A Banda voltou para a Praça e fez tributo a Tim Maia
Neste domingo, 22 de janeiro, um momento nostálgico marcou a Feira da Avenida JK, agora integrada à Praça Getúlio Vargas, transformada em um espaço cultural e palco para grandes eventos da cidade.
A tradicional “Feirinha”, realizada há 19 anos nas manhãs de domingo está localizada nesse contexto e a nova administração municipal busca resgatar o glamour com apresentações culturais, com a banda filarmônica, orquestra sinfônica e corais — formações anteriormente mantidas pela Fundação Cultural, mas que haviam sido descontinuadas. O palco está sendo novamente montado, o que foi festejado pela classe musical.
O prefeito, General Joaquim Silva e Luna, acompanhado de outras autoridades, prestigiou a apresentação da Banda Filarmônica de Foz. Em entrevista a Eliane Schaefer, ele ressaltou que “o espaço é dedicado à celebração da arte, à convivência familiar e à integração cultural”. A feira popular atrai produtores rurais, artesãos e turistas, promovendo diversidade e interação entre diferentes públicos.
A “Feirinha da JK”, como é carinhosamente chamada, conta atualmente com 110 pontos de venda, sendo 60 de artesanato e 50 de gastronomia. O espaço de alimentação é especialmente conhecido pelos tradicionais pastéis, cafés e iguaria regionais e de outros países. O lugar tornou-se um ponto de encontro da comunidade, além de um palco para os talentos.
Chico do Apito, um dos primeiros participantes da feira, relembrou sua trajetória: “Começamos há 19 anos com a feira de antiquários e hortifrúti. Hoje, seguimos firmes, divulgando a cultura para o mundo. Aqui convivem pessoas de diferentes nacionalidades – chineses, turcos, árabes, argentinos – em harmonia e respeito.” Chico é conhecido por confeccionar instrumentos musicais artesanais, como as ocarinas.
Segundo Dalmont Benites, Diretor-Presidente da Fundação Cultural, “vamos resgatar a orquestra, a banda e o coral, com atrações diferentes a cada domingo. Um dia clássico, outro de jazz, e também levaremos a cultura para os bairros.”
O maestro da Banda Filarmônica de Foz, Nivaldo Queiroz Ferreira, elogiou o espaço e destacou que a formação, recentemente reconstituída, inclui jovens com o objetivo de valorizar a cultura local. “A Feirinha da JK é um lugar privilegiado para promover a música e a arte, fortalecendo o vínculo entre a população e os artistas”, afirmou.
Para o empresário do ramo do Turismo Felipe Gonzales, frequentador assíduo, “a feira é um ponto de encontro que reúne a população e atrai turistas. É um espaço de descontração e exposição da arte local. Acredito que o evento poderia ser expandido para outras comunidades”
O jornalista Rogério Bonato, ex-presidente da Fundação Cultural e que implantou a feira, destacou que uma das maiores demandas da população é o retorno da banda sinfônica, da orquestra filarmônica e do coral, grupos que desempenhavam papéis importantes. “Esses grupos eram fundamentais para a cidade, dividindo-se em cameratas, quintetos de metais, charangas ajudavam a formar muitos musicos. Essa administração demonstra coragem ao resgatar esse patrimônio cultural”, destacou.
As artesãs Ivonete Tavares, Vivian Tontini, Vanilde Tontini e Cleide Maria convidam o público a prestigiar o artesanato local, todos os domingos, das 8h às 12h30. A feira se confirma como um excelente espaço para apoiar a economia local e fortalecer os laços culturais da região. Segundo o diretor de Cultura, Adriano Monanc, “a nova feira terá muito o que mostrar e encantará a cada vez mais os frequentadores, pois é além de tudo, bum bem cultural, um patrimônio da cidade”.
- Da Redação / Fotos: Eliane Schaefer