Coluna do Corvo
O Natal em Foz
Hoje é sábado, um dia bom para pensar: há situações que não são bem explicadas pelo passado, a começar pelo descrédito em algumas datas importantes. Houve um tempo que autoridades e até mesmo alguns hoteleiros não viam potencial nas festas de final de ano. Para eles o conceito era simples: “ninguém viaja no Natal, todo mundo quer ficar em casa e se reunir com a família, ou viajar para o litoral”, disse um ex-gestor de Turismo. Pode até ser, mas se houver atrativo, oportunidade, condições e preços competitivos, o povo viaja e neste caso, Foz é mais que um destino e sim, um presente para todo mundo.
Isso mudou
Houve um tempo que a cidade só via importância em uma data: a Semana Santa. Tudo se fazia objetivando o período; era quando reformavam os hotéis, organizavam o trânsito, faziam faxina na cidade toda, e dá-lhe filas por todo o lado. Demorou para descobrirem que havia outros feriados prolongados no calendário. E, contrariando as expectativas, alguns hotéis começaram a realizar grandes festas de final de ano, com queima de fogos, muita comida e bebida e shows. Aos poucos o período de final de ano foi se consolidando e hoje, a cidade está no mapa aos que pretendem passar o ano fora de casa, leia-se milhares de pessoas.
Ideias tortas
E esse pensamento equivocado ainda habita a cabeça de muita gente, como é o caso do Carnaval. “Não devemos fazer eventos com samba e batucada e sim, o contrário, oferecer uma opção de descanso para os turistas e visitantes”, falou um gerente de hotel, contrariado com os investimentos da cidade em bailes e desfiles. Porque não fazem missas e romarias então? O fato é que há espaço para tudo, das meditações à folia. É possível descansar se divertindo. Foz é um destino para quem quer um Carnaval diferente, mais chegado à natureza, sem o que acontece no Rio ou São Paulo, mas isso não quer dizer que a tradição mereça apanhar.
Uma realidade
Olhando para a frequência nas concentrações carnavalescas, cerca de 10 a 15% da população aproveita as festas. É aliás, a média de muitas cidades brasileiras. Não que o Carnaval esteja esfriando, mas está aos poucos mudando, deixando de ser uma manifestação como em outros tempos. Uma evidência disso é o sucesso dos “carnavais da saudade”, onde tocam marchinhas e ritmos mais comportados. Logo, cidades como Foz devem se aprimorar e buscar nichos que mantenham fluxo de sustentar o segmento, com boa fluência de visitantes. O Turismo cresceu, está se organizando e emprega uma legião de trabalhadores, por isso, é importante a criatividade permanente para sustentar essa cadeia produtiva. Há muitos feriados prolongados no ano e eles tem sido bem aproveitados atualmente.
Boas datas
O Brasil terá nove feriados prolongados em 2025. São as datas nacionais, mas ainda há as estaduais e municipais. Às vezes não entendemos como há tanto movimento em Foz, em finais de semana normais. Isso não é lá muito difícil de explicar: há feriados em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e o povo “se pica para Foz”. Há muita gente antenada e capacitada vendendo pacotes nesses períodos. Considerando o número de municípios brasileiros, há praticamente três ou até quatro feriados num mesmo dia. Quem não olha para isso orbita o amadorismo.
Voltando ao Natal
Quem se dispõe viajar até Foz nas festas de final de ano encontrará muitas oportunidades, como as que são oferecidas por Itaipu, por exemplo. Este colunista viu a bela programação da Binacional, com a “Vila Encantada de Natal”, que acontecerá de hoje até o dia 05 de janeiro, no Gramadão da Vila A. E o centro da cidade também está se enfeitando, programando eventos. Visitar Foz no período é um excelente passeio à noite, com tempo de sobra para ver os atrativos de dia.
Bronca na Copel
Um assunto, em nada agradável, movimentou e bastante o setor de reclamações da Copel. Sem aviso a companhia desligou a energia nas imediações de sua sede, na Vila Iolanda e o corte, além de prejudicar os moradores da região, afetou uma clínica de cirurgia de olhos, onde alguns pacientes estavam aguardando o procedimento. Uma barbaridade! Além da ansiedade e a fila de espera para realizarem a cirurgia, foram surpreendidos com a notícia de que precisariam retornar em outra ocasião. Isso é muito sério e há quem pense em entrar com ação contra a companhia de energia.
Eles tinham é mesmo que indenizar as pessoas que se preparam para ir cedo la fazer a cirurgia, ficaram de jejum, compraram remédio caros para se preparar para fazer a cirurgia para chegar no dia, 10 minutos antes eles cortam a luz
Razão
E se os pacientes fizerem isso, estão cobertos de razão, porque pessoas se programaram, ficaram em jejum, compraram medicamentos caros especialmente para o procedimento, pediram afastamento do trabalho, contaram com a ajuda de familiares e alteraram toda a rotina na esperança de reparar problemas de saúde e, diante de tudo isso a dona Copel desliga os disjuntores, sem um aviso prévio, informando que restabeleceriam apenas meio dia depois? É realmente uma situação muito séria.
