Foz se mobiliza pela construção de um Teatro Municipal

A campanha “Cadê o teatro?” desencadeia uma discussão importante no cenário cultural em Foz do Iguaçu, importante destino turístico, mas que carece de estruturas com é o caso de um teatro municipal, adequado às demandas culturais.

Esta mobilização, amplamente disseminada nas redes sociais, também busca a criação de um espaço versátil, capaz de abrigar diversas formas de manifestações artísticas, seguindo o exemplo de outras cidades paranaenses que já desfrutam desses benefícios. Nesse contexto, artistas e professores têm se unido em prol dessa causa, usando camisetas brancas com a emblemática frase da campanha:  “Cadê o teatro?” Eles enfatizam a importância de um local apropriado para apresentações culturais, argumentando que isso poderia democratizar ainda mais o acesso à cultura na região.

Juca Rodrigues, diretor presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, reconhece que existem espaços para eventos na cidade, mas ressalta que eles não podem ser considerados verdadeiros teatros. Isso é um ponto crucial a ser considerado, uma vez que um teatro não apenas proporciona apresentações artísticas, mas também desempenha um papel fundamental na promoção da cultura e no desenvolvimento da identidade.

O Teatro Barracão, localizado nos fundos da Praça da Bíblia na Avenida República Argentina, no bairro Jardim São Paulo, é um dos locais indicados para ser reconhecido como patrimônio cultural de Foz do Iguaçu. A estrutura foi construída no início da década de 1990 e é um projeto padrão que foi replicado em cidades como Maringá e Cascavel. Entre 2004 e 2009, o teatro reduziu as atividades, pois precisou demandar manutenção e reformas, como reposição de parte do palco, troca de telhado, e de 2020 até meados de 2021, teve o movimento reduzido em detrimento da pandemia.

O projeto original do Teatro Barracão surgiu de uma colaboração entre a Secretaria Estadual da Cultura, a Fundação Teatro Guaíra e prefeituras municipais. Na época, a ideia era estabelecer espaços culturais simples, de construção rápida e de natureza temporária em cidades de menor porte, como uma primeira etapa para que essas localidades eventualmente construíssem teatros maiores e completos. A estrutura, enfim, não é suficiente para o avanço dos movimentos culturais na cidade, assim como outros espaços públicos que ao passar do tempo foram se tornando obsoletos, a exemplo do auditório que há no Colégio Estadual Monsenhor Guilherme.

A campanha “Cadê o teatro?” é um apelo que destaca a necessidade de um espaço municipal, não apenas como um local para espetáculos. Teatros abrigam muito mais, vão além das artes cênicas. Para se ter ideia, Foz inda não possui um espaço adequado para o arquivo de partituras, a guarda de instrumentos municiais, ou mesmo de acervos dos grupos que demandam a produção teatral, seja nas escolas ou em movimentos culturais.

  • Foto ilustrativa/ Divulgação

 

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