No Bico do Corvo

Outubro já…

Prezada Corva, estamos praticamente cumprindo mais um exercício nessa vida, superar o ano de 2023. Parecia uma tarefa fácil, mas no fim das contas, não sei explicar a razão, escuto muita gente dizer que o ano foi bom em alguns aspectos e péssimo em outros. O ano é bom quando a gente sente o otimismo no ar. A verdade é que muita coisa mudou depois da pandemia e conheço gente que nunca mais se levantou nos negócios. A trava foi geral ao que parece. Tomara 2024 seja um pouco diferente, ou pelo menos mais tranquilo.

Jovina L. C. Souza

A Corva responde: prezada, o panorama é exatamente como escreveu: se as coisas estão bem para uns e para outros não, isso já é motivo de preocupação. Mas lá no começo da pandemia, o Corvo oficial escrevia; “nada será como antes” e, acertou em cheio. Mesmo a vida seguindo, a gente sente umas travadas aqui e outras lá. A situação é boa para funcionários públicos, ou aos que trabalham em grandes empresas, com a vida encaminhada, fora isso, só se escuta lamentação. Empresários e profissionais liberais se queixam da insegurança financeira, dos preços dos fornecedores, da queda das vendas e da concorrência desleal. Muitos empregados saem para trabalhar e retornam com a cartinha de demissão, porque a empresa não aguentou o tranco; basta dar uma volta pela cidade e olhar a quantidade de estabelecimentos que fecharam. Mas nem tudo está perdido, há setores em recuperação, como é o caso do Turismo, empregando e distribuindo renda. Vai melhorar. Pelo menos devemos ter esperança nisso.

 

Evidências tristes

Ao mesmo tempo em que ouvimos as queixas de várias pessoas, empresários de todos os ramos, funcionários, pequenos e grandes comerciantes, também nos deparamos com moradores na rua ou vivendo da ajuda de parentes e amigos. A Corva conhece duas pessoas que ainda não conseguiram desencalhar da pandemia e é certo que existe muita gente na mesma situação. Para muitos é complicado o ato de inovar, ou explorar novos rumos. Tomara encontrem solução para alguns enigmas.

 

Espantando a tristeza

Coisa mais chata é ver amigo sofrendo e nada poder fazer. Sendo assim, vamos olhar um pouco para o futuro e ver como as coisas acontecerão no ano que vem, quando as baterias da política esquentarem. Alguém diz: “isso não muda nada, só é bom para quem assume o cargo de prefeito”. Pois a Corva garante: muda sim, porque é a população quem faz a diferença. Se escolherem bem, o ânimo se renova e as coisas acontecem. Bora analisar.

 

Debandada?

Pelo menos três personalidades do meio político avisaram que vão desembarcar do governo Chico e devem se arriscar apoiando uma terceira via. Basicamente, eles disseram que viram algumas pesquisas e que a rejeição do atual prefeito está alta. “Quem o Chico abraçar pode afundar junto”, comentou uma dessas pessoas. Mas será que é isso mesmo? Será verdade ou não passa de uma onda difamatória, com o objetivo atingir o processo sucessório. Se há um grau de satisfação com áreas como educação, saúde, turismo, obras, como pode ser tão ruim? É preciso saber se esses levantamentos são sérios. Tem muita gente aventurando números por aí, de olho nas eleições. Caixa de sapato no terminal não é lá um método muito seguro de pesquisa, como dizem.

 

A “tal” pesquisa

O fato é que realizaram um levantamento para medir a febre eleitoral e ele diz que população não quer saber de nomes novos, mas também não quer velhos extremistas. Aqui entre nós, o seo Chico Brasileiro era sempre uma opção que agradava, porque vivia em cima do muro, precisava do governo do Estado, de Itaipu e do Governo Federal. Agora ele aparentemente se alinha à esquerda e isso mexe com muita gente. Ou será que esquecemos que a cidade mantém uma legião de “direitistas?

 

Nomes antigos

Por essas e outras, há quem aposte em um nome das antigas, mas que evite um discurso polarizado. Candidato que colocar o pé na disputa, falando sobre a cidade e suas necessidades, é o que chamará a atenção. O que levar a imagem de outro político para o palanque, seja de direita ou esquerda, pode se machucar.

 

E como é que faz isso?

Político que é esperto arranja saída. Deve acender uma vela para cada santo, sem falar em religião e futebol. A Corva entendeu que a maioria dos candidatos, novos e antigos, estão bem preocupados com o discurso, querem agradar aos gregos e troianos. Todo mundo sabe que a polarização está aos poucos perdendo a força. Quem entra nessa chuva de canivetes, deve saber como se proteger.

 

Gato escaldado

Porque será, os iguaçuenses temem tanto os novos? Isso é fácil de responder: os novos, depois que assumiram o poder, só arrumaram para a cabeça. Um exemplo de tragédia é o governo Reni Pereira. Até hoje a administração pública trabalha duro para corrigir encrencas. Errar na escolha, pelo voto, pode causar esses desastres e o tempo é precioso, não dá para desperdiçar.

