Interpol abre escritório na Ponte da Amizade para agilizar processos criminais entre Brasil e Paraguai 

Visando mais agilidade nos processos criminais entre Brasil e Paraguai, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) inaugurou, nessa segunda-feira (16), um escritório regional na fronteira, instalado na cabeceira da Ponte Internacional da Amizade.

A unidade foi adaptada no primeiro andar do prédio da área de turismo, na aduana de Ciudad del Este, e está vinculada à Polícia Nacional do país vizinho, com conexões diretas com as demais forças de segurança que integram o Comando Tripartite.

O local facilitará as ações de extradição e expulsão de criminosos, tanto brasileiros como de outras nacionalidades, e também atuará na prestação de serviços aos cidadãos, com emissão de documentos.

O escritório terá atendimento contínuo, 24 horas por dia, e será coordenado pela regional de Alto Paraná. Também na cabeceira paraguaia da PIA, estão instalados escritórios da Direção Nacional de Migrações e repartições ligadas à fiscalização aduaneira na região.

A presença da Interpol na área de fronteira reforçará ainda a segurança local, em operações de coordenação internacional, com ampliação nas atividades para a localização e prisão de foragidos da Justiça.

Até o presente, uma das maiores ações de expulsão de criminosos ocorreu em abril deste ano, quando o governo do Paraguai efetuou o translado de 25 brasileiros que estavam presos no país, e que também eram procurados pela Justiça brasileira, acusados de crimes como homicídio, tráfico de drogas e associação criminosa. Do grupo, 16 foram entregues à Polícia Federal em Foz e os outros nove foram levados para Ponta Porã (MS).

 

Lista vermelha

Atualmente, a lista da vermelha da organização possui o nome de 80 criminosos de nacionalidade paraguaia e 84 brasileiros de diferentes regiões. Dentre os nacionais, há Carlinhos Benites, nascido no Rio Grande do Sul (RS) e procurados por crimes sexuais. Há também Emanuel Eduardo dos Santos, de Santa Catarina, foragido por roubo.

Débora de Sousa da Paixão, do Amapá, está na lista vermelha acusada de tráfico de drogas. Já Heloísa Gonçalves Duque é procurada por ser suspeita de cometer os crimes de homicídio e tortura.

Entre os nomes de grande destaque há Carlos Bichara Ghosn,de  70 anos. O homem é ex-chefe da Renault Nissan, procurado pelo Japão por violação de deveres e por provocar danos financeiros a uma Sociedade Anônima.

Cada pessoa possui um perfil no sistema, que traz informações como o nome completo, data de nascimento, local de nascimento, possíveis tatuagens e idiomas. No total, a Interpol tem 19 bancos de dados e cada um deles possui uma nomenclatura de cores. A difusora vermelha, a mais conhecida, integra dados de múltiplos países.

 

Paranaenses na mira

Sete paranaenses integram a lista vermelha da Interpol, que inclui os criminosos mais buscados do mundo. Dentre os nomes, dois são naturais de Foz do Iguaçu. São eles: Edenir Benítez, de 73 anos, procurado pela Justiça Brasileira por assassinato; e Edilson Santos da Silva, de 46 anos, procurado por tráfico internacional de drogas e associação criminosa.

 

Sobre a Interpol

A Interpol é uma organização intergovernamental que reúne países para combater crimes transnacionais, como tráfico de drogas e contrabando. A Interpol foi criada em 1923, na cidade de Viena, na Áustria, pelo chefe de polícia Johann Schober. Atualmente, a Interpol tem 196 países membros. A lista vermelha da Interpol é uma solicitação enviada às polícias de todo o mundo para que prendam provisoriamente, extraditem ou tomem ações legais similares contra criminosos procurados.

  • Da redação /  Foto: Abc Color

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