Colégio Estadual Santa Rita aprova migração para o modelo cívico-militar

Mais uma unidade de ensino em Foz do Iguaçu migrará para a modelo cívico-militar em 2024. Com 169 votos favoráveis, frente a 16 contrários, o Colégio Estadual Santa Rita, localizado na região do bairro Três Lagoas, aprovou a transição em consulta popular, realizada entre terça e quarta-feira (28 e 29). O pleito contou com a participação de professores, funcionários, pais de alunos e estudantes maiores de 16 anos.

Além de Foz, o Colégio Costa e Silva, em Medianeira, que pertence à área de atuação do Núcleo Regional de Educação, também aprovou a mudança. Outros quatro colégios estavam na lista de votação na fronteira, mas a conversão não foi aprovada e a gestão deve seguir no formato atual, com a eleição de diretores.

Com a nova inclusão, a cidade passa a contar agora com oito colégios cívico-militares. Atualmente integram a gestão as unidades Tarquínio Santos, Castelo Branco, Sol de Maio, Ipê Roxo, Costa e Silva, Carmelita e Tancredo Neves. Este último seguia o modelo das Forças Armadas, mas passou para o Estado neste ano após o encerramento do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), determinado pelo Governo Federal.

Na área do Núcleo de Ensino de Foz existem ainda, no modelo cívico-militar, escolas em Santa Terezinha de Itaipu (Colégio Ângelo Antônio Benedet), São Miguel do Iguaçu (Colégio Nestor Victor dos Santos) e Medianeira (Colégios Colégio Tancredo Neves e Naira Felini).

Em todo o Paraná atualmente há 194 colégios na modalidade cívico-militar estadual e 12 do modelo do programa nacional que serão incorporadas no próximo ano. Na consulta popular desta semana, outras 82 unidades aprovaram a migração do ensino tradicional. Com isso, o Estado terá em 2024, um total de 288 escolas na gestão militar.

Para melhor compreensão, o modelo cívico-militar estadual foi instituído em 2020 e conta com o apoio dos militares da reserva da PM e Bombeiros para trabalhar com as questões de disciplina escolar, desde a entrada dos alunos na escola, até o recreio e a saída. Além disso, as equipes também fazem o trabalho de cidadania e auxiliam na segurança no entorno dos colégios.

 

Reestruturação

As novas escolas cívico-militares passarão por um processo de reestruturação para ingressarem no modelo no início de 2024. As mudanças começam já na quantidade de aulas, que passarão de 25 para 30 aulas semanais.

Neste mês será realizada a adequação de toda a documentação, orientação da direção, equipe pedagógica e professores. “O modelo aprimora a qualidade do ensino com aulas adicionais de português, matemática e da unidade curricular exclusiva de cidadania e civismo, que proporciona conhecimento das leis, da Constituição Federal, além do papel dos três poderes, e de valores como ética, respeito e cidadania”, explicou o secretário estadual da Educação do Paraná, Roni Miranda.

 

Reprovações

Estavam na lista de votação nesta semana os colégios Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Porto Meira; Almiro Sartori, no Portal da Foz;  Airton Sena, na região da Vila A; e Colégio Cataratas, na região do Três Bandeiras. Nenhum deles aprovou a transição para o regime cívico-militar por pequena diferença de votos da comunidade.

Embora favorável para boa parcela da população, os sindicatos de trabalhadores da educação não aprovam totalmente o modelo cívico-militar. De acordo com os órgãos não há eleições nas instituições sob este tipo de gestão, os diretores são servidores públicos indicados pela Secretaria de Educação do Paraná.

 

  • Da redação / Foto: Rádio Cultura

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *