Foz encerrou o primeiro semestre com soma de R$ 204,5 milhões em impostos arrecadados 

Foz do Iguaçu encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma soma de R$ 204,5 milhões em impostos arrecadados. O montante foi contabilizado pela ferramenta do Impostômetro, mantida e atualizada em tempo real para todos os municípios brasileiros, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O montante para pelos iguaçuenses nos primeiros seis meses deste ano superou em quase 10% o valor recolhido no mesmo período de 2024, quando foram contabilizados R$ 186,9 milhões (R$ 17,6 milhões a menos)

O levantamento considera a arrecadação nas esferas municipal, estadual e federal, através da base de dados da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica, Tribunal de Contas da União e Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). No cálculo estão inclusos os tributos provenientes de multas, jurus e correção monetária, por exemplo.

Em um contexto geral, os impostos são aplicados no custeio de pesquisas, produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura, esporte, saúde pública, transporte e meio ambiente.

Neste ano houve um acréscimo no número de dias trabalhados para o pagamento dos tributos. De acordo com a ACSP, foram necessários 149 dias laborados pela população apenas para a arrecadação de impostos. Em 2023 esse número era de 147 dias.

Em todo o Paraná foram arredados R$ 109,9 bilhões em tributos no primeiro semestre. O valor é pouco superior ao intervalo de 2024, quando foram arrecadados R$ 100,4 bilhões. A arrecadação no estado representa apenas 5,59% de todo o volume nacional.

Em nível de Brasil, os primeiros seis meses do ano foram encerrados com um montante angariado de R$ 1,9 trilhão em tributos. No ano passado, a marca só foi atingida no dia 24 de julho, mostrando um aumento expressivo na tributação em todo o país.

“A arrecadação está acelerando, e isso não é necessariamente ruim. Esse aumento reflete o aquecimento da economia, uma vez que com mais emprego, mais renda, mais investimentos e mais empresas faturando, um volume maior de tributos é pago. Mas, pelo prisma negativo, o aumento da arrecadação também reflete o impacto da inflação e o aumento da carga tributária pela elevação de alíquotas e fim de isenções de alguns impostos”, evidenciam os economistas da ACSP.

 

Brasil investe pouco no bem estar social mesmo com altos tributos

O Brasil é o país que menos investe o valor arrecadado com tributos em ações para melhorar a qualidade de vida da sua população. E isso, mesmo com o aumento anual da arrecadação. Em 2024, entrou no caixa do governo federal o montante recorde de R$ 2,65 trilhões.

A 14ª edição do Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (IRBES), estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), evidencia essa realidade. O levantamento analisou dados da arrecadação e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos 30 países com as maiores cargas tributárias e o resultado mostrou que os brasileiros, pela 14ª vez, são os que menos sentem o retorno pelos impostos que pagam.

O Brasil fica atrás de países da América do Sul, como a Argentina (11º) e o Uruguai (14º). O país também ficaria atrás do Chile que, por ter carga tributária bem mais baixa, não faz parte do ranking.

  • Da redação
  • Foto: divulgação

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