Preocupados com a segurança, pais pedem elevação de muros e instalação de cercas elétricas nas escolas e CMEIs

Equipes da Guarda Municipal e Polícia Militar intensificaram os patrulhamentos após denúncias de supostos ataques, mas a população ainda teme invasões

 

Preocupados com a segurança, pais e responsáveis por crianças e adolescentes em Foz do Iguaçu estão pedindo a elevação de muros e a instalação de cercas elétricas nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Uma das mobilizações está ocorrendo no bairro Cohapar, onde a população alega que há facilidade de acesso às unidades de ensino.

Na região, os pais de alunos de um CMEI, cujo nome não será divulgado por segurança, chegaram a conversar com a diretora da unidade dispondo-se, inclusive, a realizar eles mesmos as obras necessárias, com doação de materiais, equipamentos e mão de obra. Em resposta o grupo foi informado que a unidade não tem autorização para permitir intervenções particulares.

“As escolas e CMEIs tem que deixar os pais tomarem atitude também em melhorias na segurança. Estamos vivendo um estado de exceção onde a prioridade é a segurança de nossos filhos e não protocolos. Somos sociedade e podemos ajudar”, disse uma mãe que pediu para não ser identificada.

Além das obras, os pais solicitaram também a presença de equipes policiais durante as aulas, para impedir a entrada de suspeitos em momentos de maior vulnerabilidade. O Executivo Municipal não sinalizou a intenção de autorizar intervenções da comunidade, porém atendeu ao pedido de reforço na segurança no período de aulas.

Na manhã de sexta-feira (14) teve início a Operação Escola Segura nas 94 unidades de ensino de Foz, divididas em 50 escolas e 44 CMEIs. Cerca de 80 guardas municipais que atuam em serviços administrativos e agentes patrimoniais foram designados para fazer a vigilância nas instituições.

“Essa é uma medida emergencial que estamos tomando neste momento, junto com outras ações de médio e longo prazo. Desde a semana passada, já determinei o reforço nas rondas e no patrulhamento das unidades escolares. Agora, aumentaremos o efetivo dedicado a essa tarefa”, afirmou o prefeito Chico Brasileiro.

Além dos agentes dentro das unidades escolares, equipes da GM e Polícia Militar estão realizando desde a última semana rondas periódicas e abordagens na entrada e saída de alunos. O objetivo é identificar suspeitos e pessoas portando objetos que possam oferecer algum risco.

Na última quarta-feira (12), em reunião extraordinária realizada na Câmara de Vereadores, representantes da segurança pública, da educação e vereadores debateram estratégias de prevenção e combate à violência nas escolas.Durante a reunião, uma série de sugestões foram apresentadas para melhorar a segurança nas escolas e gerar maior tranquilidade entre a comunidade escolar.

Em comum, todos destacaram o combate às fakeNews, ação que já vem sendo realizada pela Polícia Civil. Nos últimos dias adolescentes apontados como autores de notícias falsas sobre supostos ataques receberam a visita dos agentes e tiveram de prestar esclarecimentos.

No âmbito estadual, a Polícia Militar também reforçou o atendimento aos colégios, com rondas e abordagens. Além disso, o Governo anunciou uma série de medidas que devem ser implantadas e incluem a instalação de videomonitoramento, ampliação do suporte psicológico aos alunos e docentes, e repasse direto de R$ 20 milhões em recursos aos diretores, que poderão comprar equipamentos que reforcem a estrutura de segurança

Orientações às escolas

A Guarda Municipal elaborou uma cartilha com orientações sobre as condutas de segurança nas escolas, material que será distribuído a todas as unidades de ensino de Foz. Nesse material constam informações sobre o combate às fakenews e os números de atendimento para situações de emergência: 153 da Guarda Municipal, 190 da Polícia Militar, 193 do Corpo de Bombeiros e 192 do SAMU.

“Sabemos que uma série de medidas estão sendo tomadas pelos órgãos de segurança, mas o que precisamos também é acalmar a população. A parceria com as famílias é essencial para que não haja pânico e as escolas possam manter suas rotinas com os alunos”, esclareceu a secretária da educação, Maria Justina da Silva.

  • Da redação / Foto: Oops Notícias

 

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