Feitoza
O Corvo responde: há duas coisas a se fazer. A primeira é ir falar com o pastor e informar o incômodo. A Lei é clara e ela é extensiva a todos. Volume acima de 60 decibéis é crime de perturbação da paz e pode dar dor de cabeça aos infratores. Se os responsáveis não derem bola, é simples: ligue para a polícia. É triste imaginar que viaturas precisam deixar de cuidar da segurança para uma ocorrência assim, mas é o que mais acontece.
Som alto incomoda?
Não só incomoda como causa risco à saúde de muitas pessoas e animais. Há casos muito graves de gente que precisou ser socorrida pelo SAMU em decorrência de abusos por parte de locais e veículos. E é justamente para coibir essas transgressões que existe a Lei e ela deve ser cumprida.
Prainhas
Corvo, os Terminais Turísticos no Lago de Itaipu são muito bacanas e é a solução para quem não pode esticar até o litoral. A gente vai cedo, arma uma tenda e passa o dia fazendo um churrasquinho, ouvindo música e “tentando” descansar, pois isso fica difícil dependendo os “vizinhos” que se instalam ao lado. Já presenciamos de tudo, algazarra, gritaria, brigas e o mais comum é a sujeira que deixam. As pessoas não possuem modos, incrível. Deveria existir regras e fiscalização.
Janaína G. D. Andrade (Jana)
O Corvo responde: O Corvo não é muito chegado nesse tipo de programa justamente em razão desses problemas que a leitora exemplificou. Mas, considerando que milhares de pessoas frequentam os balneários, ou eles são aprovados, ou surgem como os únicos recursos. Certa ocasião este colunista aceitou o convite de uns amigos e foi passar o domingo no lado. Foi preciso uma semana para sair a coloração vermelha do calcanhar! A saída foi deixar os pés de molho. Isso já não acontece na água salgada do Oceano Atlântico!
BR 469
Seo Corvo, também levei uma multa. Acabou de chegar pelo correio. Que barbaridade. Ontem, revoltado, fui ao mesmo local indicado no documento, na BR 469, e não vi placa alguma de sinalização. Garanto: é impossível andar além dos 30 km/h por lá. Os radares devem estar descalibrados, só pode ser isso. O trecho está cheio de caminhões e tratores, além do mais, com pessoas trabalhando bem próximo dos veículos.
M.B.V – O leitor pediu para não ter o nome divulgado.
O Corvo responde: prezado, não há outro meio de se safar da multa que não seja no processo, ou seja, tentando explicar a situação e contando com a complacência das autoridades, o que é bem raro quando o assunto é trânsito em BRs. Sendo assim, o ideal é reforçar a atenção e se conformar com a canetada eletrônica. O Corvo viajou quase 3 mil km nas estradas no final do ano e não levou uma única multa e, nos poucos quilômetros até o Parque Nacional, acabou premiado com uma cartinha igual à sua. Lamentavelmente.
Ai, o friozinho…
Alguns leitores enviaram mensagens de alívio, do tipo “ainda bem que o Verão está chegando ao fim”. Quisera isso fosse verdade. A estação ainda nem chegou à metade, está no começo apenas. A frente fria é ocasional e segundo dizem, ainda correremos o risco de derretimento daqui uns dias.