No Bico do Corvo

Bomba!

O Corvo ouviu rumores e foi checar as informações. Haveria uma conversa adiantada entre PSDB e PT no Paraná e isso envolve apoio a uma possível candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado, caso Sérgio Moro deixe a vaga.  Beto Richa abriria mão da disputa e apoiaria o PT, visando candidaturas do seu partido na disputa pela prefeitura de Curitiba e ao governo do Estado. Foz do Iguaçu e outras cidades podem entrar nesse bolo.

 

De olho

Não é de agora que lideranças políticas analisam o comportamento dos candidatos no interior, e, Foz do Iguaçu sempre está no alvo. A intenção é colocar um freio na direita, aparentemente ainda majoritária no Estado. Se o acordo entre tucanos e petistas vingar, é provável que Sâmis da Silva tenha a candidatura apoiada por esquerda e centro. Essa possibilidade já está sendo digerida em segredo por alguns membros do PT. Para uns é filé, para outros é osso de galinha.

 

Sâmis…

Ele não é bobo e nem nada, e, como é bem conectado com Beto Richa, deve estar bem no meio das articulações. O Corvo fez como o Hamlet, pensou, pensou, pensou antes de publicar essas notícias, mas pelo visto isso pode ser um caminho natural e uma solução para todas as partes. Em Foz, a construção de um nome do PT é um tanto complicada e difícil.

 

O Corvo explica

Num embate acirrado, com ou sem o segundo turno, os nomes emergentes e os em evidências estão um pouco distantes do arsenal de combate do PT local. Além do mais, há muitas divergências internas e no máximo, surgiria a indicação de um vice. O Corvo escreve mediante a colheita de informações.

 

Nomes fortes

Segundo consta, o partido trabalha uma estratégia muito consistente para ganhar musculatura. Poderá apoiar nomes fortes do centro e esquerda e concentrar os esforços na eleição de vereadores. Alguém disse para o Corvo que é a melhor receita para o ano que vem.

 

Samek e Requião

Este colunista joga com as possibilidades, até porque já ouviu alguém dizer com propriedade que Jorge Samek estaria disposto a disputar as eleições em Foz. Outra pessoa afirmou que Roberto Requião mudaria até o título para a fronteira, caso ganhasse apoio de algumas pessoas. Como ser prefeito de Foz já foi uma aspiração até de Jaime Lerner, não vamos duvidar das outras possibilidades.

 

Ele disse

Lá pelos anos pós governo, Jaime Lerner passou um final de semana em Foz, no Hotel Mabu e o Corvo foi visitá-lo. À beira da piscina e vestindo um roupão, ele disse: “sério, Foz é uma cidade tão impressionante, que me dá uma vontade de mudar o título e encarar a candidatura à prefeito”. E emendou: “se abrirem aqui uma filial da Churrascaria Ervin, eu me mudo”. Até Paulo Mac Donald acabou levando a conversa a sério, tanto que chegou a ligar para o ex-governador.

 

Ainda falta…

Estamos caminhando para os últimos dias de outubro, uma eternidade em matéria de política, ainda sabendo que muita coisa pode acontecer, como por exemplo, um milagre em favor do Paulo Mac. Ele anda rezando até para São Expedito, para que a interceda na Justiça; no mais escreveu até uma cartinha para o Papei Noel. Acreditem, é em outubro e novembro que os políticos mais conversam em ano pré-eleitoral, porque anseiam iniciar o outro período com os pés na campanha.

 

Variantes

Muita coisa ainda pode acontecer, além da liberação do Paulo; o Vermelho pode embirrar e se jogar na disputa; o General costura todos os partidos de direita, incluindo o PL; o PT está no camarote nas não deve ficar de fora; enfim, dá-lhe água para passar embaixo das três pontes, descer pelo vertedouro ou passar pelas turbinas de Itaipu, e de quebra, fazer o delírio dos turistas nas Cataratas!

 

Falar em PT…

O Corvo publicou uma notinha bastante inocente acerca de um café entre Nilton Bobato e Dilto Vitorassi. Correligionários de ambos os lados se sentiram incomodados. Uma parte quer participar e a outra levar veneno em gotas, no caso de alguém dar bobeira. Sem chance de café, almoço, beijo, abraço e aperto de mão. Um quer o fígado do outro acebolado, pelo menos por enquanto.

 

Rebuliço legislativo

Algumas pessoas ligaram atônitas para o Corvo informando que o vereador Adnan El Sayed estava arranhando as portas dos gabinetes na manhã de ontem, depois de ler esta coluna. Deixou marcas de unhas no patrimônio público e isso é decoro! Brincadeira né… mas o que se pode fazer se o Corvo é antenado e fica sabendo das coisas? No mais, quando o assunto é mexerem na verba do Legislativo, é natural que a informação vaze, e rapidinho.

