No Bico do Corvo

Abração

O Corvo abre a coluna mandando um grande abraço ao Alceu Vezozzo, CEO da Rede Bourbon. Corvo e Corva desfrutaram da novidade da empresa hoteleira, o espaço batizado como Vezzoso Cucina (não perguntem porque é diferente do sobrenome da família). Bom, para começar trata-se de um ambiente de hotel cinco estrelas, mas muito harmonizado e frequentado por boa quantidade de iguaçuenses. O cardápio é muito convidativo, com pratos básicos, bem perto da cozinha de bistrô. Os corvos foram de risotos, simplesmente impecáveis. Para quem é chegado em boa gastronomia, o Vezzoso Cucina é um endereço que deve encabeçar a lista.

 

As coisas na política

Vamos começar pelos vizinhos, na Argentina, um “Massa” surpreendeu o bocão da direita Javier Milei, que além de reacionário, é violento com as palavras, deixando escapar que a Argentina é um “país de merda”. Escorregou na saliva e não saiu em primeiro lugar, o que era esperado pelos observadores. O peronista Sérgio Massa liderou a votação com 6% a mais de votos contra o oponente, que conseguiu menos de 30%. Era necessário chegar aos 45% para vencer no primeiro turno. Em números exatos, Massa tem 36,68% dos votos (9,6 milhões), enquanto Milei soma 29,98% (7,8 milhões), de acordo com a contagem da Justiça Eleitoral no final do domingo.

 

Repetição

Milei fez exatamente o papel de Bolsonaro, criticou as urnas, esperneou, agitou e no fim, escorregou. Contou com a ajuda Eduardo, filho do ex-presidente brasileiro. Juram de pés juntos que isso foi um dos principais fatores que ajudaram Sérgio Massa, que não é parente do Ratinho Jr.

 

No Paraná…

Todo mundo pergunta: como o governador Ratinho J.R. trabalhará os candidatos do seu partido, o PSD, na bola dividida entre Lula e Bolsonaro? Tá difícil de imaginar como isso será, uma vez que ele não pode ser candidato e também não indicou um sucessor. O que será acontece com esse povo que conclui segundo mandato, em demorar tanto para indicar um nome à sucessão? Vai lá saber quais os interesses.

 

Lula x Bolsonaro

Essa encrenca vai longe. Mesmo desancado pelos processos judiciais, Jair Bolsonaro articula a eleição às prefeituras. Ele quer eleger três mil prefeitos em todos os Estados brasileiros. Lula disse que realizará uma grande convenção no intuito de fazer frente ao bolsonarismo. Quem acreditava que a fatura estava liquidada na escolha para presidente se enganou e feio. Ano que vem a política pode pegar fogo novamente.

 

Discussões

Como este colunista já relatou, e comenta adiante, nesta edição, as rusgas estão sendo mais uma vez semeadas entre direita e esquerda. Basta conferir as redes sociais. Tomara famílias e amigos não voltem a se separar por causa de política, mas as evidências de acirramento de ânimos são fortes.

 

 

Ato de solidariedade

A manifestação em solidariedade à Gaza reuniu cerca de 800 pessoas na praça da Paz no último domingo. Com cartazes pedindo cessar-fogo e paz, a comunidade palestina na cidade recebeu apoio de descendentes de árabes e também moradores sensíveis ao tema. O que o Corvo percebeu foi a ausência de muitas pessoas influentes na colônia Árabe. A adesão poderia ser maior, levando em conta a presença de etnias de vários países que compõem o Oriente Médio.

 

Palanque

Estiveram presentes, obviamente, os políticos. Não que isso seja errado, pelo contrário; havia gente com história na luta pela causa palestina, mas também estavam lá uns aventureiros, loucos para bater cartão em multidões. Houve um certo disque-disque quando apareceu um “direitista” que andou balançando a bandeira de Israel por esses tempos, no dia em que a guerra explodiu. Andaram espalhando até foto do pimpolho. Muita gente nem fez conta: “eu não ligo, porque esse cara vive aprontando e não sabe diferenciar as coisas no plano da realidade”, desabafou uma senhora que ajudou a apartar a encrenca.

 

Falas

No entanto, mesmo com os oportunistas em ação, o microfone só foi utilizado por gente que apoiava a pauta da manifestação, como o secretário Nilton Bobato, um defensor da Palestina, e os vereadores Adnan e Anice, que são oriundos da comunidade árabe.

 

Prefeito também falou

Chico fez questão de marar presença e fez uma fala incisiva pelo cessar-fogo em Gaza. Ele, que já foi comunista, não consegue disfarçar as origens de esquerda e sempre faz um discurso. Foi aplaudido.

 

Desmaiou

Outro destaque no encontro foi a presença Dilto Vitorassi, prefeiturável pelo PT. O companheiro passou mal e sofreu ao menos dois desmaios. Foi acudido pelo prefeito, que é profissional de saúde, até a chegado do SAMU. Mas tudo não passou de um susto; o ar abafado e o calor causaram os desmaios. Vitorassi disse que vai iniciar um check-up completo, assim estará em forma pela conquista do Palácio Cataratas, se for escolhido candidato. Ele recebeu muitos telefonemas de amigos no final de semana.

