Avanço de casos de dengue preocupa Saúde em Foz

O aumento de casos de dengue em Foz do Iguaçu mobiliza a prefeitura e as equipes de saúde pública em uma estratégia ampliada para conter a doença. Desde o início do ano epidemiológico, em agosto de 2024, foram registradas 4.657 notificações, das quais 344 foram confirmadas, 2.823 descartadas e o restante segue em análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
O Distrito Sanitário Leste (Região do Morumbi e Portal da Foz) concentra o maior número de casos confirmados, mas todas as regiões da cidade apresentam registros. A faixa etária mais atingida é entre 20 e 34 anos, predominantemente em mulheres, refletindo a maior exposição desse grupo. A Vigilância Epidemiológica tem monitorado de perto os casos e mantém comunicação constante com os hospitais locais para acompanhar pacientes suspeitos e graves.
“Trabalhamos com planilhas compartilhadas entre a Vigilância e os hospitais para monitorar pacientes suspeitos de dengue que estão internados. Isso possibilita uma resposta mais ágil e coordenada”, destaca Priscila Paiva Cabral, enfermeira da Vigilância Epidemiológica.

Treinamentos e prevenção
A capacitação técnica das equipes de saúde é uma das frentes principais da estratégia municipal. Em outubro de 2024, profissionais de saúde de serviços públicos e privados participaram de treinamentos sobre manejo clínico e notificação de casos suspeitos. A iniciativa segue as diretrizes do Guia de Manejo Clínico da Dengue do Ministério da Saúde e busca padronizar o atendimento e garantir acompanhamento adequado aos pacientes.
O município também promove campanhas de vacinação contra a dengue, voltadas para adolescentes entre 10 e 14 anos, conforme orientações nacionais. As ações de prevenção têm sido reforçadas com ações de conscientização e mutirões de limpeza em áreas estratégicas.

Controle vetorial
O controle do mosquito Aedes aegypti é outra prioridade. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensifica visitas a residências e comércios, orientando sobre a eliminação de criadouros. “Essas ações precisam do engajamento da população. Nossa equipe atua constantemente para sensibilizar os moradores sobre a importância de eliminar possíveis focos do mosquito. É um trabalho conjunto entre gestão e comunidade”, reforça Priscila.

Tecnologia e monitoramento
Para aprimorar a vigilância, a prefeitura investe em tecnologias que possibilitam a análise rápida de dados e o ajuste de estratégias. O Grupo de Trabalho (GT) de Dengue e Arboviroses se reúne semanalmente para acompanhar a situação e definir novos passos. Além disso, o Comitê de Dengue, com participação mensal, integra diversos setores da saúde na busca por soluções mais eficazes.
Com as ações implementadas e o comprometimento da gestão municipal, as próximas semanas serão decisivas para conter o avanço da dengue em Foz do Iguaçu e proteger a população.

Da redação com PMFI

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