 

‘Estado de Atenção’

Olha dengue aí gente! A coisa anda tão complicada, que a prefeitura precisou evocar Decreto (N°31.838/2023) que possibilita endurecer na fiscalização em imóveis abandonados e com proliferação de focos do Aedes aegypti. O tal decreto coloca o Município em “Estado de Atenção” para risco de epidemia para dengue, chikungunya e zika, arboviroses. Todas essas doenças são espalhadas por um único vetor, o maledicente Aedes aegypti, mosquito medonho e sem o mínimo de caráter. O Corvo pegou dengue e está todo desancado. O que adianta a gente cuidar da casa e o vizinho abandona latas, calhas, bacias e sujeira por todos os lados? O mosquito pula o muro e vem morder em outra freguesia. A prefeitura tem mais é que multar.

 

Pegou geral

Como a maioria cuida e há essa minoria é relapsa, a normativa deve chegar a todos os proprietários de imóveis em Foz do Iguaçu. Todos devem cumprir as determinações do Código de Posturas, ou seja, realizar a limpeza e manter asseados os quintais, terrenos e edificações, retirando todo mato, lixo e material que acumule água e possibilite a criação do mosquito Aedes aegypti, outros insetos e aracnídeos. Haja gente para derrubar o matagal. A Corva está procurando alguém para roçara faz bem umas três semanas e não encontra. A saída será pegar no cabo da enxada.

 

É hoje!

A decisão começa a valer a partir desta quarta-feira (04). Quem não cumprir as determinações receberão “auto de infração”, “multas”, e dependendo “ganhará” uma limpeza do imóvel. Não é bem assim, a taxa de limpeza de terreno baldio, prevista no Código Tributário Municipal, chegará depois e é bem salgada.

 

Mutirão

A prefeitura mobilizou quase um batalhão no combate à dengue, em operação que começou dia 30 de setembro. A “força-tarefa” continuará até o dia 14 de outubro, com mais de duzentos servidores em ações de vistorias, limpezas e fiscalização em várias regiões da cidade, com intensificação nas áreas com maior índice de infestação do Aedes aegypti. Dizem que a mão dos agentes dói, de tanto preencher notificação.

 

Ala de psiquiatria 

O espaço, em verdade foi reaberto e fazia falta. Colocaram cerca de 17 novos leitos e o ambiente está bem mais acolhedor depois da revitalização. A ala fica no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, e o investimento de transformação do local se deu, graças ao projeto “Humaniza”, idealizado por Filipe Silva Barros, aluno do curso de psicologia da Uniamérica, com o apoio decisivo de empresários locais. Taí alguém que fez valer. O Filipe fez sim algo muito significativo, simplesmente “adotou” a área! Tem todos os aplausos da Corva!

 

Novo aplicativo

O Transporte Coletivo de Foz do Iguaçu é muito tecnológico e conta com um novo aplicativo para auxiliar os usuários, o “Único Foztrans”; ele traz informações sobre a tabela de horários das 39 linhas do transporte coletivo e a localização em tempo real dos 92 ônibus que estão em operação na cidade. Quem já chamou um Uber, ou outro veículo de aplicativo sabe como é, acompanhando o trajeto até ele chegar. Agora os usuários ficam de olho no mapa, onde há todos os pontos de embarque e itinerários dos ônibus.

 

Segurança

Isso não quer dizer que as pessoas vão dar bobeira nos pontos de ônibus, olhando o celular e dando mole para os gatunos de plantão. Dá para saber bem antes os horários em que os ônibus passam e a margem de acerto é grande, até porque boa parte dos veículos são novos. Ônibus velho é que atrasa, porque quebra.

 

Festival de Música, eba!

Começa no próximo dia 09 a “Mostra Arte de Toda Gente Bossa Criativa Festival de Música de Foz do Iguaçu”, que baita nome cumprido! É um evento realizado em parceria pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fundação Cultural de Foz do Iguaçu e a Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA). A programação é extensa, vale a apena pesquisar.

 

Guerra contra os botecos

Moradores de alguns edifícios de Foz do Iguaçu estão se unindo para criar uma Associação dos Prejudicados pelos Ruídos Sonoros Emitidos por Bares e Similares”. Que barbaridade, só faltara mesmo essa? Há pessoas que juram ter modificado todo apartamento, e por nada, conseguem evitar a bagunça. Que dureza hein? Mas isso é um problemão em quase todas as cidades. Em Foz, identificaram dez estabelecimentos na lista TOP da Bagunça. A Corva se nega a reproduzir a lista, porque sabe que o Corvo frequenta quase todos os endereços e aí vai arranjar uma encrenca.

 

Coisas piores

Só sabe disso, de barulho e como ele é prejudicial, quem convive com esses problemas. É realmente uma situação das mais complicadas. O vivente quer dormir e o vizinho não deixa. Mas há também os rojões, veículos que passam fazendo a terra tremer tamanho o volume da música, sirenes de motos de guardas noturnos, escapamentos e bêbados cantando no meio da madrugada. Há um pouco de tudo. Dá-lhe algodão para tapar o ouvido!

  • Corva Interina, 04/10/2023

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