Greve geral de educadores municipais tem adesão parcial

Os profissionais da educação das escolas e CMEI´s de Foz do Iguaçu iniciaram greve geral às 8h desta segunda-feira (16) com protesto, em frente à Prefeitura de Foz do Iguaçu. A decisão foi tomada no último dia 5, em Assembleia Geral com mais de 1.000 educadores municipais, depois de uma reunião entre dirigentes sindicais e representantes da administração municipal.

Levantamento feito pelo Sinprefi mostrou adesão parcial. Do total de 95 escolas e CMEIs da cidade aproximadamente 50 tiveram adesão a paralisação de forma total ou parcial. Foram agendadas reuniões ontem à tarde e assembleia da categoria no início da noite.

Por considerar que não houve avanços significativos em meses de negociação, os servidores da educação decidiram manter a paralisação dos trabalhos por tempo indeterminado. É uma forma de informar a sociedade sobre o desrespeito a direitos já adquiridos, o não cumprimento de reajustes salariais devidos e sobre a precariedade nas condições de trabalho, o que vem afetando a saúde dos trabalhadores e poderá comprometer a qualidade de ensino.

 

Profissionais doentes

De acordo com levantamento feito pela assessoria jurídica do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi), houve, mais de 700 afastamentos por atestados ou licença médica entre janeiro e junho de 2023, a maioria por questões psicológicas. “Em anos anteriores, no mesmo período, a média era de 250 afastamentos”, pontua a advogada do Sinprefi, dra. Solange Machado. Segundo ela, esse dado é preocupante e comprova os efeitos do não cumprimento dos direitos e de ações que promovem condições inadequadas de trabalho.

Com base nas demandas que chegam ao sindicato, a presidente do Sinprefi, professora Viviane Dotto, considera que os principais fatores que levaram à paralisação e à greve geral foram a falta de respostas em relação às pautas elencadas (incluindo cálculos e propostas solicitadas) e a sobrecarga de trabalho. “Os profissionais da educação de Foz estão pedindo socorro! Nós tentamos uma solução por meio do alerta do estado de greve, mas não fomos atendidos. A greve trará prejuízos para a sociedade e para os profissionais também, mas a categoria não encontrou outra solução”, justifica ela.

 

Avanços pontuais

Na última segunda-feira (9), houve reunião entre dirigentes sindicais e representantes da administração municipal, incluindo líderes da Secretaria Municipal da Educação. Porém, não houve avanços concretos, inclusive sobre o pagamento de 5,21% da data-base (2022/2023) e sobre o pagamento do Piso Nacional do Magistério, previsto na Lei 11.738/2008, entre outros temas. Os debates giraram em torno de ajustes na normativa de distribuição de turma entre professores; concessão de hora-atividade para o professor que atua como apoio em sala; viabilidade de pagamento de vale-alimentação; transparência nas transferências de profissionais entre unidades de ensino; simulações financeiras sobre aumento no valor do abono assiduidade (benefício para quem não possui falta, licença ou atestado).

  • Da redação com assessoria

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