No Bico do Corvo

Um por todos… 

Segundo o presidente João Morales, todos os componentes do Legislativo iguaçuense são favoráveis à isenção da passagem para os cerca de 35 mil estudantes que utilizam o transporte público de Foz. Se isso se concretizar, João soube fazer um saboroso purê, da solanácea em brasa. Ele trabalhou bastante o assunto nos bastidores.

 

Tensão matutina?

O fato é que cerca de 50 estudantes compareceram na Câmara no amanhecer desta segunda-feira, pedindo a entrada imediata na pauta, do projeto que isenta o transporte. Lotaram um ônibus segundo relatou um “espião” do Corvo. Levaram faixas e coisa e tal e o movimento foi bem ordeiro e tranquilo. Mas considerando que o plenário possui apenas 77 lugares, pode-se afirmar o público foi muito bom, até porque havia outras pessoas interessadas no assunto. Acontece que a informação de que todos seriam favoráveis a isenção circulou na tardinha do domingo e deu uma desmobilizada na turba. Foi bom para o dono da pastelaria que fica em frente.

 

Antecipou a posição

O presidente da Casa de Leis disse, na noite do domingo, que colocaria o projeto em tramitação na quarta-feira (21). Com a movimentação de ontem, João expressou ares de que os estudantes teriam sido mobilizados para compor a massa de manobra em favor da prefeitura.  Mas é importante relatar que todos os movimentos cumprem os ritos da Lei Orgânica e isso, naturalmente, implica em prazos.

 

Sendo ou não sendo…

Se houve ou não a necessidade de pressão, ou de manobra, o movimento estudantil foi articulado nas redes sociais e não surtiu o efeito desejado ou esperado. A movimentação, pelo visto foi maior entre os vereadores, rápidos no gatilho para a antecipação da decisão e assim capitalizaram a pauta. Mas o Corvo, conversando com vários edis ao longo dos últimos dias já tinha a informação que a maioria seria favorável à isenção.

 

Yasmin sempre tentando

A vereadora Yasmin, que diz ser a “representante dos estudantes”, remou mais devagar do que deveria; entrou na briga quando viu que poderia angariar uns pontinhos. Há quase dois anos e meio na Casa, nunca tinha levantado a bandeira do transporte gratuito e sempre foi “ponderada” quando o assunto era gasto público. No fim surfou na onda, mas pode encarar os rochedos. Muita gente não gostou.

 

Quem ganhou

Vários vereadores faturaram diretamente com o tema, a começar pelo Edivaldo Alcântara e o Adnan El Sayed, que já vinham alinhando o tema com os estudantes, se mostrando como pontos de apoio ao movimento estudantil. Edivaldo é oriundo do setor de transporte e sabe bem como isenções fazem a diferença.

 

Roendo a corda

Em situações assim alguém sempre acaba fazendo o “contra” na hora da votação, isso não será surpresa caso aconteça. Mas há uma vigília instalada na câmara e o risco de algum movimento contraditório é mínimo.

 

Uma nova liderança

O processo das reivindicações sobre o Passe Livre marcou o surgimento de uma nova liderança estudantil na cidade: Jovana Schmidt, presidente do Diretório de Estudantes da Unila. Ela participou de toda a negociação do projeto, desde a Prefeitura até a Câmara e se estabeleceu como porta-voz dos jovens.

 

No final…

Após o evento legislativo de ontem, o presidente João Morales se reuniu com os interessados e pincelou como será o processo até a finalização.

 

Transporte, ai o transporte…

Eita assunto que rende polêmica esse de levar o povo de um lado ao outro. O tempo passa e isso nunca deixa o noticiário, as manchetes e até mesmo as notinhas nas colunas, a exemplo do conteúdo do Corvo. A pergunta é: caminhamos para a gratuidade total no setor público? Uns dizem que sim, outros que ainda falta.

 

E como será?

Há dois caminhos, o menos provável é a municipalização, com a prefeitura comprando os ônibus e empregando os motoristas, fiscais, mecânicos, pessoas de limpeza e outras necessidades. A exemplo de outras cidades, mesmo com a tarifa “zero”, ainda é mais barato licitar serviço. A diferença é que no lugar de girar a roleta, o transportador vai buscar o cheque no final do mês, em acordo com o contrato, número médio de transportados ou quilômetros rodados.

 

Haja fiscalização

O povo diz: “é difícil fiscalizar o transporte público”. Ledo engano, hoje em dia é a coisa mais fácil de conferir, levando em conta que milhares de usuários fazem fotos, reclamam, exigem, cobram tudo do que acontece. Dentre outras, as empresas lutam para manterem o grau de satisfação, do contrário o assunto acaba em gritaria. O futuro diz que prestadores de serviço na área do transporte serão impecáveis, ou deixarão a tarefa.

