Itaipu homenageia empregados(as) da Técnica nos 40 anos de produção de energia

Uma solenidade binacional, no Edifício de Descarga da usina de Itaipu, marcou, nesta segunda-feira (6), os 40 anos do início de produção de energia pela hidrelétrica. O aniversário foi no domingo (5), mas a festividade foi deixada para o primeiro dia útil, para que o maior número de empregados e empregadas da área técnica pudesse comparecer. Participaram da solenidade cerca de 900 empregados(as), lotados(as) nas margens brasileira e paraguaia.

Entre eles, o brasileiro José Pereira do Nascimento e o paraguaio Heriberto Soto Santa Cruz, hoje aposentados, mas que passaram à história da usina por estarem presentes ao acionamento da unidade geradora 01, no dia 5 de maio de 1984. Nascimento foi quem acionou a máquina, enquanto Soto Santa Cruz trabalhou como supervisor do setor da pré-operação da unidade geradora.

A geração ininterrupta, desde aquele dia, permitiu que Itaipu atingisse em 10 de março de 2024 a marca de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer o mundo inteiro por 43 dias.

Nascimento e Soto Santa Cruz receberam uma homenagem especial, que se estendeu a toda a área técnica, que inclui os setores de Obras, Engenharia, Operação e Manutenção. Para o diretor técnico executivo, o brasileiro Renato Soares Sacramento, 2024 “é um ano muito especial para Itaipu, e ainda mais para a Técnica. Comemoramos 3 bilhões de megawatts-hora de energia acumulada, festejamos ontem (domingo) os 40 anos de produção e, no próximo dia 17, a usina de Itaipu completa 50 anos de fundação”.

 

Sucessos rápidos

O paraguaio Hugo Osvaldo Zarate Chavez, diretor técnico, destacou os “sucessos correlativos que foram aparecendo a uma velocidade impressionante. A primeira máquina começou a funcionar em 5 de maio (de 1984) e a máquina número 18 apenas sete anos depois. No meio disso, há muita engenharia, muita inteligência, muito trabalho de coordenação, porque em paralelo à entrada em funcionamento dessas unidades, ainda havia obras eletromecânicas e (a usina) ainda não era uma obra terminada”.

Zarate Chavez, que se orgulha de estar em Itaipu há 35 anos, conclui: “De fato, até hoje em dia, isso não para. Com a instalação das duas últimas unidades, que completaram as 20 unidades geradoras, não terminou a empresa. Quando instalamos a última máquina, já era tempo de começar a renovação tecnológica, e isso não tem fim. Então, a Itaipu tem vida, se renova a cada ciclo pela obrigação de estar sempre na vanguarda da tecnologia. É uma maravilha que está em pleno funcionamento, todas as instalações são a toda prova, com um nível de confiabilidade que não vão encontrar em nenhuma outra empresa semelhante no mundo”.

 

Primeiro giro

Presente ao primeiro giro da primeira unidade geradora a entrar em operação, José Pereira do Nascimento diz que a emoção de participar da solenidade de 40 anos de produção “é meio que redundante, porque Itaipu representa uma emoção constante. Estar participando do 40º aniversário do primeiro sincronismo é realmente uma glória, é muita emoção mesmo”.  Em discurso, lembrou todos que fizeram parte dessa história junto com ele, muitos dos quais não estão mais entre nós, e da importância da nova geração para que Itaipu continue sendo a gigante que é.

Zarate Chavez diz que não esperava a homenagem, mas que sempre procurou dar tudo de si para Itaipu. “Por isso me convidaram para este momento, para este evento. Não é fácil essa quantidade de anos na entidade. Uma empresa que vai crescendo, vai sendo próspera e esperamos que siga assim, para benefício do Paraguai e do Brasil também.”

 

Homenagem a todos(as)

O texto de apresentação do evento ressaltou que, “para sermos referência internacional em produção de energia elétrica, milhares de pessoas, das mais variadas empresas e especialidades, passaram por aqui. Muitos deles se tornaram crachá vermelho e agora são aposentados”.

E mais: “São pessoas que aqui dedicaram seu trabalho para construir e participar do projeto das obras, da colocação em funcionamento, (atuaram) nas numerosas paradas de máquinas para realizar trabalhos de manutenção. E se somam aos que hoje seguem este legado e estão aqui, dia a dia, na Diretoria Técnica, na área industrial da Central Hidrelétrica de Itaipu”.

“E não podemos esquecer de mencionar a integração fundamental que existe entre a Diretoria Técnica e as demais diretorias da Itaipu Binacional”.

 

  • Imprensa de Itaipu / Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

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