Enio Verri projeta legados ambiental e social para gestão na Itaipu Binacional

O economista Enio Verri destacou, ao participar da aula magna da Unifoz na última terça-feira (22), que sua gestão frente à Itaipu Binacional será marcada pela retomada das políticas ambiental e social, sem deixar de lado as obras de infraestrutura que estão em andamento em Foz do Iguaçu e cidades do oeste do Paraná, foco da empresa nos últimos seis anos. Durante o evento, no Grand Carimã Resort & Convention Center, Verri falou sobre o tema: “Direitos Humanos e Ambientais: O papel da Itaipu na recuperação das áreas afetadas pela inundação”.

Também foram palestrantes do evento o presidente da OAB Foz do Iguaçu Dr. Vitor Hugo Nachtygal e o médico Dr. Valter da Cruz Teixeira. O evento contou com a participação de estudantes, docentes, colaboradores e convidados especiais da Unifoz.

A recuperação dos projetos mais focados em questões ambientais e sociais, segundo Verri, conta com apoio do Parque Tecnologia Itaipu (PTI) e as universidades. “Além da parte técnica que sempre é prioridade, estamos ampliando as políticas ambientais e sociais. A prioridade da Itaipu é produzir energia e o lago não pode ser assoreado, por isso estamos trabalhando na política ambiental do entorno do lago para aumentar a vida da Itaipu”, ressaltou.

O diretor-geral destacou que, respeitando os direitos humanos, a pauta é trabalhar de forma ambiental e fundamental com os direitos humanos e qual o papel de Itaipu nisso, “No passado a gente achava que a Itaipu só tinha o papel de garantir o desenvolvimento do país, aquele tempo na década de 1970 o desenvolvimento era gerar riqueza nem sempre distribuídas”.

“O que temos que fazer? Gerar riqueza, distribuir riqueza, mas principalmente garantir a nossa casa que é o meio ambiente”, frisou. Para isso, a empresa ampliou o território de seu entorno, atuando junto aos 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul. “Essa região contribui com resíduos no lago, e nosso objetivo é reforçar a preservação”.

 

Avaliação

Enio Verri também fez um balanço dos 160 dias de sua gestão. Segundo ele, tempo que passou “muito rápido” porque a empresa “demanda muita coisa, seja na parte técnica, nas negociações com os termos do Ministério de Minas e Energia, seja nas novas políticas que desenvolvemos ambiental e social”.

“Então é uma jornada com mais de 12h por dia, nem um dia faço menos de 10 agendas internas. Além disso, viajo bastante para Brasília, e também para Assunção, que acabo nem vendo a semana passar”, destaca. Ele comentou ainda que a relação com o lado paraguaio está boa, tanto nas conversas com o novo presidente, Santiago Peña, quanto com o novo diretor da Itaipu.  “Estou muito confiante com a rapidez e o resultado dessa relação”, afirmou.

 

Educação

Enio Verri também comentou sobre a conclusão da obra do campus a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que está parada desde 2014. De acordo com o diretor-geral brasileiro, a maior dificuldade é encontrar um órgão intermediário que fará os trabalhos, uma vez que a instituição é da União e a Itaipu não pode por dinheiro em um órgão federal. Mas a expectativa é para que a obra se inicie até janeiro do próximo ano.

“Estamos fechando um acordo com uma instituição da Organização das Nações Unidas (ONU), que é um organismo que trabalha com grandes obras. Teremos em breve o resultado do documento que estamos tendo com eles, e nossa expectativa é licitar a construtora ou empreiteira que vai tocar esta obra ainda este ano”, informou o diretor. “Esperamos que no inicio de janeiro essa obra seja retomada”, prospectou.

 

  • Da Redação /Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

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