No Bico do Corvo

Agosto!

Seja bem-vindo, o mês do cachorro louco! Vamos aqui relembrar um pouco a obra do genial Ruben Fonseca, e as profundezas enigmáticas do oitavo mês; o fato é que dobramos a curva e estamos a cinco meses do final de 2023, ou seja, mais para lá do que para cá! Eita que o tempo é supersônico. Há muitas coisas se ajeitando para acontecer nos próximos dias. O segundo semestre de ano pré-eleitoral é assim, tempo de espalharem os rastilhos, preparando o terreno das eleições.

 

Cidade agitada

O final de semana foi calmo para a maioria, mas o Corvo sabe que muitas conversas aconteceram na política, com o nome de algumas autoridades sendo usados em vão, do tipo: “falei com fulano e ele me autorizou a negociar com você”. O fato que a “autorização” não havia transladado o terreno da suposição. Mania de falarem usando o “órgão muscular recoberto de mucosa, situado na boca e na faringe, responsável pelo paladar e auxiliar na mastigação e na deglutição, e também na produção de sons”, ou seja, a língua dos outros.

 

Falar em paladar…

Algumas páginas na internet se dedicaram na divulgação de um possível jantar entre diretores de Itaipu e os pré-candidatos a prefeito Adnan (PSD) e Bobato (PT). O alarmismo tomou conta das postagens, de onde surgiram até sugestões de um acordo eleitoral para 2024. O Corvo foi pacientemente checar e a conclusão foi óbvia: não passou de um jantar.

 

Nem tudo que reluz é ouro

Muita gente crê que políticos, só falam e pensam em política, mas o fato é que também possuem vida própria, amizades e a necessidade de respirar um pouco o ar que há fora do aquário. É óbvio que o processo eleitoral é uma pauta, mas como se pensar em um acerto, ou acórdão entre PSD e PT sem a presença do prefeito, do Governador (que são do partido) e até do deputado que o PSD tem em Foz? E também dos caras que apitam no PT.

 

Cardápio

No entanto, este ingênuo colunista foi mais longe e descobriu até o que havia no cardápio do tão comentado jantar: churrasco e salada. Isso mesmo, as pessoas que se consideram comuns, se juntaram para um churrasco comum. Segundo um participante, elogiaram a qualidade do churrasqueiro; quem saiu reclamando foi o ex-candidato Luiz do PT, que é vegetariano e ficou apenas na salada e no pão de alho. Disseram que da próxima vez haverá legumes grelhados, tipo abobrinha. Pensa, churrasco de chuchu?

 

Emoção

Mas a vida será assim emocionante daqui em diante, com o flerte entre as figuras partidárias e o “love” em muitos casos impossível, igual aos dramalhões mexicanos. Ser candidato a prefeito é algo que ficará apenas na vontade de alguns.

 

Porta aberta

Lá vem o seo Mac. Dizem que ele poderá surpreender na definição partidária. O que será anda aprontando? Paulo, em muitos aspectos lembra o Chacrinha: “Viemos para confundir e não para explicar”, dizia o “velho guerreiro”. O ex-prefeito conversa com gente da esquerda, direita, centro e também com as vias tortas, ou seja, os radicais dos dois lados. O Corvo ainda não descobriu quem é mais complicado, se o radical da esquerda ou o da direita. Uma coisa é certa, ambos gostam de cervejinha gelada e tira-gosto. Não há discurso contra isso. O Paulo anda conversando com toda essa gente, nem que seja necessário almoçar pão com mortadela e jantar coxinha.

 

Estilo político

Parece haver um dilema na vida dos iniciantes políticos de Foz: os nomes de Paulo Mac, Chico Brasileiro, General Silva e Luna e Enio Verri aparecem em todos os inícios de conversa. Basta os moçoilos e moçoilas iniciarem um papo sobre a política, do tipo “sondagem”, que alguém já interrompe e diz: “…será que o Paulo será candidato?”…”quem o Chico apoiará?”… “e o General, como está se organizando?” “…o que o Enio vai fazer?”. Isso sonda a cabeça dos líderes de associações, empresários e até mesmo dos investidores que vivem olhando Foz como um destino fértil para negócios.

 

Ainda os períodos…

…o Corvo abriu a coluna falando sobre a chegada de agosto, mas em rápido retrospecto, o mês de julho ficará marcado na história como o mais quente para o período já registrado na história, e isso nos faze imaginar o calor que enfrentaremos em Foz, onde as temperaturas ameaçam superar a casa dos 45 graus? Como viver em situação assim, porque ar-condicionado pode até aliviar a pele, mas estoura a conta e o bolso. Os índices de julho estão fazendo o cabelo cair dos cientistas, sobretudo quando não se vê esforços em reduzir a emissão de gases, seja na indústria ou no campo. Se não encontrarem uma solução o futuro enegrecerá de vez.

 

Sustentabilidade

Por isso, quando escutamos discursos pela sustentabilidade é porque vivemos a ameaça, esse literal sufoco; é sério, a humanidade corre risco de extinção e bem antes do que se imagina. Se cada país fizer a sua parte, pode ser, conseguiremos desarmar a bomba relógio. O tic…tac… está cada vez mais alto e próximo da explosão. O aumento da temperatura em um grau causa um estrago sem precedentes.

