Com mais de 2 mil casos confirmados de dengue, dispara a procura por repelentes e inseticidas em Foz

Com 14,6 mil notificações e 2,1 mil casos confirmados de dengue, disparou nas últimas semanas a procura por repelentes e inseticidas nas farmácias e supermercados de Foz do Iguaçu. Segundo os comerciantes, a venda destes produtos subiu cerca de 50% desde o final de março, quando o município entrou em situação de emergência pela epidemia.

Frente ao cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou orientações à população sobre os tipos de repelentes adequados para evitar o Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika e chikungunya.

De acordo com as instruções, apenas os produtos de aplicação na pele e os de uso no ambiente possuem eficiência comprovada. “Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”, alerta uma nota divulgada pela agência.

Para um efeito protetor eficaz, é necessária a escolha de um bom produto e o uso adequado deste. Uma dica é, segundo os farmacêuticos, dar preferência aos que contenham a substância icaridina, considerada a mais eficaz para repelir insetos. Ela ainda tem uma proteção com duração maior para espantar o Aedes aegypti.

Assim como os cosméticos, os sanitizadores, que são inseticidas para matar o mosquito adulto ou repelentes para afastar o inseto do ambiente, precisam ter a aprovação da Anvisa tanto para a substância ativa, quanto para os componentes complementares, como solubilizantes e conservantes.

Caso apresente sintomas de dengue a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima do local onde mora para realizar os exames. Os casos leves da doença são tratados na própria UBS.

Os principais indícios da infecção são: dor de cabeça, dores nas articulações, febre e manchas vermelhas no corpo. Os sintomas de chikungunya são bastante semelhantes, por isso é importante procurar atendimento para identificar a doença.

 

Combate ao mosquito

Dos casos de dengue confirmados em Foz, 331 pacientes apresentam sinais de alarme e oito tem quadros considerados graves. Até o momento a cidade não registrou óbitos, mas a situação é bastante preocupante.

Além de se proteger com os repelentes, a população precisa colaborar com a limpeza dos quintais, removendo objetos que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito. As chuvas e o intenso calor favorecem a proliferação das larvas.

Diversas ações também vêm sendo realizadas pela prefeitura e outros órgãos públicos para tentar conter a epidemia. Para este sábado (13) está previsto um mutirão que será realizado pela Sanepar em Foz e outras 30 cidades do Paraná.

O trabalho na fronteira contará com o apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Cerca de 50 empregados vão esclarecer como os moradores podem evitar a formação de criadores do mosquito e entregarão material impresso com informações sobre os primeiros sintomas da doença.

A ação será realizada em unidades de saúde, mercados e comércios nas regiões do Morumbi e Três Lagoas. Os locais foram escolhidos com base no Mapa de Calor do CCZ, que aponta as regiões com maior infestação do mosquito e número de casos da doença.

 

Vacinação

Uma das grandes preocupações das autoridades é a baixa procura pelas vacinas, disponibilizadas para crianças e adolescentes, em todas as UBSs. Até o presente, a campanha de imunização alcançou apenas 27,64% de cobertura, com números ainda mais críticos entre os menores na faixa etária dos 13 e 14 anos.

A primeira etapa de vacinação contra a dengue teve início no dia 28 de fevereiro. Para esta fase, Foz recebeu 7.909 doses do imunizante, mas até agora apenas 5.415 foram aplicadas. A vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue. Pais e responsáveis por menores entre 10 e 14 anos devem procurar os postos de saúde mais próximos para garantir a proteção aos filhos.

  • Da redação / Foto: divulgação

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