Coluna do Corvo

Rio Grande

Em poucas oportunidades um governador de Estado brasileiro foi tão pontual e precavido, se antecipando a catástrofes, como fez Eduardo Leite. Bem antes do pior ele deu o alerta, mobilizou uma legião para transferir pessoas das áreas de risco, isso ajudou muito a salvar vidas, mas ninguém esperava o volume de água e o resultado da tragédia. E as pessoas perguntam: autoridades teriam condições de evitar as enchentes por meio de obras, ou outras providências? Difícil. Nem se construíssem montanhas de concreto, asseguram os especialistas.

 

Explicando

O estado é alvo de frentes frias do sul do continente. Como elas não conseguem progredir, devido uma muralha de alta pressão no centro do Brasil, o aguaceiro desaba. A explicação é que esse muro de onda de calor leva à formação de ar seco e quente e ele é que bloqueia a passagem do frio que chega pela Argentina. Quando ele não avança, causa o fenômeno. O que resta é ajudar aos necessitados e como diz o governador, implementar planos de recuperação e tentar encontrar soluções para o futuro. O mapa das áreas de risco foi demarcado, o Vale do Taquari está situado na região central do Rio Grande do Sul e é formado por 36 municípios, que totalizam 4.821,1 km², ou seja, isso representa 1,71% do Estado, mas a água que submerge a região segue adiante, causando estragos ao Sul, afetando as maiores cidades gaúchas. Cerca de 360 municípios sofrem com as inundações. O que acontece em Porto Alegre é algo inimaginável.

 

O mundo de olho

A tragédia que afeta o Rio Grande do Sul chama a atenção de todo o planeta, afinal, vários países enfrentam situação semelhante em determinadas épocas do ano e de alguma maneira, recebem a solidariedade dos brasileiros. O Papa Francisco fez um apelo dramático em favor das vítimas.

 

Marcos Mion

Ele falou para mais de 40 milhões de telespectadores ao abrir a transmissão de Madonna na praia de Copacabana; a emissora conseguiu registrar 22,5 pontos de audiência, foi a maior nos últimos seis anos. E Mion mostrou o grande cara que é, ressaltando até mesmo antes do show, o sofrimento dos moradores de várias regiões do Rio Grande do Sul. Usou a sensibilidade, porque diante dos ocorridos, não era mesmo uma noite para festa. Enfim, mandou bem o recado.

 

Em Copacabana

Prezado colunista, fui com amigos prestigiar o evento da Madonna. Gastei uma graninha e tanto com deslocamento e hospedagens, mas o prejuízo foi maior. Fiquei sem o relógio, as correntes, os brincos e anéis da minha mulher e por fim, sem o celular e a câmera de filmagem. Uns pivetes fizeram a festa quando eu caminhava pelo calçadão. Quem escreveu a mensagem foi N.P.V.S, que insistiu para não ter o nome revelado. Convenhamos, ir em evento noturno, em Copacabana, dando bandeira? Só mesmo farofão iguaçuense.

 

Maddona na telinha

A maioria dos iguaçuenses assistiu ao show da mega-pop-star pela telinha. As carolas caíram de joelhos quando Madonna abriu o show adornada por uma coroa de estrelas, igual imagem da “Protetora”. Disseram que foi malhada em vários santuários em missa dominical.  Pudera, a performance, apesar de monumental e artística, roubou o conforto e o sono dos mais puritanos! Mas no fim das contas foi a Madonna sendo Madonna, sem muitos mistérios e nada a menos o que esperar. Desculpem os fãs, mas por muito menos o Juizado de Menores já interrompeu muitos eventos. Dizem que o appeal sexual excedeu os limites.

 

Mega imagens

Quem conhece da arte babou com o ballet e a performance cênica do evento. Realmente a edição de imagens e composição de palco foi nada menos que nababesca, estupenda. Em raras ocasiões se viu coisa semelhante. Valeu pelo gigantismo da apresentação, até o final da noite de ontem ainda as autoridades computavam os números e deve ultrapassar 1,6 mi.

