86 anos: Itaipu Binacional celebra parceria com o Parque Nacional do Iguaçu
O Parque Nacional do Iguaçu (PNI), o segundo mais antigo do Brasil, completou 86 anos neste 10 de janeiro de 2025. Localizado no oeste do Paraná, é também o maior parque nacional fora da Amazônia e desempenha papel vital na conservação da Mata Atlântica na Tríplice Fronteira.
A Itaipu Binacional, parceira de longa data do parque, destaca-se por seu envolvimento em iniciativas ambientais conjuntas. Um exemplo é o acordo de cooperação técnico-científica firmado em 2023, com duração de cinco anos, para monitoramento, pesquisa e conservação da fauna silvestre. “Por meio desse acordo, a Itaipu e o Instituto Chico Mendes atuam, por exemplo, no monitoramento de onças que transitam pelas áreas da empresa e do PNI. Atualmente, inclusive, estamos cuidando de uma onça trazida pelo ICMBio”, afirma Liziane Kadine, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu.
Uma das principais iniciativas dessa parceria é o Corredor Ecológico Santa Maria, criado há 24 anos, pioneiro no Brasil. Esse corredor conecta os 39 mil hectares de Mata Atlântica preservados pela Itaipu com os 185 mil hectares do lado brasileiro do PNI e mais 67 mil hectares na Argentina. Ao norte, também se integra ao Parque Nacional da Ilha Grande, formando um extenso corredor de biodiversidade ao longo do Rio Paraná.
Esses corredores são cruciais para a circulação de animais, especialmente os dispersores de sementes, promovendo diversidade genética da fauna e flora. “Mais do que a conexão ecológica, eu enxergo o corredor como um mecanismo de conexão entre pessoas e instituições, que se articulam para promover a conservação”, explica Giovanna Silvestri, presidente do Instituto Caminhos da Conservação, ONG que gerencia o corredor.
Na próxima semana, um levantamento da avifauna será realizado no corredor por Itaipu, Parquetec e o Instituto Caminhos da Conservação. A área acaba de receber a certificação Asas (Área de Soltura de Animais Silvestres), consolidando seu papel como um espaço essencial para a conservação da biodiversidade.
Além disso, o Corredor Ecológico Santa Maria também se destaca por abrigar a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Fazenda Santa Maria, com 242 hectares de Mata Atlântica nativa. Desde sua criação, tornou-se um laboratório a céu aberto, com cerca de 15 artigos científicos publicados. A visitação é restrita a pesquisadores, reforçando seu compromisso com a pesquisa e educação ambiental.
GDia com Imprensa de Itaipu- Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional