Forças de segurança destroem cinco portos clandestinos no Lago de Itaipu

Cinco portos clandestinos, localizados às margens do Lago de Itaipu no Oeste, foram destruídos na última semana durante a 5ª fase da Operação Importunus, deflagrada por equipes da Polícia Federal, Polícia Civil (Grupo Tigre e GOA), Batalhão de Fronteira (BPFron) e Exército Brasileiro.

Os locais foram identificados com base em um levantamento georreferenciado. O objetivo da ação é acabar com áreas usadas para o transporte de drogas, cigarros, armas, munições, além de outros produtos de contrabando e descaminho nas regiões de fronteira.

Os trabalhos dos últimos dias se concentraram na região de Guaíra, porém a Operação Importunus contam com fiscalizações em Foz do Iguaçu, Santa Helena, Itaipulândia e outros municípios banhados pelo Lago, onde são frequentemente apreendidas cargas de ilícitos.

No ano passado, as forças de segurança destruíram mais de 40 portos clandestinos em um perímetro de aproximadamente 100 quilômetros, entre os municípios de Guaíra e Santa Helena. A fiscalização durou 20 dias e envolveu diversas equipes policiais, além das Forças Armadas.

A primeira etapa da Operação Importunus ocorreu em novembro de 2020 após um amplo estudo sobre a criminalidade nas áreas de fronteira. Os levantamentos e atuação em si integram o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas, uma iniciativa interagências semelhante à Operação Ágata.

“Considerando que esses portos clandestinos são feitos na mata ciliar do Lago de Itaipu, em área de proteção ambiental, além das situações e contrabando e descaminho, os proprietários das áreas utilizadas por criminosos também são mapeados e identificados. Medidas afins à legislação ambiental poderão ser tomadas contra aqueles que permitirem a ocorrência de crimes em sua propriedade”, informou a PF, uma das forças em linha de frente da ação.

Além do Brasil, o Paraguai também atua no combate aos portos ilegais. Em Junho deste ano, uma operação realizada em Ciudad del Este, Salto del Guairá e Novo Mundo (MS) resultou na destruição de mais de 20 locais usados para a passagem de mercadorias e drogas.

Novas ações estão previstas nos próximos meses, visando frear a importação ilegal especialmente de cigarros e defensivos agrícolas, dois grandes problemas que causam grandes prejuízos ao comércio nacional, além de oferecer riscos à saúde.

Mapeamento

O Lago de Itaipu foi formado artificialmente em 1982 para ser o reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A partir dos anos 1990, tornou-se uma das principais rotas usadas por narcotraficantes e contrabandistas para ingressar seus produtos no mercado brasileiro.

Levantamentos feitos pelo Batalhão de Fronteira (BPFron) e outras forças de segurança mostram que já foram mapeados mais de 250 portos clandestinos entre Foz e Guaíra. Boa parte deles já foi destruída em operações, mas a insistência dos criminosos faz com que o trabalho seja constante, já que muitas áreas acabam sendo reconstruídas.

Desvio do contrabando

Com as fiscalizações sempre intensificadas na aduana da Ponte da Amizade, o uso de barcos para a travessia do Paraguai para o Brasil se tornou bastante comum nos últimos anos. Segundo as autoridades, 80% das mercadorias ilegais que saem do Paraguai chegam ao Brasil por meio da água.

Da redação / Foto: divulgação

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