Brasil deve aproveitar presidência do G20 para projetar sua política externa

O Brasil, ao assumir a presidência do G20, busca projetar sua política externa, enfocando a defesa da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o papel de liderança na luta contra as mudanças climáticas e na transição energética. O G20 é considerado um fórum global crucial sobre finanças e economia, sendo uma prioridade máxima na agenda internacional do governo brasileiro.

Na presidência do G20 pela primeira vez, o Brasil sediará as reuniões do grupo a partir da quinta-feira. Suas prioridades incluem o combate à fome, pobreza e desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global. A capacidade do Brasil de projetar sua política externa no G20, no entanto, está sujeita a limites definidos por compromissos anteriores e futuros encontros do grupo.

O presidente Lula defendeu a reforma do FMI e do Banco Mundial, destacando a representação desigual nos financiamentos. Especialistas acreditam que o Brasil, em parceria com outras nações como China, Rússia, Índia e África do Sul, deve pressionar por reformas nos bancos internacionais. Além disso, o Brasil pretende liderar a promoção da participação da sociedade civil no G20, incluindo uma cúpula exclusiva para a sociedade civil.

Outra prioridade é a transição energética, com foco em facilitar o acesso aos recursos dos fundos climáticos. O Brasil pretende trabalhar com a União Africana para aumentar a pressão sobre a União Europeia e os Estados Unidos nesse sentido. A presidência brasileira no G20 termina pouco antes de sua presidência na Conferência para Mudanças Climáticas da ONU em 2025 (COP30), em Belém.

 

  • Da redação com ABr  / Foto:ABr

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