Veículos do Paraguai e Argentina somam mais de R$ 22,8 milhões em multas em Foz

Veículos com placas do Paraguai e da Argentina somam juntos mais de R$ 22,8 milhões em multas de trânsito aplicadas em Foz do Iguaçu nos últimos cinco anos. A informação é do Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans), revelando a disparidade nas infrações praticadas por condutores estrangeiros, ante os brasileiros. Na maioria dos casos, a única alternativa para receber os valores em cobrar antes do retorno ao país de origem.

De acordo com a estatística do Foztrans, nos últimos cinco anos, 150 mil infrações de trânsito foram aplicadas em Foz do Iguaçu, em veículos com placas do Paraguai e da Argentina. No período, o instituto aplicou 122 mil em condutores brasileiros. Sem convênio com os dois países, as autoridades iguaçuenses não conseguem cobrar os valores das infrações praticadas no município.

Os veículos com placa paraguaia lideram em valores o montante de multas aplicadas. No período, ainda segundo o Foztrans, eles somaram mais de R$ 16,7 milhões. Os condutores de veículos com placa argentina, contabilizaram mais de R$ 6 milhões nos últimos cinco anos.

O diretor de Trânsito e Sistema Viário de Foz do Iguaçu, Ademilton Araújo da Silva, explicou ao telejornal Meio Dia Paraná, da RPC, que não há convênio com países vizinhos, como Paraguai e Argentina por exemplo. E isso impede a cobrança do valor aplicado, mesmo que o proprietário do veículo seja comunicado da infração diretamente.

“A nossa intenção é dar segurança a essas pessoas. E a única forma de dar segurança é justamente isso, coibindo as infrações de trânsito, coibindo as pessoas que dirigem alcoolizadas, os crimes de trânsito”, afirmou Ademilton Silva. Ainda de acordo com o Foztrans, aproximadamente 90% das multas aplicadas são por excesso de velocidade e avanço do sinal vermelho.

Montante

Um dos veículos com placa paraguaia mostrados na reportagem, que circulava livremente até ser guinchado, em dois anos acumulou 12 multas em Foz do Iguaçu, que somaram mais de R$ 1,6 mil. Para não ficar a pé, o condutor precisa quitar o débito, lembra o diretor do Foztrans.

As abordagens promovidas pelo Instituto de Transporte e Trânsito são feitas sempre no horário de funcionando dos bancos. A intenção é permitir que os motoristas quitem seus débitos para que o veículo não seja recolhido ao pátio.

 Da Redação / Foto: arquivo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *