No Bico do Corvo
A bola murchou
Ao que parece o Senado da República jogou sal na limonada da tal minirreforma. Muitos senadores se mostraram contrariados e ameaçaram sentar em cima do projeto e isso tem lá as suas explicações. O prazo para a promulgação seria amanhã, dia 06 e só um milagre poderia reverter o caso. Embora com ares de decisão sacramentada, havia muita gente fazendo pressão para uma mudança na decisão.
Regras
Com isso, as regras que estavam previstas nos textos não estarão em vigor nas eleições municipais do ano que vem. Mas devem valer para 2026, exatamente quando os senadores concorrem. Vai explicar? Foi o pronunciamento do senador Marcelo Castro (MDB-PI), provável futuro relator da proposta quem fez o mundo desmoronar para muitos políticos que esperavam limpar a ficha com sabão, detergente, água sanitária e em alguns casos éter desinfetante.
Ele falou textualmente…
…”a minirreforma eleitoral não será votada pelo Senado nesta semana, o que inviabiliza sua aplicação para as eleições de 2024. O Senado preferiu se dedicar com mais profundidade ao Código Eleitoral, já sob minha relatoria, e fazer uma reforma eleitoral mais ampla e consistente”. Foi a mensagem do Castro em rede social.
Contas malfadadas
Segundo disse um observador em Brasília, a maioria dos senadores não demonstravam contentamento com candidatos, em oposicionistas aos seus propósitos e, que só poderiam disputar eleição caso a proposta vigorasse antes da sexta-feira. Se é assim trata-se de uma baita sacanagem. Por outro lado, também existe um grupo que acredita que a tal “minirreforma consistente” será benéfica no futuro, porque reduzirá as penas em decorrência dos deslizes eleitorais. Alguém disse: “muitas vezes o político acaba respondendo um processo por prestação de contas, ou em irregularidades, quando ele sequer teve tempo de analisar os documentos e simplesmente acreditou na competência de assessores. Paga o pato por causa da caneta”.
Bicudos
A decisão do Senado acirrou o relacionamento com a Câmara dos Deputados, pois lá trabalharam o assunto por muito tempo e de certa forma passaram sebo nas canelas. Ontem havia uma pega geral em matéria de pressão, via telefone, mensagens e também presencialmente. O Rodrigão Pacheco ficou na saia justíssima, porque vinha articulando muitas conversas com deputados de partidos de todos os rincões ideológicos.
Repercussão
A notícia causou esmorecimento em quase todas as cidades, porque o que não faltam são ex-prefeitos ou ocupantes de cargos públicos pendurados na Justiça e que poderiam se safar com as regras da minirreforma. O Corvo sabe como isso é em Foz do Iguaçu, onde as coisas ficam um pouco mais difíceis para pessoas como Paulo Mac Donald Ghisi e Sâmis da Silva. Não que estejam fora do páreo, mas a minirreforma seria uma mão na roda.
Um a um…
Sâmis está tranquilo, apesar do naufrágio imposto pelos senadores. O processo que o impediria de disputar as eleições é frágil e segundo seu advogado é provável que as notícias sejam boas muito em breve. Nas pesquisas das redes sociais, há um grau muito grande de satisfação com a possível participação do ex-prefeito em mais uma empreitada eleitoral. Ele vem trabalhando sobretudo na possível mudança de partido. Há uma ala do PSDB que jura que ele pode ganhar a eleição se permanecer na sigla. Isso prova que tem muita gente atuando na proposta. Há quem jure que ele retorna às origens, o MDB.
Outro a outro
A situação de Paulo Mac é um pouco mais delicada. Depende de revisões, interpretações de ministros, e toda uma articulação contra o tempo, mas os advogados trabalham e estão esperançosos. O que ralou o joelho do Mac é a famigerada decisão onde teria errado em contratar uma pessoa por R$ 5 mil ao mês, para atrair recursos de milhões ao município. É o tipo de decisão que não macula a imagem e a consciência do político, mas que é uma festança para os adversários! A eleição está longe, não se sabe se ele poderá disputar e já andam espalhando que se ganhar, não vai levar! É uma “nhaca” isso. Muita gente se retorce de raiva. Bom, como o Paulo não desiste nunca, ainda teremos muito o que escrever.
Esperança frustrada
Segundo disseram ao Corvo, a decisão dos senadores, apesar do chororô, pode ter prestado um favor à Foz do Iguaçu: o ex-prefeito Reni Pereira contava com um resultado positivo para arriscar um pezinho na política. A notícia sacudiu o final de semana e muita gente não sabia se ria ou chorava. A Corva conversou longamente sobre o assunto com o Corvo engessado e ele disse que nem a “mão de Deus” do Maradona consegue salvar o Reni, mas que segundo parece, ele poderia sim disputar as eleições. Foi o que falou um advogado. Pelo sim, pelo não, será que ainda possui votos para se eleger alguma coisa?
Quem votaria no Reni?
Bom, se há quem vote em Paulo, Sâmis, Tércio, Vitorassi e gente que já exerceu a imagem pública no exercício das funções, provavelmente existam simpatizantes eleitorais do Reni, Daijó e de outras figuras como o China da Motinha, Paulo Rocha e afins. Claro, as proporções de voto são outros quinhentos.
Caminho aberto
Quem deve estar com o sorrisão entre as orelhas é o General Silva e Luna. Mas disseram o oposto a esta Corva, que ele andaria até triste, porque queria mesmo era uma peleia das boas. “Ele gosta mais das coisas difíceis, de desatar os nós e encontrar soluções. Coisas fáceis não é muito a praia do General”, disse um amigo, que pediu para não ter o nome revelado. Tem muita gente querendo levar o homem para um alfaiate para pregar um terno nos botões que ele já possui. O Corvo conversou com Silva e Luna na semana passada e ele se diz muito animado, a cada dia fazendo amigos e conhecendo a fundo locais de Foz, que nem mesmo o colunista com a unha encravada conhecia. Falar nisso está na hora desse Corvo “véio” criar vergonha na cara e voltar a escrever, do contrário o pau de macarrão vai comer! Afe, que folgado, nunca vi disso; está se aproveitando da Corva na cara dura!
“Com quem será…”
“… com que será que o Paulo vai embarcar?” Andam cantarolando pela cidade. Se não puder concorrer, certamente vai apoiar alguém. Não deve remar na mesma canoa que o Chico Brasileiro, caso o apoio vá para o Nilton Bobato no PT. Seria diferente caso os candidatos fossem o Vitorassi ou o “Polaco”, caso os boatos se tornem realidade. Dificilmente o Mac se esforçaria pelo Sâmis, embora as águas passadas. Pode ser, ele resolva dar uma força para quem estiver na frente, até mesmo se for o General. Para o ex-prefeito o que importa é a cidade estar em boas mãos, ele já disse isso em várias oportunidades.
Triste realidade
Uma coisa é entrar na eleição e dar de frente com os votos, a outra é transferi-los, isso é uma lição já ensinada e aprendida. Mas Foz do Iguaçu se comporta diferente quando isso acontece. Bom, pode ser as coisas tenham mudado.
Na foto
Faz bastante tempo uma fotinho de nada rende tanto o que falar nas redes sociais. Na mais recente conversa do grupo acabaram fazendo o registro, onde aparecem o Raby (PDT), o vereador Kalito (PSD), Joel de Lima (A Corva não sabe qual o partido e tem raiva de quem sabe, mas o Corvo gritou que é Cidadania!), Adnan El Sayed (PSD), Édson Stumpf (PDT) e Arif Osman (PSB), diga-se o presidente da sigla. Eles teriam se encontrado para tomar um chá e falar das coisas da vida! Tentem enganar que a Corva gosta! Falaram só de política, isso sim! Segundo uma informação, esses encontros já são atém uma rotina, com dia da semana e hora marcada e há quem diga que dessa cartola é que vai sair uma candidatura a prefeito. Ao que parece, alguns “fotografados” estão com pés e mãos no PDT, do saudoso Leonel Brizola.
Seo Arif
Vira e mexe ele aparece nas páginas dos jornais, no setor de esportes, mas a informação que passaram para a Corva é outra: Arif Osman anda muito, muito longe até mesmo das atividades de dirigente. Ultimamente não sai do gramadão político, falando com outros partidos e articulando. O que ele articula exatamente parece ser difícil saber; no mais, esse gramado da política anda muito alto e dá até para pastar. Vai ver o Arif só trabalha as conexões, porque muita gente sabe que ele já tem até candidato.
No CMEI
A nossa colunista Eliane Luiza Schaefer mora bem ao lado do CMEI Elaine Bernardes Ribeiro, que fica na encantadora localidade conhecida como Jardim Buenos Aires; praticamente acompanhou toda construção e, à convite, foi conhecer as instalações, mais de dois anos após a inauguração. O resultado é que saiu de lá encantada com a qualidade do serviço que é prestado às crianças e muito feliz com a acolhida, pela professora Sylvania Kazmierski Moreira Lima e pela diretora da unidade, Darimar Maia.
Belos trabalhos
Conta Eliane, que a cidade precisa conhecer o trabalho que é realizado no CMEI. Ela diz que teve uma aula dos alunos, sobre a importância da água, (Agua Fonte da Vida), em trabalho que é idealizado pela Sylvania, e em sintonia com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que a ONU tanto luta para propagar. Às vezes destacam-se as atividades dos governos, governantes, grandes empresas e conglomerados, mas no fim, a conscientização é a que fala mais alto e isso fazem com perfeição nos CMEIs. É o resultado que colheremos lá na frente, prolongando a vida em nosso Planeta. “Foi um orgulho imenso saber que o dinheiro dos contribuintes é honrado com o trabalho dos professores e alunos”, fez questão de grifar a Eliane.
Sai de baixo
Quem gosta de raio e trovão é personagem de filme de terror! A Corva odeia. A madrugada desta quarta-feira foi medonha, com os cachorros e gatos rodeando a cama e por baixo dela também. Pior, o vento arrancou telhas e foi preciso abrir um guarda-chuvas bem no meio do quarto. Pela quantidade de sirenes deu para imaginar que a trama foi densa. Dona Santa Bárbara, faz o favor de dar um tempo para a cabeça da gente!
- Corva, 04/10/2023