Portugal reconhece culpa por escravidão no Brasil e propõe reparações

Portugal fez uma declaração histórica ao assumir oficialmente sua responsabilidade nos crimes perpetrados durante a escravidão transatlântica e a era colonial. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente português, reconheceu que o país desempenhou um papel crucial no tráfico humano, com quase 6 milhões de africanos sendo vítimas desse comércio desumano. Este reconhecimento marca uma virada significativa na narrativa histórica, que por séculos enalteceu a era colonial como um feito glorioso.

Ao admitir os erros do passado, Rebelo de Sousa destacou a necessidade de reparações para corrigir as injustiças cometidas. Esta postura representa um compromisso real com a justiça histórica e social. A discussão sobre reparações ganha cada vez mais destaque globalmente, com apelos para estabelecer tribunais especiais dedicados a abordar essa questão.

Ativistas há muito tempo argumentam que as reparações são essenciais para enfrentar as desigualdades sistêmicas deixadas pelo colonialismo, incluindo o racismo arraigado na sociedade. Reconhecer o passado é o primeiro passo, mas agora ações concretas devem ser tomadas para reparar os danos causados.

Este marco representa um avanço significativo na busca pela verdade histórica e pela justiça social, proporcionando uma oportunidade para Portugal enfrentar seu passado de maneira honesta e construtiva.

 

  • Da redação com agências / Foto: Tiago Petinga/ Agência Lusa

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