Rodoviários não aceitam proposta e Foz segue com metade dos ônibus no transporte coletivo

A paralização dos trabalhadores do transporte coletivo urbano chega, nesta sexta-feira (19), ao quarto dia com apenas metade da frota de ônibus circulando pelas ruas de Foz do Iguaçu. A categoria, reunida em assembleia, não aceitou a nova proposta da Viação Santa Clara (Visac), informa o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi). O movimento tem uma pauta que inclui definições econômicas (reajuste do salário e volta das cestas básicas) e relacionadas à jornada de trabalho.  A concessionária diz que continua dialogando para chegar a um consenso.

O secretário do Sitrofi, Rodrigo Andrade de Souza, informou que a empresa propôs atender a alguns itens da pauta laboral, como o valor da gratificação natalina, parcialmente, e jornada de escala de serviços. No entanto, os trabalhadores não aceitaram enquanto o serviço de transporte segue parcialmente suspenso, impactando praticamente todas as linhas e rotas. “Estamos rodando com mais de 50% da frota, mas estamos em greve”, afirmou o representante dos trabalhadores.

O GDia vem acompanhando a paralização dos trabalhadores rodoviários de Foz do Iguaçu, que teve início às 9h da manhã da última terça-feira (07). Entre as reivindicações estão o aumento do valor de bônus remuneratório e mudanças na jornada de trabalho, especialmente com o intervalo entre os turnos, que pode chegar até quatro horas, segundo o Sotrifi. A categoria pede uma redução neste tempo, permitindo que os motoristas permaneçam mais tempo com a família.

 

Mudança de formato

Para o presidente do Sitrofi, Dilto Vitorassi, o intervalo maior dentro da jornada de trabalho, “embora legal, é inadmissível. O motorista muitas vezes fica 8, 10 horas fora para ganhar uma miséria na jornada de trabalho”. Segundo ele, a categoria afirma que a empresa que assumiu o serviço em 2022, tenta mudar a forma de trabalho como ocorreu nos últimos 40 anos.

Outras questões são com relação aos cortes da cesta básica, da cesta básica natalina, auxílio doença, auxílio natalidade, “da hora extra que era de 75% e paga 50%, do adicional noturno que era 30% paga 20%, entre outros”, disse. Os rodoviários cobram também a aplicação de reajuste salarial com reposição da inflação e ganho real, além da incorporação dos benefícios do acordo coletivo de 2019, antes da pandemia do coronavírus, ao acordo de 2024.

A concessionária da operação do serviço diz que busca solução negociada, apresentando propostas de avanços. A prefeitura informou, conforme registrou o GDia, não ser parte das negociações, contribuindo somente na mediação, e que procura manter a oferta do serviço à população.

 

  • Da Redação / foto: Divulgação

 

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