 

Precisam cuidar

Não é segredo, o povo da direita está nas ruas, um dos lemas é: “o capitão vai voltar”. Pode até ser, mas precisam controlar os discursos de ódio, pois se depender das falas, a barrica de pólvora pode explodir. Há muita gente falando bobagem em favor dos israelenses, contra os palestinos. O que Foz não merece a esta altura é uma onda xenofóbica, contra cidadãos de bem que residem há gerações na região. Muitas famílias ajudaram a desbravar a fronteira e não merecem insultos e a desclassificação pejorativa. Ridículo pessoas da extrema-direita atacarem os palestinos porque Bolsonaro se diz um devoto convicto de Israel, ainda por se dizer amigo íntimo de Benjamin Netanyahu. Com um amigo assim, quem precisa de inimigos?

 

O Brasil deve ficar longe

Nosso país deve se posicionar pela paz, sem tomar partido, mas acusar sempre a agressão e os agressores belicistas, não importa o lado. Guerras são inconcebíveis no mundo atual, onde há tantos problemas por se resolver. No meio dos conflitos há inocentes, crianças, idosos e indefesos. A esta altura a humanidade deveria cuidar das questões ambientais, se unir para reverter os danos criados à Natureza e não se pegarem uns aos outros, como animais. O dinheiro empregado em defesa e armamentos acabaria com a fome e reduziria as diferenças sociais. Duro é essa gente ser convencida.

 

Paulo again

A notinha sobre a possível “liberação” de Paulo Mac Donald para disputar as eleições deu o que falar. Este Corvo recebeu vários telefonemas; havia gente feliz, mas também preocupada. Bom, adversários nunca são chegados em oponentes fortes. O fato é que se o Paulo puder de fato disputar as eleições, há quem resolva desistir de participar. Sem o Paulo o número de candidatos pode superar uma dezena, com ele, cai pela metade instantaneamente. E essa metade pode se unir em três frentes. Daí é só esperar pelo segundo turno.

 

O segundo turno

Embora a pequena quantidade de eleitores que falta para completar as exigências da Lei, ainda há quem acredite que Foz não conseguirá chegar ao Segundo Turno. Será que a cidade é tão incompetente assim, politicamente falando?

 

Conversas o tempo todo

É um tal de conversarem uns com os outros, que os políticos até acabam esquecendo para quem foram feitas “certas confidências”. Em uma dessas conversas, depois de ouvir um relato, um interlocutor disse: “acho que isso você tinha me contado; vai ver falou para outro”. Na política e no relacionamento entre casais, as coisas andam bem próximas quando alguém é pego na mentira e faz traição.

 

Requião sem verba

A notinha inocente brincando com a possibilidade de Roberto Requião se candidatar à prefeito em Foz chegou até o ex-governador. Ele riu bastante e disse que a ideia não é ruim. “Quem não gostaria de se aposentar na política, trabalhando em uma cidade como Foz, cercada de bons restaurantes vinhos do mundo todo e um povo feliz?”, confidenciou. Requião anda chorando a falta de grana e por isso briga em reaver a aposentadoria de governador. “Dinheiro para meu sustento é uma coisa, para campanha é outra, nunca me faltaram os amigos e apoiadores”, arrematou. Na real, dizem que ele poderá se candidatar à prefeitura de Curitiba.

 

Tristeza que só

Apesar de toda a esperança, de todo o crédito na medicina, de toda a fé, o amigo Leoscar não conseguiu vencer a doença e se foi, na madrugada de domingo, depois de várias semanas lutando. O dia amanheceu triste. Logo cedo as redes sociais e amigos começaram a se manifestar. Por onde este colunista foi, encontrava gente comentando sobre o Leoscar Alberto de Andrade, de apenas 54 anos, nascido no Oeste de Santa Catarina, mas que adotou Foz de coração aberto. Ele vestia três camisas, a da cidade, de seu time o Corinthians (foi um dos idealizadores da Associação dos Corinthianos de Foz) e da Retifoz, empresa onde labutou por décadas, e sempre estava à frente, recebendo a clientela. Há de se dizer que as imagens se mesclavam muito, a presença institucional do Leoscar era muito forte quando alguém lembrava a retífica de motores.

Alegria?

Como pode uma coisa estar tão perto da outra. Ficamos imensamente tristes quando um amigo se vai, mas o lembramos com a alegria. Nunca, em momento algum, este colunista se lembra de encontrar o Leoscar aborrecido ou entediado, até mesmo em caso do Corinthians ser derrotado pelo Palmeiras; impressionante! Ao contrário, ele sempre dizia que tudo tinha solução, pois mantinha um sentido e obstinação pela palavra “vida”. O Corvo sempre gostou muito de carro velho, logo, vivia pendurado na mesa do Leoscar, do Beto ou do José, tentando achar um jeito de se safar da encrenca da vez, e, o Leoscar resolvia. Essa mesma atenção cativou milhares de pessoas em todas as áreas, de executivos à transportadores. Evidente a importância do Leoscar, não apenas como o profissional, mas como o ser humano, preocupado com o próximo, ajudando a realizar eventos em prol dos mais necessitados. Aqui transferimos o nosso abraço à família do Leoscar, esperando que logo seja confortada, o que sabemos, não será fácil. E também aos colegas da Retifoz, uma outra família, que sentirão muito a falta dele.

 

 

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