Coluna do Corvo

Fim do drama

Foi-se o período eleitoral de 2024 e quem sabe agora a paz reinará pelo menos até o finas do ano. Porque em janeiro o clima político se instalará mais uma vez, com as posses, novos secretários, e, as diretrizes executivas dos municípios. Ao que nos interessa, no Paraná, as coisas saíram como esperado, se dependesse das pesquisas. Não houve surpresas em Curitiba, Londrina e Ponta Grossa. Na capital, Eduardo Pimentel (PSD) venceu a jornalista Cristina Graeml (PMB) com uma diferença até maior que a esperada. Em Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União Brasil), derrotou Mabel Canto (PSDB). O vice de Elizabeth Schmidt é Pastor Moises Faria (MDB). Por fim, em Londrina, Tiago Amaral (PSD) derrotou a professora Maria Tereza (PP). A página virou.

 

Greca feliz

O prefeito de Curitiba Rafael Greca de Macedo é o maior vitorioso. Mostrou que faz jus ao carinho e acolhida da população, mesmo que isso não seja assim uma unanimidade, afinal, onde em política, no mundão democrático, alguém agrada a 100% dos eleitores? Mas o interessante aí, é que o Greca fez o desenho da transferência de votos e isso conta. Honrou o vice Eduardo Pimentel, o que em geral nunca ocorre ao longo dos governos na maioria das cidades e estados. Os acordos políticos, as encrencas, as desavenças partidárias, e, também a qualidade das gestões obriga o rompimento dos acordos e cada um vai para um lado.

 

Eduardo e o berço

Eduardo Pimentel, antes de tudo herda o sangue político do avô, até mesmo na aparência. É escolado na arte de lidar com a selva habitada por vereadores, deputados, e, gente que migra os escalões e as adversidades nos partidos, sempre cheios de interesses. A parceria Eduardo & Greca, em favor de Curitiba venceu a versão estapafúrdia da Cristina, com nuances de radicalismo difícil de ser engolido pelo povo curitibano.

 

O futuro na Câmara de Foz

Voltando os olhos para a terrinha, “os caminhos são seguidos com muitas conversas, mais até que negociações”, revelou um amigo, vereador eleito e que por questões diplomáticas, pediu para não ter o nome revelado. Este colunista entende perfeitamente a situação. Quanto mais o bico estiver fechado, melhores são as chances de uma composição de mesa que atenda a todos os interesses. “O que importa é que até o momento todos parecem percorrer a mesma trilha, no entendimento que o General Silva e Luna precisará do Legislativo para emplacar as reformas na implantação do governo”, disse. E é verdade.

 

Que bom é assim

Independentemente de quem é o prefeito, os vereadores e vereadoras precisam antes pensar na população e, sabemos, o General deve assumir o Executivo com a pegada um CEO, e, por isso, tem trabalhado muito, ouvindo todos os segmentos, não tirando de vista as questões prioritárias, leia-se, a Saúde. Segundo uma informação, foi onde ele ocupou mais tempo em sua viagem à Curitiba, conversando com os gestores estaduais. Vamos pensar: a Saúde em Foz, não chega a ser um quebra cabeça, mas requer profundidade de análise, porque não trata apenas da doença, das filas e sim, de como será o atendimento no futuro, o destino do Hospital, a reformulação nos UPAs, UBS’s, o diferencial necessário e muito esperado para a infância e necessidades especiais; os médicos da família e o que mais foi discutido em campanha.

 

O pensamento dos vereadores

Quando há mudanças agravantes no corpo legislativo, a exemplo da renovação por conta da eleição, a cidade fica pensando o seguinte: “será que tantos vereadores novos, sem experiência darão conta e terão discernimento para as necessidades?”. É o que perguntou um amigo, na roda do boteco. E conversa de boteco tem muito valor, afinal é onde mora o pensamento popular e, lá se manifesta com clareza. O que acontece é que na Câmara há servidores competentes e preparados para orientar o “modus operandi” e, os eleitos sabem como anda a cabeça dos eleitores, não vão desafinar na largada. É preciso calma nessa hora e dar um tempo para esse povo pensar.

 

Como será?

Outro assunto que mandou ver nas rodas do sábado é algo interessante: “o General, no poder, com tanta coisa para fazer, vai aceitar a prefeitura trabalhando meio dia?”. É uma das reclamações de muitos cidadãos, que o horário de atendimento é muito apertado para quem precisa se deslocar em secretarias, fundações e autarquias, sabendo que isso tudo estará fechado às 14 horas.

 

Meio turno?

Segundo os especialistas na área do atendimento público, prefeito de cidade onde os servidores trabalham meio dia, acaba sendo apelidado de “meio prefeito”. Mas aí vai também um pouco de exercício matemático, porque as repartições, atendendo no horário do almoço, acabam quebrando o galho de muitos trabalhadores. O turno dos servidores é praticamente o mesmo. Mas como muita gente já se vira nos meios eletrônicos, há uma cobrança pelo atendimento físico, e que não seja apenas robótico.

