Coluna do Corvo
“Mapa da manipulação”
Há muito o que se dizer sobre o desempenho dos candidatos, o campo minado e tudo o que há em tempos eleitorais, porém, uma, dentre as piores situações, é saber de cabo eleitoral bancando o paladino nas redes sociais, mais atrapalhando o seu grupo do que se estivesse em lado oposto. Chega a ser hilário.
“Em nome da liberdade de expressão”
Segundo apurado, o jovem já levou um puxão de orelhas da Justiça por esses dias, e ao que parece, levará outros, porque não aprende. Depois, vai se dizer um “oprimido e calado”, quando em verdade, está ferindo a Lei, e para isso não há espaço e nem liberdade. Como dizia a avó do Corvo, há quem esteja mais por fora, que umbigo de vedete.
Civilidade
Este colunista foi ao “Meira Harbor” comprar umas cuecas, no sábado pela manhã e se deparou com a grande festa democrática que faziam por lá. E o detalhe é que a multidão era homogênea, com todos juntos e misturados, comportando em apenas uma esquina, gente do Paulo, General, Aírton, Sâmis e outros na maior paz reinante, foi até bonito de ver! Isso sim é celebrar a democracia como ela merece. Quem disse que campanha eleitoral não pode ser uma festa?
As caraminholas
Parando para pensar no final de semana, este colunista meditou sobre o que passaria na cabeça de cada candidato a esta altura. Haja imaginação! Cada um deve carregar dúvidas, desconfianças, ânimo e até desânimo, e claro, mergulham nas equações. E assim será até o dia 06 de outubro, enquanto não sai o resultado do primeiro turno. As bolsas de apostas nos botecos estão fervendo, mas isso, infelizmente, não é possível publicar, porque inspira pesquisas.
Polarização
Não é bem assim. Ainda falta tempo para dizer que há um embolo definitivo. Muitas eleições viraram na última semana de campanha, devido as cascas de banana espalhadas no trecho. Infelizmente os candidatos fazem o jogo do menos pior e não se imagina o que aparecerá para engrossar o caldo das denúncias.
Latinha no microfone
Sexta-feira o Jurandir de Moura, o popular Latinha, ocupou o estúdio da gloriosa Rádio Cultura e concedeu a sua entrevista ao programa Contraponto. Ele se diz muito feliz com a empreitada política, mesmo sem recursos, se deslocando de ônibus, carros de aplicativos, caronas e isso com a ajuda de amigos e até mesmo eleitores que se sensibilizam com a causa. Latinha, literalmente faz o caminho inverso, jamais alguém poderá acusá-lo de beneficiar alguém em troca de votos. Faz uma campanha franciscana.
General
Ontem foi a vez do General Silva e Luna ir ao Contraponto. Para variar tranquilo, seguro e passando longe dos problemas. Não fez um único comentário contra os oponentes. E hoje, Aírton José encerra a última rodada de entrevistas na emissora antes do primeiro turno. A emissora se debruça nos preparativos para o debate, com a Vision Art preparando o ambiente de transmissão. Os eleitores terão possivelmente o último confronto entre os candidatos. Depois, só se houver segundo turno e tudo se encaminha para isso.
O que falta
Algumas pessoas dizem que as campanhas eleitorais estão calçadas em Transporte, Saúde e Educação e mais nada. E a Segurança, o Emprego, o Lazer, o Meio Ambiente, o Jovem, a Cultura, reivindicações antigas, como a Beira Foz, Teatro, VLTs, Parques Lineares? Isso ainda não conseguiu entrar nem no papel. Nem virou um “projeto”. Os Parques Lineares, por exemplo, foram plataformas de duas eleições do Chico Brasileiro e até agora deu em nada.
Maratona
A corrida realizada no final de semana, apesar dos avisos, surpreendeu moradores ilhados pelas obras estruturantes. Quem saiu para o centro da cidade, precisou aguardar a passagem dos atletas e só depois ingressar nos bairros na área sul, onde o único acesso é a BR 469, cheia de obras em todo o percurso. Não foi diferente também para os maratonistas e em alguns trechos, tudo levava a crer que seria uma prova com obstáculos. No futuro as condições serão, certamente, bem melhores.
Logística
Foz está se tornando uma referência na realização de provas de rua e o que falta é algum canal aberto começar a apostar as transmissões. Certamente, com as obras, não teríamos assim um visual dos melhores, mas a chegada nas Cataratas compensa a tudo. Impressionante a agilidade do povo que prepara o evento, armando e desarmando a estrutura. Um competidor de outra cidade disse: “Vocês aqui talvez não acreditem, mas Foz tem tudo para sediar até os Jogos Panamericanos e no futuro, até Olimpíada”. Bom sonhar não custa nada.
Horário de Verão
Saindo um pouco da disputa eleitoral, um assunto ganhou as ruas, o tal horário de Verão, que deve ser emplacado pelo governo Lula. Os donos de bares ficaram felizes e quem aprecia uma boa caminhada ao cair da tarde terá luz, sem correr perigo com a escuridão em algumas localidades. O povo que troca as lâmpadas anda meio sumido.
É bom?
Este colunista adora, mas os dias prolongados causam um efeito: dormimos mais tarde e acordamos mais cedo e claro, isso interfere no organismo de algumas pessoas. No mais, o horário de Verão iniciará ao sabor da fumaça das queimadas, com o ar carregado de partículas e é bom até levar uma máscara ao se aventurar em caminhadas.
Comércio
Alguns empresários dizem que o horário de Verão causa desconforto nas escalas funcionais e há quem garanta que algumas cidades copiarão a Argentina, com o comércio fechado às 13h e voltando a funcionar depois das 16h. Será que isso vinga no Brasil? Há quem garanta que sim, sobretudo no aproximar das festas natalinas.
E o calor
Se para uns o inverno foi rigoroso, que se preparem então com o calor que ameaça chegar. Dizem os estudiosos que será uma temporada de derreter sola de sapato no asfalto, com temperaturas acima da média dos anos anteriores. A salvação seria a dona La Ninã, que ainda não se sabe se dará as caras.
Então vamos pensar:
Sem chuvas, queimadas, estiagem braba, rios sem volume, geração de energia prejudicada, usinas termoelétricas em funcionamento, lá vem bandeira colocara na conta de luz. E como suportar o calor sem ligar aparelho de ar-condicionado? É por essas e outras que o governo aposta no horário de Verão, para aliviar o pico. Mas o povo chega em casa e transfere o pico para mais tarde e pode acabar na mesma. Taí uma conta difícil de se fechar.
Feira do Artesanato
Este colunista vez acompanhando e de perto o trabalho realizado pelas empreendedoras e artesãs Leliane Oliveira e Clelia N. Lavezzo. Elas idealizaram um belo conceito que se traduz nos eventos conhecidos como “Feira Armazém do Artesão” que acontecem ao longo do ano, no padrão itinerante. O interessante é o critério do empreendimento, que escolhe muito bem os participantes, elevando a qualidade do setor. O cidadão precisa ver e compreender como a mão de obra artesanal atingiu graus tão elevados em Foz. Os visitantes atestam isso e levam os produtos, até mais que as bugigangas paraguaias. E não será uma novidade saber que pessoas começam a se deslocar para Foz, em busca da produção artesanal.
Inovação
A novidade passou a movimentar uma lista de produtores e essa gente precisa mostrar o trabalho e, comercializá-lo, o que gera renda e empregos. Olhando para isso, a dupla Leli e Cleli, assim conhecidas, resolveu realizar feiras em locais que se encaixam no conceito do bom gosto, o que agrega imenso valor à atividade. Nos dias 27, 28 e 29 de setembro, acontecerá a “Primeira Pequena Mostra do Artesanato” nas dependências da charmoso Pátio Pomare, que fina na Vila Yolanda. O experimento já é sucesso.