E a política?
As notícias sobre possíveis mudanças na Câmara causaram um certo compasso de espera em algumas decisões. Segundo consta o futuro Executivo não dá bola para isso, mas o Legislativo se põe a pensar e, a situação anda mexendo até mesmo com a escolha da mesa diretora. O que parecia certo, já mão é mais.
Na direita
Há um movimento fazendo pressão pela escolha de “centro”, ou seja, um nome mais ligado ao PSD, com reflexos do governo estadual e seus articuladores. Se isso acontecer, teremos a impressão que a direita não possui a mão pesada que todos imaginavam e isso não é bom para o governo municipal, que precisa aprovar muitas medidas assim que assumir. Pelo número de vereadores e simpatizantes, a direita tem tudo para fazer barba, cabelo e bigode, independentemente se houver mudanças ou não de vereadores.
Conjunto quase formado
O general Silva e Luna deve compor toda a sua equipe nos próximos dias. Deixou para anunciar os cargos que mais estarão ao redor do seu gabinete por último. Para ele, embora todas as pastas possuam importância igual, há setores críticos e que necessitarão empenho diferenciado. É assim que deve olhar para a Saúde, onde há muitas contestações da população.
Almirante Tinoco
Prezado colunista, recebi com alegria a notícia de que teremos uma pessoa muito experiente e bem conectada com o setor de segurança. O que precisamos é isso mesmo, cabeças novas com conhecimento em tecnologia como a do xará Paulo, e, mais do que isso, de relacionamento firme com os parceiros. Vendo uma série na Tv, vi que a Inglaterra não venceria a guerra, se não contasse com a ajuda dos Estados Unidos e outras nações, e, o ministro Churchill precisou trabalhar muito na diplomacia. Nas devidas proporções, combater o crime e suas derivadas anomalias é uma tarefa bem similar. Sem a PM, PF, e outros dificilmente a GM dará conta dos compromissos. Mas também há outra situação, cadê o monitoramento nas ruas, as câmeras que foram tão anunciadas? E porque a GM não utiliza drones e tecnologias que ajudariam muito. Os depósitos da Receita Federal estão apinhados de equipamentos que poderiam tornar Foz a cidade mais segura do mundo, basta pedir e sem gastar um centavo! É provável que muita gente colabore com a mão de obra. Segurança é uma tarefa coletiva e por isso, “ADSUMUS”.
Paulo Vieira Santos Ambrósio – Aposentado
Este colunista responde
Prezado leitor, com toda a certeza o contra-almirante Paulo Tinoco lerá a sua manifestação e terá o máximo prazer em responde-lo. Isso ficará para as próximas edições.
Diplomação
Acontece na próxima segunda-feira o ato de “Diplomação dos Eleitos”. O evento, apesar de ser considerado pequeno, por conta do número de convidados, apenas um acompanhante por cada eleito, tem movimentado o meio político da cidade. Um novo vereador, no entanto, reclamou que não estava conseguindo encontrar terno para alugar, isso porque final de ano sobrecarrega as lojas de locação, formaturas e casamentos. O jeito foi, segundo ele, pegar o terno emprestado de um amigo. Cuida para a calça não ficar “pula-brejo”.
Vovó e o papagaio
Ser vereador é um passo importante na política, pois é onde tudo começa. Claro, eleitos querem convidar o mundo para as solenidades, e não é diferente no caso da “Diplomação”. Por isso há quem queira levar junto os vizinhos, primos, primas, avós, bichos de estimação e até os cunhados! Calma, é para isso que haverá o festerê da posse no dia 01 de janeiro.
China na Câmara!
Na semana, um comentário ganhou força: um dos novos vereadores que convidar o China da Motinha para trabalhar em seu gabinete. Segundo informações, o parlamentar que designar o futuro assessor para um trabalho de base, de corpo a corpo com a população, nos pontos de ônibus e pelas ruas do Centro. Faz tempo o China espera uma boquinha, até porque ele bate o cartão todos os dias na Câmara. Sempre está por lá, entrando e saindo dos gabinetes. O chinês é chegado em política.
O “tio da faixa”
Eis outro candidato para uma das vagas de assessor. O que ele vai fazer, além de anunciar a volta de Jesus, ainda não se sabe. Mas se usar da perseverança na fé, em favor de algum político, com certeza proverá bons resultados. O problema será abandonar a faixa que é uma extensão do seu corpo.
Grande notícia!
Deu no Diário Oficial da União: a Unila foi autorizada pelo MEC em ampliar o número de vagas para medicina na cidade. Uma vitória para Foz do Iguaçu, que há menos de 10 anos sonhava em ter um curso de formação de médicos e agora, além de realizar esse desejo, pode ampliá-lo, por meio de novas vagas disponíveis. A todos um bom final de semana”