 

Com calma…

Depois do vazamento sobre a possibilidade de uma poda no Orçamento da Câmara, Adnan deu a volta e passou a esclarecer que “se trata de uma previsão orçamentária”. Bom, até quarta-feira isso vinha sendo tratado como um “corte”, e o valor seria para resolver o pepino do vale alimentação dos professores.

 

Pisou no tomate

O que muita gente ficou pensando é como a Câmara poderia repassar o que ainda nem havia recebido? Se dependesse desse dinheiro para os vales alimentação muita gente iria é passar fome. Trata-se de um exercício administrativo e orçamentário meio que impraticável. Previsão já é outra coisa e, mantém o ovo dentro da galinha, sem saber o tamanho da “botação”, ops, dotação.

 

Vingança “saramaligna”

É o que dizia o Bento Carneiro, o personagem vampiro de Chico Anísio. No sotaque das Minas Gerais, a vingança que “será maligna” é “saramaligna”, algo que o outro Chico, o Brasileiro parece entender como poucos, apesar de ser paraibano. Ameaçar mexer no Orçamento da Câmara é uma traquinice das boas, o troco que os vereadores não querem nem ouvir falar, ainda mais em ano eleitoral.

 

Mais barulho

Em tempos de guerra as coisas funcionam assim, com o chumbo trocado de todos os lados. Alguém ligou para o Corvo e desabafou: “ai que saudade dos tempos em que reinava a paz, com a câmara e a prefeitura unidas, deliberando em acordo. Agora a gente acorda no meio dessas confusões, e um passinho errado acaba colocando a legislatura em risco, porque a população está ligada, ainda mais com esse inferno nas redes sociais”, desembuchou alguém da área política, que não quer saber de guerra. Não perguntem o nome para o Corvo. Vai aqui uma dica: dez vereadores preferem a paz. Dois estão em cima do muro e três afiam os dentes. Quem serão eles?

 

No fechamento

O corvo estava desligando o computador quando baixou a informação que o PV deve lançar um candidato à prefeitura de Foz. André di Buriasco, que dirige a Fundação e comanda o Hospital Municipal, pode ser o candidato. Ele é muitíssimo conhecido entre os servidores, é dentista e sendo assim, se prepara para receber o boticão do colega Chico Brasileiro. Para os leigos, boticão é a ferramenta usada para arrancar os dentes, um fórceps odontológico que causa arrepios. Este colunista se mija só de ver o instrumento e ouvir o barulho do obturador. Afe…

 

A UNILA e o JU

Segundo este Corvo descobriu, pode sair um coelho do matagal no Jardim Universitário. Responsáveis pela Universidade e donos do imóvel devem se reunir hoje e segundo consta, a compra da área poderá até fazer parte da pauta. Dependendo o andar da carruagem, o pedido de desocupação evaporará, instantaneamente. Não se sabe ainda o valor da transação e tampouco se isso será convertido em suaves prestações. Se depender do ânimo dos locadores não há nada de suave na conversa.

 

Quanto vale?

O Corvo ainda não sabe o resultado da avaliação encomendada pela reitoria, mas considerando os valores antigos e as devidas correções, isso poderá chegar aos 120 milhões de reais. Então vamos conjecturar: a obra do Campus Niemayer deve demorar. Uns dizem pode levar até dez anos para a conclusão e somando o aluguel do JU, representaria praticamente a metade do valor da área. Como a UNILA possui uma projeção de crescimento, como todas as grandes universidades brasileiras, necessitará expandir o espaço físico. No fim das contas, adquirir o imóvel pode acabar sendo um bom negócio. Bom, simplificando, o valor da avaliação é uma coisa, o da venda pode ser outro.

 

Quem paga?

De onde o dinheiro vai sair, isso são outros quinhentos, uma vez que Itaipu já se comprometeu em pagar a obra do campus. O que falta é alguém assumir a administração da construção, uma operação nem tão simples. A Binacional não pode realizar repasses diretamente a órgãos federais, dizem. O governo do Estado parece que “sartou de banda”, uma vez que anda enfrentando um perrengue atrás do outro com a Perimetral Leste. A grana deverá sair do MEC, com o aval do Ministério da Economia.

 

Enio no Senado da República

A Comissão de Infraestrutura do Senado promoveu uma audiência pública com a participação do DGB da Itaipu Binacional, Enio José Verri. O objetivo da reunião foi discutir a composição da tarifa aplicada à energia elétrica comercializada pela usina hidrelétrica. Verri explicou as reduções e falou das dificuldades em negociar com os parceiros, onde há interesses opostos; mencionou o tratado, as deliberações da margem esquerda e tudo o que nós iguaçuenses já sabemos e os senadores ainda não. Natural, isso vira e mexe é pauta na fronteira, porque os paraguaios são duros na queda. O Enio falou bem, se preparou para explicar e sanar dúvidas. O Corvo não conseguiu acompanhar a reunião ao vivo, pois foi quando desabou um baita temporal na cidade e a internet pifou em várias localidades. Diante dessa adversidade, voltaremos ao tema.