 

Não é recorde

Pode ser o maior público da vida de Madonna, mas está longe de superar o Show da Virada de 1994/95, com o britânico Rod Stewart, com 4,2 milhões. Não se sabe ainda se foram ver o cantor ou a queima de fogos.

 

E Paulo dançou mesmo!

Calma, não foi na política e sim no CTG Charrua; dançou literalmente, em companhia da patroa e da gauchada que estava por lá. Foi prestigiar o baile animado pelos Monarcas e arriscou uns passinhos no fandango, com o seu sapato de encaixar, sem meia. Dava na mesma se fosse com uma alpargatas de sisal. Detalhe:  não vestiu a pilcha barriga verde, que usam em Urussanga (SC). De qualquer maneira as imagens são raras. Paulo já foi visto nas piscinas dos Centros de Convivência, nas competições de pernada, corridas de saco, mas, dançando… isso nunca!

 

Adiamento

Por pouco o baile de aniversário do CTG deixou de ser realizado em solidariedade aos confrades, sofrendo com as chuvas. Segundo disseram, o clima não foi lá aquelas coisas, levando em conta o fato dos convivas possuírem muitos parentes nas áreas afetadas. Muitos não conseguiam esconder a preocupação. Ao fim, o evento serviu para os gaúches reforçarem a corrente solidária.

 

Sâmis se safou?

Até o fechamento desta edição este colunista não conseguiu apurar o resultado do julgamento que selaria o destino de Samis da Silva nas eleições deste ano, marcado para ontem. Eita tensão que esses nossos vigorosos pré-candiatos enfrentam? A vida não é uma rapadura, mas também não é mole!

 

Participam

Segundo um experiente advogado e que pediu para não ter no nome publicado, tanto Sâmis como Paulo deverão sim, participar das eleições deste ano. Como sabemos, o Justiça mantém as portas abertas para recursos. O triste é que viverão o julgo de das observações adversárias, lembrando que se ganharem, correm o risco de não levar. Uma barbaridade precisar conviver com isso, especialmente para o Paulo.

 

Vídeos

As campanhas eleitorais serão uma espécie de tiroteio audiovisual, com possíveis candidatos pedindo votos no passado. Vários vídeos antigos estão circulando e isso acaba dando o nó na cabeça de muita gente. Francamente, águas passaram embaixo das pontes, mesmo assim “quem apanha nunca esquece diz o ditado”.

 

Seo Reni

Disseram a este colunista que o ex-prefeito Reni Pereira está se animando para arriscar o voto nas próximas eleições. Será isso verdade? Bom, tudo pode acontecer no mundo encantado de “Oz”, ou melhor, vamos acrescentar um “F”.

 

Pesquisas

Um finado político morto-vivo, tipo zumbi eleitoral procurou este colunista para demonstrar uma pesquisa onde o nome dele aparece com chances de se dar bem nas eleições. Dando uma passada de olhos no papel, não há uma mínima chance de ser verdade! O que não faltam são oportunistas inventando essas colheitas de informações sem pé, cabeça e o mínimo de cabimento. Peças assim chegam a ser criminosas, pois induzem muitos ao erro.

 

Professor Afonso

O sociólogo, apesar da gravidade de um problema de saúde, gravou um áudio e enviou aos amigos no final de semana. Foi a primeira coisa que fez ao deixar a UTI, o que é possível medir o seu nível de inquietude. A gravação foi compartilhada por milhares de pessoas. O fato é que ele odeia hospitais, apesar da necessidade; engasgou-se com um pedacinho de queijo e graças à pronta intervenção de seu filho, o Dr. Carlos Eduardo (Cacá), que realizou no local uma traqueotomia, o problema não foi mais grave. Depois de dias seguidos e internação e com o estado bem agravado, Afonso foi transferido para um quarto e deve, segundo expectativas e a reza dos amigos, deixar o Hospital Costa Cavalcanti. Ele agradece o empenho e o carinho dos profissionais de lá. Aqui vai um abração ao professor e o pedido de uma corrente de orações pelo amigo. Tomara volte logo para casa! Logo estará pronto para uma taça de vinho, difícil será apreciar uma das iguarias que mais gosta, o queijo.

 

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