 

Sempre estão lá

Sem defender uns e outros, mesmo o expediente aberto até as 14 horas, prefeito, secretários e diretores acabam trabalhando bem além do horário, mais por dever do ofício que outra coisa. No entanto, muitos exercem outras atividades em seus negócios próprios, em várias profissões que não requerem dedicação exclusiva. Como o prefeito Silva e Luna vai lidar com isso, ainda não sabemos. Pode ser, se manifeste e, avaliei a mudança no horário. Precisará antes conversar com os servidores e a Câmara. Antigamente a jornada até as 14 horas ocorria em período de férias e mesmo assim era complicado, porque ao que se entende Foz é uma cidade que recebe visitantes e turistas nas temporadas. Fechar a prefeitura em férias coletivas, ou trabalhar meio período seroa como não abrir um restaurante na hora do almoço.

 

Desatino

Já que o assunto é horário de atendimento na prefeitura, muita gente reclamou ao longo desta segunda-feira. O motivo: atendimento fechado em razão da comemoração do “Dia do Servidor”. Seria compreensível, caso algumas secretarias não agendassem a conversa com contribuinte na data. Não foram poucas as pessoas que se dirigiram até secretarias e deram com a cara na porta. Como canta o Adoniran Barbosa, no famoso samba, “isso não se faz Arnesto, nós não se importa, mas você devia ter ponhado um recado na porta”. “Quais, quais, quais, quais, quais quais, quais….”

 

Corte e costura

O ofício do político parece, mas não é dos mais tranquilos. Está bem parecido com alfaiate, se cortar o pano errado, a calça do cliente fica do tipo “pula brejo”. Andaram espalhando que a equipe do General anda com a tesoura na mão e deve podar cargos nomeados no nível 3. Este colunista foi assuntar e parece que não é bem assim, ou pelo menos ainda não chegaram a esta parte da cartilha de tarefas.

 

Redução

O que o General falou em campanha, foi “reduzir” nomeações, isso está gravado mesmo assim ele sondou o assunto sem radicalismo. Fala em reduzir despesas. O que vai acontecer é a equipe olhar as Leis e saber qual parte do tecido a tesoura vai passar. Se tiver traço de giz, já era.

 

A espera de um milagre

Um suplente, ao que parece um pouco enrolado com as dívidas de campanha, teria postado e depois retirado das suas redes sociais um desabafo um pouco fora da medida: “está tudo certo para eu assumir a vaga de fulano. Ao que parece ele aceitou uma secretaria, e os dois outros suplentes que estavam na minha frente também devem incorporar cargos públicos”. O problema é que o dito cujo suplente está alinhado à esquerda e o governo é de direita, logo, é uma operação um tanto esquisita para uma unção ao poder. Só se for em outra cidade. Um amigo e colaborador foi profético: “o cenário tem que ser analisado com prudência e sem açodamento”.

 

Ecos no Turismo

O anúncio envolvendo o Jin Petrycoski na Secretaria de Turismo, dentre outras, foi muito bem aceito pelo “Trade”. Uma das razões é o fato de ele ser um personagem muito integrado nas propostas e em tudo de bom que a cidade planeja, com visão aberta e relacionamento. Como diria o Chacrinha, “quem não se comunica, se trumbica”; Jin é sempre cheio de ideias e pronto para discuti-las, e, em bom nível, com esperança e otimismo. Bom, no mais, ninguém poderá reclamar a falta de uma limusine em caso de receber celebridades, o empresário possui várias, disseram. Falar nisso o complexo Movie Car’s está em curso de inaugurar uma nova atração. Isso comentaremos na semana.

 

Lá vem o Halloween

Não é uma data assim muito assimilada pelos brasileiros, até porque ainda é chamada como “Dia das Bruxas”, por muita gente. Será na quinta-feira, 31 de outubro. Ainda não possuímos o mesmo espírito dos mexicanos, por exemplo, que realizam um baita carnaval no Dia dos Mortos, em 02 de novembro. Ontem este colunista passou em frente ao Cemitério do Jardim São Paulo e havia uma porção de automóveis do lado de fora. “Quem será morreu?” foi a pergunta ao comerciante que há nas proximidades. “Ninguém”, respondeu, “é que o povo começou a reforma e limpeza dos jazidos e a movimentação é das grandes”, completou.

 

Cada um cada qual

Cada povo respeita dos costumes de uma maneira. Esta nota entrará no livro das inutilidades: quando este colunista era pequenininho, acredite, já foi assim um dia, vivia próximo ao Bairro da Liberdade, em São Paulo, habitado pela colônia japonesa. Nos tempos de vacas magras isso rendia alguma vantagem, pois toda a vez que um japonês morria, a vizinhança matava a fome. Mas não era algo comum, até porque nipônicos vivem uma barbaridade. Na última visita ao bairro, uns anos atrás, havia a festa de 118 anos do seo Hiroshi Noguno, que na infância deste colunista fabricava as melhores pipas com bambu e papel de seda. Logo o Halloween em Foz marcou pela presença do colégio Anglo Americano, com os alunos visitando as vilas A e B, oferecendo mais travessuras do que em busca das gostosuras. Bons tempos. Uma boa semana a todos!

 

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