Relatório da ONU destaca impacto de espaços públicos na tríplice fronteira
Um estudo realizado pelo projeto Conexões Urbanas, do ONU-Habitat, revelou o importante papel dos espaços públicos na integração cultural e no desenvolvimento das cidades de Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai). O relatório, elaborado com a participação de 24 crianças de 8 a 13 anos, destaca como esses locais podem transformar fronteiras em espaços de encontro e celebração da diversidade.
As crianças, provenientes de diferentes origens, foram convidadas a desenhar espaços públicos próximos às suas escolas. Esses desenhos foram a base para projetos arquitetônicos que podem inspirar novos investimentos públicos. Priorizando a integração entre a população local, as crianças propuseram espaços que promovem o acolhimento e a coesão social.
O lançamento da publicação contou com a presença de diversos parceiros, incluindo o Governo do Paraná e a Prefeitura de Foz do Iguaçu. Para Geraldo Farias, da Secretaria das Cidades, a parceria reflete o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente aqueles relacionados a cidades sustentáveis e inclusivas.
Além do estudo com as crianças, o relatório compilou os resultados de uma avaliação de espaços públicos realizada na região em 2022. Esse trabalho identificou sete dimensões a serem consideradas na análise desses espaços, destacando aspectos prioritários para melhoria e a necessidade de implantação de novos locais.
O projeto Conexões Urbanas, lançado em 2022, tem como objetivo fortalecer os governos locais para o planejamento participativo de espaços públicos. Atuando na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, e também em cidades no Líbano, o projeto já promoveu diversas iniciativas visando o desenvolvimento sustentável e a integração das comunidades locais.
Através do engajamento da população e de parcerias estratégicas, o projeto demonstra como a valorização dos espaços públicos pode contribuir significativamente para a construção de cidades mais inclusivas, resilientes e culturalmente ricas.
- Da redação com AEN / Foto: Roger Meireles/arquivo