 

Observados

O Observatório Social lança uma ferramenta de monitoramento da atividade dos vereadores de Foz. A plataforma mostra os projetos, indicações e requerimentos. Toda a produção legislativa cai na transparência, inclusive controla até a assiduidade de cada vereador. As informações referentes ao ano de 2022, por exemplo, podem ser acessadas de forma rápida e simples.

 

Na cola

Com a ferramenta, é possível selecionar um vereador e pesquisar as suas atividades, com um resumo de cada informação. Num rápido retrospecto, no ano passado, os 15 vereadores apresentaram 217 projetos de lei, com 2.465 indicações ao Executivo; 1.210 requerimentos e 21 moções de apoio, aplauso e agraciamento de honrarias. “A representação política não é um cheque em branco. A população deve envolver-se e participar ativamente, acompanhar as decisões e fazer valer seus interesses”, disse o presidente do Observatório Social, Jaime Nascimento“. A plataforma está disponível em: fozdoiguacu.osbrasil.org.br.

 

No site

A verdade é que uns tempos para cá, os canais de comunicação do Legislativo iguaçuense estão bem mais ativos. Hoje, por exemplo, é possível saber com antecedência a pauta de trabalhos o que é de grande interesse da comunidade. É uma boa munição para os jornalistas e pessoas que acompanham as ações legislativas. Da mesma maneira, tudo o que é votado ou tramita, pode ser acompanhado pelos canais eletrônicos da Câmara. A novidade é que a plataforma do OSFI permitirá uma comparação do andamento dos trabalhos. No geral, quem ganha é a população, com a “Transparência” com o “T” maiúsculo.

 

Muito trabalho

Já que o assunto é Câmara de Foz, o Corvo deu uma olhada na pauta e viu que ontem, segunda feira (19/06) haveria muito trabalho com nove projetos em votação (incluindo o Refis); 20 emendas; cinco novos projetos apresentados; haveria também a leitura de três pareceres; 48 requerimentos; cinco indicações. Não deu tempo do Corvo aguardar e nem acompanhar pelo site. Aqui vai um abraço ao Elson Marques, jornalista experiente e que está colocando em prática vários projetos que desenvolveu em sua última passagem pela área de comunicação da Câmara.

 

Itaipu em alta com as universidades

Um reitor de universidade federal que visitou Foz do Iguaçu nesta segunda-feira disse que veio à cidade para uma reunião com o Diretor de Itaipu, Ênio Verri para falar de recursos para as instituições federais do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

 

Valorização

Segundo o reitor, o programa da Itaipu, sob a batuta do Superintendente de Meio Ambiente, Wilson Zonin, vai financiar pesquisa e extensão universitária. Os recursos vêm de Itaipu, a partir da Diretoria de Coordenação, com Carlos Carboni à frente.

 

Dinheiro para Foz do Iguaçu

Ganharão muito com o projeto, as universidades locais, como a Unioeste, o IFPR e a Unila. A sociedade também será contemplada, uma vez que atuação dae entidades será significativamente ampliada. Professores e reitores estão animados.

 

Na ilha

O Corvo viu a movimentação da Secretaria de Turismo de Foz em aproveitar a Ilha Acaray como um novo atrativo. De que forma isso acontecerá ainda é um mistério. Vários projetos já foram propostos para o local, inclusive a construção de uma estátua de santa, ideia que surgiu nos tempos do papado de João Paulo II.

 

Exploração

A “Ilha” já é uma espécie de atrativo, uma vez que é muitíssimo fotografada por quase todos os ávidos visitantes de Ciudad del Este, ao cruzarem a Ponte da Amizade. Aliás isso tem sido um problema, porque o Rio Paraná está repleto de aparelhos lambidos pelos peixes. Para fazer um registro de acordo com a paisagem, é preciso esticar o braço além das grades e tubos que cercam as passarelas e é aí que mora o perigo: alguém esbarra e adeus celular! A novidade de “explorar” o turismo, acendeu um fogaréu em alguns ecologistas. Eles preferem a ilha intocada.

 

Intocada?

Nem no sonho. Há um povo que frequenta o local na madrugada, segundo dizem. Pelo jeito é gente que não acredita em erupção do vulcão e nem na população de cobras e serpentes que dizem existir lá. O que vão fazer, não perguntem ao Corvo. Em tempos de seca, o pessoal do Jupira atravessa o Rio em cima de caixas de isopor.

 

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