Moradores de Foz do Iguaçu pagaram R$ 317,5 milhões em impostos em 2023

Os impostos pagos pelos moradores de Foz do Iguaçu em 2023 somaram pouco mais de R$ 317,5 milhões. O valor, contabilizado pelo “impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), incluindo multas, juros e correção monetária.

O montante refere-se ao período de 1° de janeiro a 31 de dezembro. O valor arrecadado em todo o ano passado superou em R$ 17,5 milhões o volume recolhido no mesmo intervalo de 2022, que contabilizou R$ 300 milhões. O crescimento foi de 5,4%.

Em todo o Paraná o acumulado de tributos somou em 2023 R$ 170,5 bilhões. O volume também cresceu no estado em relação ao ano anterior. De acordo com os dados, em 2022 foram arrecadados R$ 161,2 bilhões, cerca de R$ 9,3 bilhões a menos. Os tributos pagos pelos paranaenses correspondem a apenas 5,59% do total de contabilizado no Brasil.

Em nível nacional a sondagem revela que a arrecadação de tributos no ano passado ultrapassou R$ 3 trilhões. A marca foi alcançada no dia 25 de dezembro e revela como o peso dos impostos não deu trégua ao longo do tempo. No mesmo dia de 2022, o Impostômetro registrou R$ 2,8 trilhões, ou R$ 200 bilhões abaixo da marca atual.

Segundo o economista da ACSP, Marcel Solimeo, esta marca histórica em 2023 mostra que o problema fiscal não se encontra do lado das receitas, mas sim dos gastos.  “O que preocupa é que o governo, com a aprovação do Congresso, vem adotando fortes aumentos da tributação para cumprir as metas do ‘arcabouço fiscal’. Além disso, a reforma tributária que foi aprovada poderá trazer novos aumentos de impostos. Os contribuintes precisam ficar atentos, e cobrar medidas de redução dos gastos”, disse.

Gilberto Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que é parceiro da ACSP na elaboração do Impostômetro, diz que o aumento de 2023 se deu por uma série de alterações na legislação brasileira que impactaram a arrecadação.

Entre elas, a reintrodução de tributos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, e mudanças na base de cálculo dos tributos, federais e estaduais, como o fim das alíquotas reduzidas do ICMS, imposto recolhido pelos estados e que tem o maior peso no bolo total da arrecadação do país, fatores que ajudaram a atingir a atual de R$ 3 milhões.

 

Ritmo de arrecadação deve diminuir neste ano

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o aumento da arrecadação no ano passado teve como causas a inflação elevada, uma vez que o sistema tributário do Brasil taxa fortemente o consumo e também a expansão da atividade econômica.

Para 2024, o economista projeta uma redução do crescimento da arrecadação, que deve avançar 3% sobre o resultado de 2023. “Antecipamos um crescimento mais moderado devido às perspectivas de uma menor expansão na atividade econômica e de uma inflação menor”, destacou.

Esta projeção se sustenta pelo número de dias trabalhados, que vem caindo gradativamente. Em 2023, os brasileiros laboraram 147 dias para pagar impostos. Apesar de ainda ser impactante, o número é o menor registrado desde 2010.

  • Da redação / Foto: ABr

 

 

 

 

 

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