 

Nas cidades

…e para cada pais conseguir superar as metas, depende do esforço das cidades, por sua vez dos cidadãos. Ou organizamos a vida, coletivamente, ou deixaremos de existir, como nos filmes pós apocalípticos, com as pessoas zanzando sem destino, em busca de recursos mínimos de sobrevivência. As chances, por enquanto, são mínimas de encontrar um ambiente além das estrelas. Só se for no cinema. Parece difícil essa catástrofe anunciada entrar na cabeça de muita gente.

 

Lixo que é lixo

Falar nisso, em meio-ambiente, o Corvo fez uma pesquisa e o grau de satisfação da comunidade é muito bom com relação à coleta de resíduos em Foz. Há poucas reclamações, mesmo assim não passam de observações e dicas para o governo e concessionária. Este colunista e seus colaboradores conversaram com duas dezenas de moradores em localidades diversas e se fosse para dar uma nota, a pontuação seria em alto nível. Há quem diga que consegue acertar o relógio com o passar do caminhão de reciclados, por exemplo. O Corvo concorda, porque todas às quintas-feiras, até com tempo ruim, é possível escutar a musiquinha do caminhão, por volta das 7h50 e 8h00. A coleta é infalível.

 

Separação

A coluna também deu de ouvir os abnegados trabalhadores nas coletas e os depoimentos não são em nada agradáveis. “Há moradores que consideramos “padrões”, são os que acondicionam o lixo corretamente, colocam em recipientes resistentes, devidamente separados. Essas pessoas são cuidadosas e pensam nos agentes ambientais. Há no entanto, quem jogue até garrafa e copos quebrados no meio do lixo orgânico e é normal um trabalhador se cortar e precisar parar uns dias, para fazer tratamento, tomando vacina contra tétano. Apesar do esforço, a maioria não leva a sério a separação do lixo. Vai tudo misturado para a coleta”, relatou o trabalhador A.G.F, que pediu para não ter o nome revelado. Nem seja por isso, não devemos nunca deixar de conscientizar, uns aos outros. Se cada cidadão consciente desempenhar o papel e convencer duas pessoas, no mínimo, há muitas chances da vida melhorar para todos.

 

As reclamações

Alguns moradores se queixam das pessoas que deixam os sacos de lixo no meio da rua, para facilitar o trabalho de coleta. Nem todos os motoristas são complacentes e é normal a bagunça se formar, com os invólucros e até mesmo lixeiras atropeladas. Outro questionamento é a quantidade de animais abandonados, famintos que rasgam os sacos em busca de comida. Taí um assunto difícil de vender, o abandono de animais e o risco de doenças que eles podem espalhar.

 

É verdade

É triste a constatação de que muitas pessoas não sabem lidar com amimais infectados. O Corvo recebeu uma “cartinha” de leitor: “prezado, na minha vizinhança habita uma mulher que descobriu que o gato estava doente. Quando levou o animal no veterinário era tarde. O tratamento seria irreversível e a orientação foi pela eutanásia, porque o bicho não levantava nem a cabeça. A moradora simplesmente largou na rua e quase todos os vizinhos possuem amimais, sendo que a maioria é resgatada. Puxa vida, que falta de responsabilidade”. E é mesmo, o Corvo também enfrenta esse tipo de situação, com bichos aparentemente doentes aparecendo no portão de casa. É triste. É quando a gente descobre que os que se intitulam “protetores” não são tão disponíveis. A maioria dá desculpas, que no momento não pode, e passa a peteca para outro. No fim das contas o rojão estoura nas mãos dos servidores do CCZ.

 

CCZ eficiente

“Esporotricose”. Esse é o nome de uma doença que está se espalhando rapidamente em Foz, por meio de gatos e que também pega em caninos e humanos. Um gato doente entrou na casa do Corvo e o CCZ foi rápido, recolheu o bicho, fez exames e emitiu um alerta no bairro. Se dependesse da ação dos protetores toda a fauna estaria infectada. As autoridades precisam rever urgentemente a ação da proteção animal da cidade. Pelo que dizem, muita gente anda recebendo recursos e não presta contas devidamente.

 

Rojões

Prezado Corvo, gostaria de saber: estourar rojões e bombas é proibido ou não? Tive uma baita discussão com um vizinho, porque chega sexta-feira ele começa a algazarra e estoura rojões de madrugada. Já nos reunimos, mas o homem é ignorante no “urtimo” e é difícil conversar. O problema é que quando não compra rojão, dá tiros para o alto.

P.S.H.J (O leitor pediu para não ter no nome publicado)

 

O Corvo responde: prezado, por questões de segurança omitimos o endereço do leitoir, até mesmo o bairro. Em caso de perturbação é preciso chamar as autoridades; queima de rojões na madrugada é algo bem suspeito, inclusive e tiros, então, isso é um perigo. Denuncie se acontecer pelas redondezas, porque as balas sobem e depois caem, em geral, em cima das casas e há casas de fatalidades registradas em razão de atitudes assim.  

 

Vinhos baratos

Ah, certamente o santo desconfia, quando o vinho é de graça em alguns locais. Andam oferecendo garrafas de “Reservado” por R$ 5,00 em um bairro de Foz e com cartaz na rua. Um conhecido do Corvo, pessoa muito correta, diga-se, entrou num estabelecimento e nem foi para comprar bebidas e eis que lá aconteceu uma batida das autoridades. Resultado: ele precisou passar por um sufoco, até provar que era apenas um transeunte. Coisas da vida, mas é uma situação frequente na guerra contra a ilegalidade. Para não ter dor de cabeça, o melhor é comprar em locais regulares. Os produtos custam um pouco mais, porém são garantidos. Uma boa semana a todos!

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