Foz recebeu aproximadamente 15 mil imigrantes de 95 nações em 12 anos

A localização geográfica de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, favorece os movimentos migratórios. A avaliação tem como base os dados Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra) e o 1º Relatório Yglota de Nacionalidades e Etnias da Região Trinacional divulgado durante a segunda edição do Encontro Internacional de Poliglotas em Puerto Iguazú. Nos últimos anos, segundo a estatística, aproximadamente 15 mil imigrantes de 95 diferentes nacionalidades passaram pelo município.

A grande concentração de moradores de diferentes nacionalidades (aproximadamente 75) marcou Foz do Iguaçu como uma cidade cosmopolita. O município, abriga a segunda maior comunidade árabe do Brasil com mais de 25 mil imigrantes e descendentes, registrou 14.574 ingressos de emigrantes no período de 2010 a 2022, de acordo com o relatório Yglota de Nacionalidades e Etnias da Região Trinacional.

A estatística é liderada por cidadãos paraguaios (7.254), venezuelanos (1.668) e argentinos (1.224) e libaneses (1.080). O presidente do Yglota, Otto Mendonça, reforçou que a missão do instituto é a integração dos povos por meio de idiomas. Segundo ele, a elaboração do relatório atende a uma demanda identificada na primeira edição do Encontro de Poliglotas, no ano passado, em Foz do Iguaçu (a próxima edição, em 2024, ocorrerá em Ciudad del Este).

Um dos objetivos do grupo é mapear a quantidade de nacionalidades e etnias presentes em Foz do Iguaçu. “Estamos abertos à colaboração de autoridades e entidades interessadas em valorizar e transformar a diversidade em um atrativo cultural. Precisamos de espaços permanentes para promover o que é nosso e que nos confere vantagem competitiva em termos turísticos”, ressaltou Mendonça.

 

Unila

A educação é um dos motivos para o alto índice de imigrantes em Foz do Iguaçu. Dentro deste contesto está a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, a Unila, fundada em 2010. O relatório menciona que a instituição tem 1.056 ex-alunos de 38 nacionalidades. Além disso, entre 2019 e 2023, registrou a presença de 282 estudantes indígenas de vários países, como Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guatemala, Honduras e Chile.

O documento do Yglota ressalta, na prática, a forte presença da comunidade chinesa tanto em Foz do Iguaçu quanto em Ciudad del Este. O relatório também aponta que 60% da população da região tem o espanhol como língua materna, deixando clara a força desse idioma e a necessidade de promover seu uso e aprendizado para o efetivo intercâmbio comercial e intercultural da região trinacional.

  • Da Redação / Foto: Arquivo GDia

 

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